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26/10/2018

A caixa de pandora do 7x1

Era só mais um dia feliz na casa da minha mãe a data de 08 de julho. Data do aniversário do meu irmão mais velho. Porém, há quatro anos, essa data também está marcada por aquele jogo que dói na minha mente só de lembrar. Sete, foram sete gols sendo cinco em menos de vinte minutos. Algo que nos tirou a esperança ou alegria como um golpe violento e rápido. 

E por falar em golpe, não é nada esdrúxulo pensar que a derrota mais humilhante da seleção brasileira tenha dado início às várias sequências de derrotas políticas, econômicas e sociais que a população brasileira, seja ela a mais pobre, vem sofrendo de lá para cá. Não afirmo que foi por causa do 7x1 que a crise política e financeira do Brasil adveio ou também pela realização da Copa (caso que aconteceu na Grécia e os Jogos Olímpicos de 2004). Afirmo que o 7x1 foi o prenúncio do que estava por vir, do obscurantismo do futuro do país e das mais variadas barbáries que um dia a história irá se vingar (pelo menos eu espero).

Fiquei pensando se a caixa de pandora foi aberta ou a corrida brasileira para o abismo do fascismo veio com as manifestações de julho de 2013. Creio que não, pois eram eventos bem difusos enquanto a sua posição política (direita ou esquerda e que mais tarde veio confirmar que era de extrema direita). É mais claro pensar que o 7x1 foi a derrocada de tudo isso por se tratar de um ano eleitoral e por estar inserida em ocorrências políticas e casos de corrupção que explodiram inclusive no mundo do futebol (O Fifagate). 


Esse tipo de derrota, ainda mais em Copas do Mundo, gera consequências, mudanças e também muita descrença em quem gere e comanda as instituições, da mesma forma que casos que corrupções geram inconformidades (as vezes cegas para não dizer manipuladas) da sociedade. O que se viu no Brasil depois do 7x1 foi golpe atrás de golpe, golpe dentro do golpe, auto golpe seguido de golpe, duplo golpe e golpe twist carpado. Fatos, ações, condenações, não condenações, delações, não delações, manipulações, reformas que usurpam do povo a vontade viver, trabalhar e principalmente crer. 

Tudo isso, sem tirar nem por, serve como terreno fértil para a ascensão de heróis que surfam nas ondas de intolerância e se aproveitam do vazio de um exemplo de moralidade para uma sociedade e o indicativo de vilões da história (muitos sendo apontados e condenados por meios de comunicação que fazem parte de todo matilha empurrando o Brasil para o fascismo). Não precisei colocar exemplos de líderes políticos porque acho que ficou claro.

Por fim, parece que o 7x1 só veio nos calejar para o que veio e ainda o que pode vir. Não me espantaria ver que quem comemora o 7x1 ou acha que isso foi bom votou ou vota para o fascismo e o fim da democracia. Quem não sabe o significado de uma derrota dessa dentro do Esporte e para aqueles que são apaixonados por isso, talvez são os que destilam ódios cegamente ao ponto de colocar, possivelmente, na vala da morte ou da tortura pessoas que fazem parte de seu círculo familiar ou social.

Será que é uma coincidência enorme e histórica ver que os mesmos dígitos do placar do Mineirão naquele 08 de julho são os mesmos dígitos eleitorais do fascismo?

O esporte tem suas histórias com guerras, ideologias políticas, resistências populares, mas será a primeira vez que verei que uma derrota de futebol, na Copa do Mundo, pode dar, simbolicamente, o fim de uma democracia. 

16/07/2018

Copa 2018 - dia 25: Final - França x Croácia

Venceu quem soube vencer. Não venceu o melhor time mas venceu quem foi mais forte e sólido: França bi-campeã.

JOGO 64 - FRANÇA 4 x 2 CROÁCIA

- Curiosidades: 5 partidas entre as seleções com 3 vitórias da França e dois empates. Um jogo em Copas: semifinal da Copa de 1998: 2 x1 França. França empata em números de títulos da Argentina e Uruguai. Deschamps (técnico da França) iguala Zagallo e Beckembauer sendo campeão como técnico e jogador. 

- Esquema: França: 4-3-3  /  Croácia: 4-2-3-1.



- Jogo: Historicamente, os jogos das finais de Copas do Mundo não são tão bons quanto outros jogos que aconteceram na mesma edição. A tensão do jogo mascara os riscos controlados dos times. França e Croácia foi um pouco diferente disso. Com 6 gols (quase igualando a final de 1958: 7 gols) e polêmicas, essa final foi bem diferente das três últimas (2006, 2010 e 2014) que foram para a prorrogação. Antes do jogo, o favoritismo francês era claro, não pela história, pela camisa e etc. (isso não ganha jogo) mas pelas propostas de jogo dos dois times. Na Copa inteira, a Croácia tinha um jogo de ter a bola, de propor o jogo enquanto a França tinha a proposta de fazer o jogo reativo (e como executou bem isso), de se defender e de contra atacar com velocidade (tanto é que as partidas em que a França melhor jogou, foram os jogos em que teve menos posse de bola). Churrascão rolava e a bola começou a rola. A França jogava no seu 4-3-3 com e sem a bola tendo o meio campo mais forte da Copa (Kante, Pogba e Matuidi), dando a bola para a Croácia e jogando no contra ataque e a Croácia jogava no seu 4-2-3-1 com Perisic e Rebic flutuando suas posições na linha de 3 e tendo o meio campo como um dos mais técnicos da Copa (Modric, Rakitic, Brozovic). A sensação era que a Copa ia ser decidida por bolas paradas. Não foi, mas começou a ser decidida por elas (42,5% dos gols da Copa foram de bolas paradas). Aos 18 minutos, 1x0 França: (não) falta em Griezmann (imagina se fosse Neymar) e gol contra de Mandzukic (primeiro gol contra em finais de Copas). Até ali, a França tinha 40% de posse de bola, nenhuma finalização (gol contra não conta), 58 passes (89%), 1 cruzamento certo e 10 lançamentos com 3 certos. A Croácia tinha 60% de posse de bola, sem nenhuma finalização, 102 passes (91%), 5 cruzamentos errados, 7 lançamentos com 4 certos. 1x1: lance originado de uma bola parada, jogada ensaiada que deu e não deu certo e gol de Perisic. Após o empate, a França continuava tendo mais ações defensivas do que ofensivas, mesmo tendo apenas 4 desarmes feitos e com Kante amarelado (e isso complicava demais os desarmes e a marcação do melhor volante da Copa). 2x1 França: Há quem diga que foi pênalti, há quem diga que não foi e enquanto melhores procedimentos não forem adotados ao VAR, tais questões nunca serão resolvidas: gol de Griezmann (e que Copa fez esse senhor). No final do último primeiro tempo da Copa, a França tinha 40% de posse de bola, 1 finalização certa e 2 gols, 90 passes (85%), 3 cruzamentos com 1 certo, 9 desarmes certos e 19 lançamentos com 7 certos. A Croácia tinha 60% de posse de bola com 6 finalizações, 2 certas e 1 gol, 194 passes (90%), 15 cruzamentos com 6 certos, 11 desarmes e 15 lançamentos com 8 certos. No segundo tempo, a Croácia volta diferente. Jogava como jogou o segundo tempo da semifinal: aproximou mais Raktic de Modric e recuou Brozovic jogando agora num 4-1-4-1. Tinha que ter feito isso para poder atacar com mais objetividade. Porém, não contavam com a França mortal e muito reativa no começo do segundo tempo mesmo com a saída de Kante para a entrada de N'zonzi pela estatura (bloquear os cruzamentos da Croácia) e jogando no 4-4-2. 3x1 França: desarme no campo de defesa, lançamento para Mbappe e gol de Pogba. Gol reativo. 4, 5 jogadores franceses na área para tentar a finalização. Depois de 5 minutos, outra bola roubada, jogada de Hernandez e assistência para Mbappe fazer o 4x1. E esse placar resumia bem quem melhor executava o jogo reativo da Copa. Em 22 minutos de segundo tempo, a França tinha 41% de posse de bola com 6 finalizações, 5 certas e 4 gols; 156 passes (87%), 5 cruzamentos com 1 certo, 14 desarmes, 29 lançamentos com 15 certos (um dado que evidencia o jogo reativo). A Croácia tinha 59% de posse de bola, 9 finalizações com 3 certas e 1 gol, 297 passes (90%), 23 cruzamentos com 7 certos, 18 desarmes certos e 23 lançamentos com 11 certos. As duas seleções não tinham errado nenhum desarmes até então. 4x2 França: Falha de Loris e nada mais. Depois disso, o jogo mais passou a ser de bloqueios defensivos da França para as tentativas de ataques da Croácia. Ao final, 41% de posse de bola para a França, 7 finalizações, 6 certas e 4 gols, 197 passes (82%), 6 cruzamentos com 2 certos, 19 desarmes sem nenhum erro e 42 lançamentos com 25 certos. A Croácia teve 59% de posse de bola, com 13 finalizações, 4 certas e 2 gols, 430 passes (91%), 34 cruzamentos com 8 certos, 24 desarmes sem nenhum erro e 30 lançamentos com 15 certos. França venceu, é bicampeã. Eu não queria pelo ranço das eliminações brasileiras para ela. Mas mereceu, assim como merecia a Croácia. A França não jogou o melhor futebol (que foi a Bélgica), mas foi a quem soube melhor vencer, jogando de uma forma defensiva (a única seleção grande que teve essa postura) e pragmática. Lembrando que no futebol há duas formas de vencer: a bonita e a pragmática e as duas valem sendo a pragmática a forma que mais decide os resultados desde a década de 90 (pragmático não é ruim!!!). Modric melhor da Copa, mas poderia ser também Kante, Griezmann ou Hazard. Não se deixe iludir pelo o que falam de Mbappe. Ele foi importante e decisivo sim, mas não jogou o que jogou Griezmann, Pogba e Kante. França campeã indiscutivelmente (eu não queria) e Croácia com um futebol técnico e bravo (de bravura).

- Destaque do jogo: Grizemann, Pogba e a arbitragem. 

14/07/2018

Copa 2018 - dia 24: Terceiro e quarto lugar: Bélgica x Inglaterra

O melhor time da Copa (na minha visão) fica com o terceiro lugar.

- Curiosidades: 31 partidas entre as seleções com 21 vitórias da Inglaterra, 5 vitórias da Bélgica e 5 empates. Em Copas: 1954 (4x4), 1990 (1x0 Inglaterra), 2018 (1x0 Bélgica). Melhor colocação da história da Bélgica em Copas. 

- Esquemas: Bélgica: 3-4-3  /  Inglaterra: 3-5-2;



- Jogo: A Bélgica jogou no 5-2-3 sem a bola com Lukaku, Hazard nos lados e De Bruyne como falso 9 (posicionamento igual ao jogo do Brasil) e num 3-4-3 com a bola, fazendo pressão na saída de bola da Inglaterra, usando amplitudes para espaçar a linha de 5 inglesa e jogando na transição (no contra ataque). A Inglaterra manteve seu esquema da Copa: 5-3-2 sem a bola e o 3-5-2 com a bola tendo as bolas altas e bolas paradas como principais armas. 1x0 Bélgica: Bola em profundidade, quebra da linha de 5 inglesa e gol de Meunier. Em 20 minutos, 50% de posse de bola para a Bélgica com 2 finalizações certas e 1 gol; 107 passes (93%); 2 cruzamentos: 1 certo (gol); 7 lançamentos com 5 certos. A Inglaterra tinha 50% de posse de bola, 5 finalizações com 3 certas; 159 passes (98%); 4 cruzamentos com 2 certos e 9 lançamentos com 2 certos. Os dois times cediam muitos espaços mesmo ambos usando linhas de 5: Bélgica usava dois volantes na frente da linha de 5, porém ficavam expostas (fragilidade mostrada no jogo com o Japão). Os 3 atacantes da Bélgica também flutuavam muito, embora Lukaku ficava mais centralizado e De Bruyne recuava para gerar ações ofensivas (principalmente no contra ataque). Ao todo, no primeiro tempo, 47% de posse de bola para a Bélgica, 7 finalizações, 2 certas e 1 gol; 231 passes (94%); 10 cruzamentos com 3 certos; 9 desarmes com 7 certos e 13 lançamentos com 7 certos. A Inglaterra tinha 53% de posse de bola com 6 finalizações e 3 certas; 317 passes (96%); 6 cruzamentos com 2 certas e 10 lançamentos com 2 certos. No segundo tempo, as mesmas propostas mesmo com substituições feitas. Em 20 minutos, com a Inglaterra melhor porém abusando de cruzamentos e bolas paradas: 46% de posse de bola para a Bélgica, 7 finalizações, 2 certas e 1 gol; 306 passes (93%); 12 cruzamentos com 4 certos; 10 desarmes com 8 certos e 20 lançamentos com 10 certos. A Inglaterra tinha 54% de posse de bola, 8 finalizações com 3 certas; 456 passes (96%), 17 cruzamentos com 3 certos; 9 desarmes com 8 certos e 13 lançamentos com 3 certos. Inglaterra tinha mais a bola e a Bélgica explicitou que queria apenas o contra ataque (por isso o alto número de lançamentos). Ações ofensivas da Inglaterra era mais pelo lado direito que era o lado menos veloz da Bélgica. Única jogada trabalhada pelo passe da Inglaterra gerou a infiltração de Dier e foi bloquado por Alderwereild. 2x0 Bélgica: contra ataque na transição da Inglaterra, assistência de De Bruyne e gol de Hazard. No final, 46% de posse de bola para Bélgica, 10 finalizações, 4 certas e 2 gols; 405 passes (93%), 14 cruzamentos: 4 certos, 14 desarmes: 12 certos e 24 lançamentos com 10 certos. A Inglaterra teve 54% de posse de bola, 14 finalizações com 6 certas, 586 passes (96%), 24 cruzamentos com 6 certos, 11 desarmes com 10 certos e 17 lançamentos com 4 certos. Venceu quem merecia embora a Inglaterra tivesse melhor no segundo tempo. Foram duas promessas de bons desempenhos e os dois países conseguiram isso. Bélgica foi o melhor time da Copa com a bola rolando, no jogo jogado. A Inglaterra foi mortal com bolas paradas e bolas altas. Terceiro lugar foi a melhor colocação da Bélgica em Copas: eliminando o Brasil e poderia ter ido sim para a final.

- Destaques: De Bruyne (jogou demais, assistência, passes para finalizações e flutuava bem) e Hazard. 

11/07/2018

Copa 2018 - dia 23: Semifinal - Croácia x Inglaterra

Hoje venceu o futebol forte e bonito e não o futebol forte e pragmático. O mundo será croata menos a França.

JOGO 62 - CROÁCIA 2 x 1 INGLATERRA

- Curiosidades: 7 partidas entre as seleções com 4 vitórias da Inglaterra, 2 vitórias da Croácia e 1 empate. A Croácia é o segundo time na história a jogar três prorrogações seguidas desde as oitavas (o primeiro time foi a Inglaterra em 1990). Primeira final da Croácia e a segunda vez nas Copas que Brasil, Alemanha, Itália ou Argentina não estão na final. Dalic (técnico da Croácia) se juntou a Rinus Mitchel (Holanda 1974) como o técnico com menos jogos dirigindo uma seleção a chegar numa final de Copa (13 jogos).

- Esquemas: Croácia: 4-2-3-1  /  Inglaterra: 5-3-2.



- Jogo: Croácia jogou no seu 4-2-3-1 com e sem a bola e a Inglaterra jogou no seu 5-3-2 sem a bola e no 3-5-2 com a bola. Os dois times jogavam propondo o jogo: A Croácia trocando mais passes, usando a saída de 3 e tendo Modric (marcado individualmente por Henderson) como criador; a Inglaterra usava a velocidade de Delle Ali e Sterling e nas amplitudes dos seus jogadores de ponta. 1x0 Inglaterra: gol de bola parada (9 de 12 gols). Em 20 minutos, 51% de posse de bola para a Croácia, 2 finalizações erradas, 58 passes (84%), 6 cruzamentos errados, 7 lançamentos com 6 certos. A Inglaterra tinha 49% de posse de bola com 2 finalizações, 1 certa e 1 gol, 58 passes (87%), 3 cruzamentos com 1 certo e 13 lançamentos com 3 certos (explica o jogo de amplitude). A Croácia era pior: não conseguia parar as jogadas de lado da Inglaterra e cedia bolas paradas porém, mudou sua marcação e começou a fazer pressão na saída de bola dos ingleses (difícil ter esse tipo de marcação depois de duas prorrogações). A Inglaterra abusava da velocidade de Sterling e Delle Ali mostrando que esse era o jogo em que usava mais os contra ataques. No primeiro tempo ao todo, 52% de posse de bola para a Croácia com 4 finalizações com 1 certa, 154 passes (88%); 14 cruzamentos errados; 10 desarmes com 8 certos e 15 lançamentos com 9 certos. A Inglaterra tinha 48% de posse de bola com 6 finalizações, 1 certa e 1 gol, 153 passes (91%), 6 cruzamentos com 1 certo, 5 desarmes com 4 certos e 33 lançamentos com 8 certos. A Croácia errava muitos passes (22 de 154) e não jogava na transição do 3-5-2 para o 5-3-2 da Inglaterra. No segundo tempo, a Croácia volta melhor: Rakitic se aproxima de Modric e jogam em linha fazendo a Croácia jogar agora no 4-1-4-1 com Brozovic entre as linhas de 4. A Inglaterra se fecha e jogava apenas no contra ataque. Em 22 minutos, a Croácia tinha 58% de posse de bola com 8 finalizações, 2 certas e 1 gol; 265 passes (87%), 25 cruzamentos com 1 certo (o do gol), 15 desarmes com 13 certos e 21 lançamentos com 13 certos. A Inglaterra tinha 42% de posse de bola com 6 finalizações com 1 certa e 1 gol; 188 passes (87%), 8 cruzamentos com 1 certo, 8 desarmes com 7 certos e 46 lançamentos com 11 certos. 1x1: Cruzamento sendo o único certo e gol na única finalização certa da Croácia. Depois do gol, a Inglaterra marcava pressão e fazia o perde-pressiona mas não conseguia jogar. A Croácia empurrava a defesa da Inglaterra para próximo ao gol e finalizava com facilidade. Pelo primeiro tempo dos ingleses e pelo segundo tempo da Croácia, o jogo mereceu o empate: 57% de posse de bola para a Croácia, com 15 finalizações com 5 certas e 1 gol, 374 passes (89%), 33 cruzamentos com 2 certos; 17 desarmes com 14 certos, 35 lançamentos com 19 certos. A Inglaterra teve 43% de posse de bola com 9 finalizações com 1 certa e 1 gol, 254 passes (88%), 12 cruzamentos com 2 certos, 9 desarmes com 7 certos e 63 lançamentos com 15 certos. No segundo tempo da prorrogação, 2x1 Croácia: desatenção da defesa inglesa e o olhar só para a bola: gol de Mandzukic. Depois disso, a Inglaterra tira um zagueiro e põe Vardy mas mantém o 3-5-2 e a Croácia põe um zagueiro no lugar de Mandzukic e põe Modric como o atacante no seu 4-2-3-1 agora bem compactado. Ao todo, 55% de posse de bola para a Croácia, 22 finalizações com 8 certas e 2 gols, 465 passes (90%), 40 cruzamentos com 3 certos, 24 desarmes com 21 certos e 52 lançamentos com 25 certos. A Inglaterra teve 45% de posse de bola com 11 finalizações com 2 certas e 1 gol, 388 passes (90%), 21 cruzamentos com 3 certos, 10 desarmes com 8 certos e 79 lançamentos com 19 certos. Croácia venceu e faz sua primeira final de Copa em duas semifinais. Se tagarelam e se gabam dizendo que a França foi a 3 finais em 20 anos (fato que Brasil e Alemanha fizeram duas vezes), a Croácia vai a sua final tendo 27 anos como país. Seu futebol venceu o futebol pragmático e forte e cheio de bolas paradas da Inglaterra (que evoluiu demais e não era surpresa). Perisic jogou demais e Mandzukic desequilibrou. Mas o que joga Modric não está escrito. Zagreb é a capital mais feliz do mundo e no domingo todo mundo, menos a França, irá torcer para a décima e terceira seleção diferente a jogar uma final de Copa do Mundo. Ahhh Copa do Mundo, se não fosse você, quem criaria histórias tão maravilhosas?

- Destaques: Perisic e Mandzukic.  

10/07/2018

Copa 2018 - dia 22: Semifinal - França x Bélgica

O Futebol é o esporte em que a meritocracia não entra no baile. Venceu o forte e pragmático e não o forte e bonito.

JOGO 61: FRANÇA 1 x 0 BÉLGICA

- Curiosidades: 73 partidas entre as seleções: 30 vitórias da Bélgica, 24 vitórias da França e 19 empates. Dois jogos em Copas: 1938 (3x1 França); 1986 (4x2 França). Bélgica foi até sua melhor campanha em 1986 (nas semi e terminou em quarto lugar). A França faz sua terceira final em 20 anos (fato esse que só aconteceu com o Brasil duas vezes: 1950-1970; 1994-2002; A Alemanha duas vezes: 1954-1974; 1982-2002. E a Argentina: 1978-1990).

- Esquemas: França: 4-3-3  /  Bélgica: 3-5-2;



- Jogo: A França repetiu seu jogo no 4-3-3 sem e com a bola muito bem definido e sólido desde o seu primeiro jogo da Coa. A Bélgica mudou e ousou novamente: jogou no 4-2-3-1 sem a bola e no 3-5-2 com a bola (tendo Hazard e Lukaku como atacantes e De Bruyne, marcado individualmente por Kante e na dobra por Matuidi, livre e flutuando no meio campo). Em 22 minutos, Bélgica tinha 61% de posse de bola com 3 finalizações com 2 certas; 156 passes (96%); 10 cruzamentos com nenhum certo; 8 lançamentos com 4 certos. A França tinha 39% de posse de bola com 2 finalizações e 1 certa; 92 passes (92%); 4 cruzamentos com 2 certos; 6 lançamentos com 3 certos. Bélgica era melhor até essa altura do jogo, criava mais e não deixava a França jogar. Porém, ter a bola contra a França era perigoso: dava a chance do contra ataque e de uma jogada em velocidade caso houvesse espaços na transição da Bélgica ou com um desarme certo feito. De Bruyne quebrava a marcação da França com sua flutuação (Kante e Matuidi não conseguiam pará-lo). Após os 30 minutos (mesmo período do jogo contra o Brasil), a França tinha achado seu jogo: desarmes e interceptações e aproveitava os passes errados da Bélgica (eram 11 de 201) para sair em Velocidade. Jogo era muito tático, muito estratégico. No final do primeiro tempo, a França igualou o jogo, soube marcar e bloquear as ações ofensivas. Ao todo, 57% de posse de bola para a Bélgica com 3 finalizações com 2 certas; 270 passes (95%); 13 cruzamentos com 1 certo; 5 desarmes certos; 11 lançamentos com 5 certos. A França tinha 43% de posse de bola com 8 finalizações com 2 certas; 164 passes (92%); 12 cruzamentos com 4 certos; 5 desarmes com 4 certos e 11 lançamentos com 7 certos. No segundo tempo, a Bélgica muda a posição de jogadores do ataque: no 3-5-2 agora quem ficava no ataque era Felaini e Lukaku (duas torres para o jogo aéreo e para fazer o jogo um contra um. 1x0 França: Escanteio, bola parada e Umtiti para o gol. Depois do go, com a entrada de Mertens, a Bélgica volta para o seu 3-4-3 da primeira fase (com Felaini, Lukaku e Mertens a frente); Em 20 minutos, 57% de posse de bola para a Bélgica com 6 finalizações com 2 certas; 390 passes (95%); 21 cruzamentos com 3 certos; 13 desarmes com 11 certos e 17 lançamentos com 7 certos. A França tinha 43% de posse de bola com 12 finalizações, 3 certas e 1 gol; 233 passes (93%); 14 cruzamentos com 5 certos; 9 desarmes com 8 certos e 17 lançamentos com 7 certos. A França cozinhou o jogo, se fechou e obrigou a Bélgica a usar os lados, não deixando ter infiltrações (que era o jogo que a Bélgica tinha que jogar e não abusar dos cruzamentos). Felaini sai e entra Carrasco: Bélgica abdica da bola alta e tenta a profundidade e a verticalidade. Coma entrada de Nzonzi e Tolisso a França faz duas linhas de 4 de começa a marcar num 4-4-2 e usa demais o contra ataque, tanto é que quase abre a vantagem em pelo menos duas ou três vezes. Ao todo, A Bélgica teve 59% de posse de bola com 8 finalizações com 3 certas; 547 passes (95%); 31 cruzamentos com 3 certos; 19 desarmes com 17 certos; 21 lançamentos com 8 certos. A França teve 41% de posse de bola com 16 finalizações com 5 certas e 1 gol (o dobro de finalizações da Bélgica); 280 passes (93%); 15 cruzamentos com 6 certos e 12 desarmes com 11 certos e 30 lançamentos com 12 certos. Vence a França, vence o time forte e mais sólido e pragmático. Fica o melhor time da Copa: um time forte, corajoso e mais brilhoso do que a França. Engana-se ver os números e achar que a França foi melhor. No detalhe foi, mas na bola rolando a Bélgica jogou melhor. No mesmo minuto 30 do primeiro tempo, a França mudou o jogo como o Brasil mudou. A GRANDE diferença foi que a França não tomou gol (merecia mas não tomou), já o Brasil tomou 2. Futebol é ingrato, é injusto, é cretino e não é meritocrático quando se olha no futebol bem jogado. A França mereceu ganhar? Para mim, não. Merecia um empate. Mesmo assim, a França é forte, é solida. Futebol não é só resultado, ou só tática ou só números. É alma, mentalidade, coração, é política, é história. A Bélgica ainda pode superar seu melhor resultado (quarto lugar em 1986 quando perdeu da própria França), mas vai para a casa tendo na bagagem o seu melhor jogo jogado: contra o Brasil. É triste e raivoso para quem queria ver o melhor futebol e o mais encantador ganhar. E o futebol nos priva disso rapidinho.

- Destaques: Para mim, Griezemann (mais uma assistência e passes para contra ataques) e Umtiti (pelo gol da classificação para a final).

PS: Deschamps (técnico da França) está a 6 anos no cargo e possui fracassos (Copa 2014 e Eurocopa 2016): mesmo assim, continuou e pode entrar para a história. Fica a dica para nós mudarmos a nossa mentalidade em torcer para a seleção (e principalmente nos clubes) e começar a acreditar que um trabalho a longo tem maiores chances de dar melhores resultados do que trabalho a curto prazo. #FicaTite. 

07/07/2018

Copa 2018 - dia 21: quartas de final 2

Se a Copa foi das defesas na primeira fase, continua sendo dos contra ataques na segunda fase, é também a Copa dos goleiros. 

JOGO 59 - SUÉCIA 0 x 2 INGLATERRA

- Curiosidades: 24 partidas entre as seleções: 8 vitórias da Inglaterra, 7 vitórias da Suécia e 9 empates. Em Copas foram dois jogos: 2002 (1x1) e 2006 (2x2). É a terceira semifinal que a Inglaterra chega: 1966, 1990 e 2018. 

- Esquemas: Suécia: 4-4-2  / Inglaterra: 5-3-2;



- Jogo: A Suécia montou sua duas linhas de 4 sem a bola (4-4-2) e jogou num 4-2-3-1 com a bola fazendo o seu jogo reativo. A Inglaterra jogou no 5-3-2 sem a bola e no 3-5-2 com a bola jogando na amplitudes dos seus laterais que viram pontas quando se tem a bola e abusando sempre da bola alta e bola parada. Em 20 minutos de jogo, a Inglaterra tinha 52% de posse de bola (jogando com velocidade na sua transição), 1 finalização errada; 94 passes (91%); 3 cruzamentos errados; 9 lançamentos com 3 certos. A Suécia tinha 48% de posse de bola com 1 finalização errada; 65 passes (79%); 3 cruzamentos errados e 19 lançamentos com 5 certos. O 1x0 Inglaterra veio de bola parada. Era o décimo gol deles com 8 de bola parada: o repertório de jogadas de bolas paradas e bolas altas dos ingleses é uma das suas principais armas. Pressão da Inglaterra no final do primeiro tempo com chances criadas, tabelas feitas, gerando 1x1 contra o goleiro. Ao todo, foram 55% de posse de bola para a Inglaterra, 5 finalizações com 1 certa e 1 gol; 227 passes (92%); 15 cruzamentos com 3 certos e 21 lançamentos com 8 certos. A Suécia teve 45% de posse de bola, 1 finalização errada apenas; 152 passes (82%); 5 cruzamentos errados e 31 lançamentos com 10 certos. Suécia sem ações ofensivas principalmente por ter Fosberg apagado. No segundo tempo, os suecos voltam melhor, com mais intensidade e tentando gerar finalizações. Porém, cedia espaços para a Inglaterra jogar na velocidade. 2x0 Inglaterra: jogada trabalhada, troca de passes, cruzamento e gol de bola alta. Em 20 minutos, 56% de posse de bola para a Inglaterra, 8 finalizações com 2 certas e 2 gols; 319 passes (93%); 23 cruzamentos com 4 certas; 11 desarmes sem nenhum errado; 34 lançamentos com 12 certos. A Suécia tinha 44% de posse de bola com 4 finalizações com 2 certas; 198 passes (82%); 10 cruzamentos com 2 certos; 37 lançamentos com 15 certos. A Suécia tira Fosberg mas manteve sua forma de atacar: conseguiu trabalhar melhor a bola e chegou ao gol mas parou em Pickford (goleiro mais caro da história da Inglaterra). No final, 54% de posse de bola com 11 finalizações, 2 certas e 2 gols; 395 passes (93%); 29 cruzamentos com 5 certos; 48 lançamentos com 17 certos. A Suécia teve 46% de posse de bola com 6 finalizações com 3 certas; 258 passes (83%); 18 cruzamentos com 4 certos e 54 lançamentos com 21 certos. Para a Suécia faltou Fosberg, faltou criação e fez um jogo previsível demais. Teve 3 finalizações certas mas as 3 foram defendidas por Pickford. A Inglaterra é forte, usa seus repertórios de ataque que são mínimos: bola parada e cruzamentos. 

- Destaque: Pickford (ágil demais).

JOGO 60 - RÚSSIA 2 (3) x 2 (4) CROÁCIA

- Curiosidades: Foram 3 partidas entre as seleções com 1 vitória da Croácia e 2 empates. Primeira vez em Copas que os times que passaram de fase em disputas de pênaltis decidiram a vaga nas penalidades novamente. 

- Esquemas: Rússia: 4-4-2  /  Croácia: 4-2-3-1.



- Jogo: A Rússia não manteve sua linha de 5 contra a Espanha. Mudou mas voltou a sua forma da primeira fase: jogou no 4-4-2 sem a bola e num 4-3-2-1 com a bola. A Croácia jogou no 4-2-3-1 com e sem a bola. Rússia era agressiva, intensa, fazia marcação alta, tentava o perde-pressiona e tentava a finalização rápida (jogo vertical e tem o melhor jogo reativo da Copa). A Croácia propõe o jogo, usava a saída de 3 com Rakitic e jogava pelos lados na amplitude por causa das linhas de 4 russa. Em 20 minutos, 70% de posse de bola para a Croácia, 3 finalizações erradas; 122 passes (95%); 8 cruzamentos com 2 certos e 11 lançamentos com 2 certos. A Rússia tinha 30% de posse de bola com 2 finalizações erradas; 45 passes; 3 cruzamentos errados; 9 lançamentos com 1 certo. 1x0 Rússia: tabela, troca de passe com o pivô (Dzuba) atrás dos volantes e a finalização de Cheryshev de fora da área. 1x1: Jogada pelo lado e com velocidade pegando as linhas de 4 da Rússia quebradas e espaçadas, cruzamento de Mandzukic e gol de Kramaric. Ao todo o primeiro tempo termina com 65% de posse de bola para a Croácia com 5 finalizações, 1 certa e 1 gol; 217 passes (92%); 15 cruzamentos com 4 certos; 7 desarmes e 29 lançamentos com 7 certos. A Rússia tinha 35% de posse de bola com 5 finalizações com 1 certa e 1 gol; 89 passes (76%); 7 cruzamentos com 2 certos; 20 lançamentos com 6 certos. A Croácia tinha mais a bola mas quem controlava o jogo era a Rússia. No segundo tempo, a Croácia ficou melhor, inverteu Perisic com Rebic (mesma formação do jogo contra a Argentina) para atacar mais pelo lado direito da Rússia já que Mario Fernandes saia muito para o ataque. Croácia fez o jogo ser ataque-defesa tendo a Rússia abdicando da posse e só tentando o contra ataque. Em 20 minutos, 66% de posse de bola para a Croácia, 10 finalizações com 3 certas e 1 gol; 337 passes (78%); 26 cruzamentos com 6 certos e 40 lançamentos com 15 certos. A Rússia teve 34% de posse de bola, 6 finalizações com 2 certos e 1 gol; 134 passes (78%); 9 cruzamentos com 3 certos; 30 lançamentos com 9 certos. Depois disso, o jogo fica ruim. Croácia tem a bola mas não cria ações ofensivas, trocava mais passes no meio campo e na defesa e a Rússia que esperava a Croácia no seu campo de defesa e pronta para fazer o jogo reativo. No final, ao todo: 65% de posse de bola a Croácia, 13 finalizações com 3 certos e 1 gol; 465 passes (92%); 39 cruzamentos com 9 certos; 49 lançamentos com 18 certos. A Rússia teve 35% de posse de bola, 8 finalizações com 3 certas e 1 gol; 176 passes (78%); 13 cruzamentos com 4 certos e 43 lançamentos com 11 certos. O jogo merecia a prorrogação pela falta de criatividade de ambos. No primeiro tempo da prorrogação, 2x1 Croácia: gol de bola parada (primeiro gol numa prorrogação da Copa). Depois disso, pressão da Rússia mas não sabia propor o jogo. Segundo tempo da prorrogação, 2x2: outro gol de bola parada num jogo fraco de criação. Ao todo, depois de 120 minutos, a Croácia teve 63% de posse de bola, 16 finalizações com 5 certos e 2 gols; 569 passes (91%); 43 cruzamentos com 10 certos e 63 lançamentos com 23 certos. A Rússia teve 37% de posse de bola, 12 finalizações com 6 certos e 2 gols; 242 passes; 22 cruzamentos com 7 certos e 59 lançamentos com 18 certos. Pênaltis é treino, é preparação, é mentalidade. Bater como bateu Smolov (numa Copa do Mundo) é pedir para perder. Subasic e Akinfeev defenderam mas a Croácia vai para sua segunda semifinal de Copas em 20 anos. Rússia foi brilhante e teve o melhor lateral direito da Copa: Mario Fernandes. 

- Destaques: Subasic, Mario Fernandes (mesmo perdendo o pênalti). 

PS: Primeira vez na história das Copas que não há na semifinal: Brasil, Alemanha, Argentina ou Itália. 

Copa 2018 - dia 20: Quartas de final 1

O único culpado da derrota e eliminação do Brasil chama-se: Bélgica e foi somente ela.  

JOGO 57 - URUGUAI 0 x 2 FRANÇA

- Curiosidades: 7 partidas entre as seleções: 2 vitórias do Uruguai, 4 empates e 1 vitória da França. Em Copas, três jogos: 1966 (2x1 Uruguai); 2002 (0x0) e 2010 (0x0).

- Esquemas: Uruguai: 4-4-2  /  França: 4-3-3



- Jogo: O Uruguai jogou num 4-4-2 transformado do seu modelo de jogo recorrente da Copa. Sem a bola foi um 4-4-2 num estilo triângulo (▲ ou um 4-3-1-2) abdicando das duas linhas de 4 e com a bola foi um 4-4-2 num estilo losango (◇) abdicando do seu 4-4-2 aberto. A França jogou no seu 4-3-3 com e sem a bola. Uruguai começou a realizar o jogo reativo (de contra ataque) e se atém ao perde-pressiona muito no seu campo ofensivo. A França tentava ocupar os espaços muito pelas triangulações, troca de passes rápida e velocidade. Em 20 minutos, 65% de posse de bola para a França com 4 finalizações erradas; 114 passes (89%); 7 cruzamentos com 2 certos. O Uruguai tinha 35% de posse de bola com 1 finalização errada; 47 passes (77%); 6 cruzamentos com 2 certos e 12 lançamentos com 7 certos. É o quinto jogo da França que ela mostra ter problemas para propor o jogo (principalmente quando Pogba não consegue criar), pois sua principal arma é a velocidade na transição do jogo ainda mais quando se joga contra uma defesa forte igual a do Uruguai. Gol da França: 1x0: Bola parada e bola alta: uma das armas para fazer gol no Uruguai. Segundo gol de bola parada tomado pelos uruguaios. Ao todo no primeiro tempo, foram 65% de posse de bola para a França, 5 finalizações com 1 certa e 1 gol; 223 passes (90%); 14 cruzamentos com 4 certos (mostra a falta de criação de jogadas); 7 desarmes certos; 10 lançamentos com 3 certos. O Uruguai tinha 35% de posse de bola, 6 finalizações com 3 certas; 107 passes (84%); 9 cruzamentos com 2 certos; 11 desarmes com 10 certos e 24 lançamentos com 11 certos. No segundo tempo, os dois times tiveram as mesmas propostas porém com o Uruguai tentando mais o ataque do que no primeiro tempo. Em 15 minutos, 63% de posse de bola para a França com 6 finalizações e 1 certa; 280 passes (88%); 19 cruzamentos com 4 certos; 17 lançamentos com 6 certos. O Uruguai tinha 37% de posse de bola com 8 finalizações e 3 certas; 138 passes (82%); 13 cruzamentos com 2 certos; 31 lançamentos com 13 certos. 2x0 França: desarme no campo defensivo, contra ataque de Pogba, finalização de Griezemann e falha de Muslera. 2x0 é muito duro para um time que se defende e usa o contra ataque: o uso de ligação direta ficou mais explícito, pois a França tinha 19 cruzamentos com 4 certos e 22 lançamentos com 8 certos e o Uruguai tinha 24 cruzamentos com 4 certos e 35 lançamentos com 14 certos. França coloca N'zonzi para aumentar a estatura do time e ganhar as bolas altas. Uruguai deixava mais espaços para o contra ataque da França e tendo N'zonzi no meio campo, deixava livre Mbappe e Griezemann (flutuando muito no jogo) pelos lados. França jogou melhor mas não tão melhor que o Uruguai que sem Cavani teve que mudar seu modelo de jogo usado na Copa. França peca ainda na pouca variabilidade ofensiva e na falta de construção de jogadas pelo meio. A França é forte. No final, 64% de posse de bola para a França, 10 finalizações com 2 certas e 2 gols; 436 passes (90%); 19 cruzamentos com 4 certos; 12 desarmes com 12 certos; 32 lançamentos com 13 certos. O Uruguai teve 36% de posse de bola, 10 finalizações com 3 certas (mesmo número da França); 203 passes (81%); 31 cruzamentos com 4 certos (isso mesmo: 31 cruzamentos); 21 desarmes com 19 certos e 47 lançamentos com 20 certos.

- Destaque: Griezemann (flutuando no jogo com uma assistência e um gol).

JOGO 58 - BRASIL 1 x 2 BÉLGICA

- Curiosidades: 4 partidas entre as seleções: 3 vitórias do Brasil e 1 vitória da Bélgica. Em Copas: um jogo em 2002 (2x0 Brasil). 2º gol contra do Brasil na história das Copas. 

- Esquemas: Brasil: 4-1-4-1  /  Bélgica: 4-3-3.



- Jogo: A noite anterior ao jogo foi de sono tranquilo, suave, de boa. Achei estranho. No jogo contra a Suíça, Costa Rica, Sérvia e México as noites foram mal dormidas, cheias de ansiedade e certa preocupação. Essa não foi. Não sei porque o confronto era de duas equipes iguais, de grandíssima força e etc. Estava tranquilo, fiz as crendices que só a Copa do Mundo me permite fazer e o coração batendo forte só veio quando vi o hino nacional brasileiro ser cantado a capela no estádio. Eu avisava a galera antes da Copa que a Bélgica ia vir, ia fazer estrago e era uma surpresa (pelo seu histórico em Copas). Escutei muita gente desdenhando, fazendo programações para a terça e etc. Escutava com alarde e falava: "Ei, pera ai. Tem a Bélgica sexta". O retruco: " Você não acredita no Brasil?". "Claro que sim e torço, mas antes das semi tem a Bélgica e ela é forte". Quis acreditar quem quis. E a soberba brasileira parece não ter mudado depois do 7x1. Do outro lado tinha um adversário, um oponente forte, de melhor ataque nessa Copa, detentor da melhor campanha da primeira fase. Como já citei Guardiola aqui, ganharia a Copa quem tivesse o técnico mais corajoso. Tite era um deles mas Roberto Martínez também. Sai a escalação e a bola cantada por poucos jornalistas se confirmou: Entradas de Felaini e Chadli para as saídas de Mertens e Carrasco. A Bélgica manteria sua formação? Não!!!! Abdicaram do seu 5-3-2 sem a bola para jogar num 4-3-3 e mantiveram o 3-4-3 com a bola, porém trocando de posições com De Bruyne pelo Felaini. Era plausível crer que a seleção brasileira estivesse preparado para esse tipo de formação (lembrando que essa escalação foi a que virou o jogo contra o Japão: deu maior consistência defensiva e maior poder de ataque pois liberava De Bruyne para o abate). Mas a seleção não estava. Jogando num 4-3-3 com Hazard e Lukaku nas pontas e De Bruyne no meio, a Bélgica fez marcação alta no Brasil e realizava o perde pressiona no campo ofensivo tendo esses três atacantes numa mobilidade grande para confundir a defesa brasileira (De Bruyne jogou como um falso 9 de verdade). Com a bola, a Bélgica jogava apenas nas laterais brasileiras aproveitando ao máximo nosso maior ponto fraco e conseguia jogar por ali. Bola de Thiago Silva na trave poderia mudar os rumos mas não mudou. O que mudou foi a falha e o grande espaço gerado pelo Brasil (quando jogavam pelos lados, a Bélgica atraia a defesa brasileira para um lado e deixava a frente do gol exposta) para que Felaini finalizasse e gerasse o escanteio do gol contra de Fernandinho (logo ele que substituía nosso jogador que mais nos fez sentir falta: Casemiro). Gol de Copa do Mundo, gol que destrói lares, destrói mentes, destrói trabalhos. A partir dai, jogando no 4-1-4-1 com e sem a bola e continuando a não entender o jogo da Bélgica, o Brasil mesmo chegando cedia ainda mais espaços, deixando De Bruyne totalmente livre (coisa que os Deuses das Copas do Mundo não iriam deixar barato). Em 20 minutos, tínhamos mais posse de bola (61%) com 4 finalizações e 2 certas; 99 passes (95%); 9 cruzamentos com 3 certos e apenas 1 lançamento errado. A Bélgica tinha 39% de posse de bola com 4 finalizações erradas (o gol contra não conta como finalização); 78 passes (93%); 2 cruzamentos errados e 5 lançamentos com 3 certos. Aos 30 minutos, mesmo tendo mais volumes de ações do jogo, a Bélgica faz 2x0: contra ataque de Lukaku, falha do coletivo defensivo brasileiro (em não fazer falta em Lukaku e deixar De Bruyne livre - coisa que já havia acontecendo), finalização absurda e certeira de De Bruyne (a bola vai na bochecha da rede). Ahhh esses 2x0...deu uma desesperança e um sentimento amargo doido. Mas o Brasil não jogava, era surpreendido pela Bélgica, tomava um nó tático de Martinez. Depois dos 2x0, Tite muda a forma do Brasil de marcar: passa a usar o esquema igual quando travamos o México: o 4-4-2 com Neymar e Jesus a frente. Deu certo deu, paramos de sofrer na defesa mesmo gerando espaços quando as bolas vinham pelos lados com o 1 contra 1 de Fagner x Hazard e Lukaku x Miranda. Ao todo no primeiro tempo, foi 60% de posse de bola para o Brasil, com 9 finalizações e 4 certas; 268 passes (95%); 20 cruzamentos com 4 certos e 3 lançamentos com 1 certo. A Bélgica teve 40% de posse de bola, 7 finalizações com 3 certas; 205 passes (93%); 6 cruzamentos com 1 certo e 16 lançamentos com 10 certos (a maioria para as laterais do campo, para Lukaku ou Hazard prenderem a bola, chamar a defesa brasileira e gerar espaços para o contra ataque. No segundo tempo, para melhorar o time, Tite troca Willian por Firmino e põe Jesus na posição de Willian mantendo o 4-4-2. A Bélgica mantém sua proposta mas agora claramente apenas na busca por contra ataques. Brasil ficou mais ofensivo, controlava melhor o jogo e chegava com mais perigo ao gol da Bélgica. Vale salientar o pênalti que não foi marcado em Jesus e ai a velha teoria da conspiração sobre a retaliação política da CONMENBOL e da FIFA para com a CBF pelo voto em Marrocos para a sede da Copa de 2026. Jesus sai para entrar Douglas Costas (ahh se tivesse inteiro todo o mundial) e o Brasil melhora significativamente muito por sua velocidade, dibres e viradas de jogo para Marcelo (jogando agora num 3-2-5 igual a Alemanha, mas deixando Fagner com os zagueiros para parar Hazard). Brasil finalizava mas a bola não entrava. Finalizava de várias formas mas parecia que os Deuses das Copas não quisessem que o dia fosse nosso (chutes de Coutinho, Renato Augusto, infiltrações de Neymar, cruzamentos de Marcelo e Douglas Costas e etc). Paulinho sai para entrar Renato Augusto e em 5 minutos duas finalizações que poderiam empatar (1 gol com mais uma assistência de Coutinho e uma finalização para fora). O gol foi tarde, aos 30 minutos do segundo tempo (se fosse no começo do segundo tempo ou no final do primeiro já valia alguma coisa). Após o 2x1 e umas mudanças, a Bélgica se defendeu com uma linha de 5 jogando no 5-3-2 compactado numa faixa de 10 metros). Mesmo assim, finalizávamos e finalizávamos e Courtois fechava tudo inclusive aquela bola de Neymar com a mão trocada (e quem é goleiro sabe a dificuldade de defender com a mão trocada ainda mais numa Copa no último minuto). Ao todo, foram 63% de posse de bola para o Brasil com 27 finalizações e 9 certas e 1 gol (Courtois fez 6 defesas e esse número de finalização é o maior de uma seleção em uma partida nessa Copa); 463 passes (93%); 31 cruzamentos com 6 certos e apenas 6 lançamentos com 3 certos e 15 desarmes com 14 certos. A Bélgica teve 37% de posse de bola, 9 finalizações com 3 certas; 295  passes (89%); 7 cruzamentos com 1 certo; 40 lançamentos com 22 certos e 20 desarmes com 17 certos. O que o Brasil tinha que fazer, fez. Furaram o bloqueio Belga algumas vezes mais a bola não entrou porque Courtois não deixou e também porque não era o dia. Jogamos, tivemos desempenho mas o resultado não veio. Perdemos um jogaço, perdemos um jogo bem jogado, perdemos um jogo mental, perdemos um jogo tático, principalmente no primeiro tempo, perdemos para um ótimo time, perdemos para o melhor time da Copa. A Bélgica jogou demais até os 30 minutos do primeiro tempo (2x0). O Brasil não viu a bola até ai (história que poderia mudar se a bola de T. Silva entrasse e o gol contra não existisse mas a imprevisibilidade do jogo não permitiu). Jogamos o que podíamos e jogamos bem. De 26 jogos apenas a segunda derrota de Tite. Puta de um jogo de Felaini, Kompany, Courtois, De Bruyne, Witsel e de Roberto Martínez (foi o melhor jogo da história da seleção belga). Essa geração belga é boa sim e há de se respeitar. Estamos fora mas essa derrota tem que ser a menos doída pois foi pelo futebol, pelo jogo, pelo destino. Faz parte e vamos nessa. A derrota é difícil e não tem como aprender com ela. Sempre irá machucar. E se resguardar fortemente e não demonstrar nenhum sentimento é de uma cretinice doida. Chore, fique puto, ande de cabeça baixa, sinta a dor, a desesperança, a frustração. Esses momentos são para isso e só quem sabe o significado do esporte, quem sente o jogo e quem ama o futebol irá entender. O resto, faz churrasco, toma cerveja artesanal, estoura pipoca, pinta o rosto. Os verdadeiros irão dormir, se dormir, porque estou aqui as 03:15 da manhã e só consegui escrever agora. Acordar será difícil mas as lutas continuam. Como diz Chorão: Dias de lutas, dias de glória. 

PS 1: Das últimas 4 eliminações do Brasil o primeiro gol foi de bola parada.

PS 2: O primeiro gol da Bélgica aconteceu no minuto 13 = mesmo minuto do primeiro gol da Alemanha no 7x1.

PS 3: Tirando as edições que o Brasil foi campeão e as edições de 1930, 1934, 1966 e 1986: todos os times que eliminaram o Brasil foram para a final da Copa.

PS 4: Parem de tentar achar culpados pela eliminação. O maior culpado, no caso, a maior culpada se chama Bélgica e por favor não confunda o caráter dos jogadores com o desempenho dentro de campo. 

PS 5: A primeira coisa que deve ser feito é renovar com Tite até 2022. Ter um trabalho de 6 anos credencia mais ainda o Brasil para um título mundial. E acredite: houve evolução do campo de futebol para dentro dele. 

- Destaques: De Bruyne: Courtois; Felaini (nunca o vi jogar tão bem quanto hoje); Roberto Martínez. 

03/07/2018

Copa 2018 - dia 19

A Copa é emoção, é suor, é lágrimas. A muralha amarela da Suécia e a superação inglesa nas penalidades. 

JOGO 55 - SUÉCIA 1 x 0 SUÍÇA

- Curiosidades: foram 27 partidas entre as seleções: 10 vitórias para a Suécia, 10 vitórias para a Suíça e 7 empates. 

- Esquemas: Suécia: 4-4-2 / Suíça: 4-2-3-1



- Jogo: A Suécia jogou no seu forte 4-4-2 sem a bola e num 4-2-3-1 com a bola. A Suíça jogou no seu habitual 4-2-3-1 com e sem a bola. Suécia começou o jogo fazendo a marcação alta e a pressão na saída de bola da Suíça (já dava indícios que montaria uma fortaleza na defesa). Em 20 minutos de jogo, 61% de posse de bola para a Suíça com 2 finalizações e 1 certa; 116 passes (94%); 6 cruzamentos com 1 certo; 12 lançamentos com 4 certos. A Suécia tinha 39% de posse de bola;4 finalizações e 1 certa; 66 passes (79%); 10 lançamentos com 4 certos. Suíça tinha um modelo de jogo (durante a Copa toda) de propor o jogo enquanto a Suécia fazia o jogo reativo (de contra ataque) e era essa a tônica do jogo. Com a marcação forte, isso fez com que os dois times não tivessem muita criação de jogadas e abusassem de cruzamentos e finalizações de fora da área (que eram as mais perigosas). No primeiro tempo, ao todo foram: 66% de posse de bola, 6 finalizações com 1 certa; 268 passes (95%); 16 cruzamentos com 2 certos e 18 lançamentos com 5 certos. A Suécia tinha 34% de posse de bola, 7 finalizações com 2 certas; 108 passes (78%); 5 cruzamentos com 1 certo e 18 lançamentos com 8 certos. No segundo tempo, Suíça voltou melhor trocando mais passes e conseguia sair bem da marcação pressão da Suécia. Porém, num dos ataques suecos, bola para Fosberg (o jogador de melhor qualidade da Suécia), finalização de fora da área e gol: 1x0. Em 20 minutos do segundo tempo, a Suíça tinha mais posse de bola (64%) com 7 finalizações com 1 certa; 374 passes (94%); 27 cruzamentos com 3 certos; 22 lançamentos com 6 certos. A Suécia tinha 36% de posse de bola, 10 finalizações com 3 certas e 1 gol; 156 passes (80%); 7 cruzamentos com 2 certos e 28 lançamentos com 8 certos. Depois do gol, a Suíça tentou fazer o jogo de ataque e defesa colocando dois atacantes de alta estatura para fazer o jogo aéreo. A Suécia por sua vez, colocou mais dois defensores mas manteve a marcação no 4-4-2 como uma fortaleza intransponível e com seu jogo reativo, armou um contra ataque que resultou na falta no último minuto. Ao todo foram, 64% de posse de bola para a Suíça, 16 finalizações com 4 certas; 487 passes; 47 cruzamentos com 6 certos (isso mesmo: 47 cruzamentos); 27 lançamentos com 8 certos. A Suécia teve 36% de posse de bola com 11 finalizações com 4 certas e 1 gol; 12 cruzamentos com 2 certos e 37 lançamentos com 12 certos. Passou a Suécia que teve um futebol mais conciso e objetivo. Em sua história são 4 semifinais e 1 final. A Suíça abusou no jogo aéreo ao invés de quebrar  as linhas de marcação com infiltrações, triangulações e etc. Passou o melhor time.

- Destaque: Fosberg e todo o sistema defensivo da Suécia: A muralha amarela.

JOGO 56 - COLÔMBIA 1 (3) x 1 (4) INGLATERRA

- Curiosidades: 5 partidas entre as seleções com 3 vitórias da Inglaterra 2 empates; Mina é o único zagueiro que fez 3 gols de cabeça em Copas do Mundo. 

- Esquemas: Colômbia: 4-2-3-1 / Inglaterra: 5-3-2



- Jogo: A Colômbia jogou no 4-2-3-1 sem a bola e mudou a forma de atacar: um 4-3-3 triângulo com Cuadrado e Quintero com mobilidade. A Inglaterra jogou no seu 5-3-2 sem a bola e mudou a forma de atacar do 3-4-3 para o 3-5-2 com Kane e Sterling na frente (usou 5 jogadores no meio campo para ter mais posse de bola). O jogo era de muita velocidade: velocidade de transição da Inglaterra do 5-3-2 para o 3-5-2 (tendo seu jogo na busca por Kane em bolas paradas ou bolas altas) e a velocidade da Colômbia no contra ataque. Porém, com pouca qualidade técnica e poucas ações ofensivas. Em 20 minutos de jogo, 55% de posse de bola para a Inglaterra, com 4 finalizações e 1 certa; 105 passes (94%); 6 cruzamentos com 2 certos; 4 lançamentos com 3 certos. A Colômbia tinha 45% de posse de bola; 2 finalizações erradas; 89 passes (94%); 1 cruzamento errado; 10 lançamentos com 4 certos. Colômbia equipara o jogo e bloqueia as ações ofensivas da Inglaterra. Os dois times começaram a serem lentos na transição dos seus sistemas defensivos para ofensivos. Ao todo no primeiro tempo foram: 55% de posse de bola para a Inglaterra, 8 finalizações com 1 certa; 221 passes (93%); 10 cruzamentos com 3 certos; 8 lançamentos com 4 certos. A Colômbia tinha 45% de posse de bola com 4 finalizações e 1 certa; 177 passes (92%); 4 cruzamentos errados e 20 lançamentos com 6 certos. No segundo tempo, o jogo continuava na mesma, porém mais violento e tenso. Pênalti e 1x0 Inglaterra: Sexto gol de Kane e passa o recorde inglês de Linecker (em 1986 fez 5 gols). É o nono gol da Inglaterra e o sétimo de bola parada. Em 20 minutos, 57% de posse de bola para a Inglaterra com 10 finalizações, 2 certas e 1 gol; 289 passes (93%); 13 cruzamentos com 4 certos e 13 lançamentos com 6 certos. A Colômbia tinha 43% de posse de bola, 5 finalizações com 2 certos; 222 passes (91%); 5 cruzamentos errados; 25 lançamentos com 7 certos. A Colômbia passa a jogar mais com a bola e trocava mais passes, mas oferecia mais contra ataques para a Inglaterra que se fechava. Colômbia pôs 2 atacantes mas mantinha o 4-3-3. No fim do jogo: 1x1: gol de bola parada e mais uma vez Mina salva a Colômbia. Ao todo, 54% de posse de bola para a Inglaterra, 12 finalizações com 2 certas e 1 gol; 353 passes (92%); 19 cruzamentos com 5 certos; 28 cruzamentos com 13 certos e 6 escanteios (um deles o que gerou o pênalti). A Colômbia tinha 46% de posse de bola, 10 finalizações com 5 certas e 1 gol; 316 passes (90%); 13 cruzamentos com 3 certos e 36 lançamentos com 10 certos e apenas 1 escanteio (o que gerou o gol da Colômbia). Nos tempos da prorrogação, no primeiro a Colômbia foi melhor: empurrou a Inglaterra para o seu campo mas abusava nos cruzamentos. No segundo, a Inglaterra foi melhor: teve mais posse de bola e criou mais chances de gol. No final, foram: 53% de posse de bola para a Inglaterra, 16 finalizações com 2 certas e 1 gol; 473 passes (92%); 23 cruzamentos com 6 certos; 44 lançamentos com 18 certos. A Colômbia tinha 47% de posse de bola, 13 finalizações com 5 certos e 1 gol; 419 passes (89%); 19 cruzamentos com 6 certos e 52 lançamentos com 14 certos. A Inglaterra quebra a trágica tradição de perder em penalidades. As duas seleções jogaram mal e fizeram gols de bolas paradas. Colômbia perdeu muito sem James e Quintero não substituiu bem. Será difícil para a Inglaterra passar da defesa da Suécia. 

- Destaques: Mina e Pickford (goleiro da Inglaterra).

PS: As quartas terão 6 países europeus e 2 países sul americanos.

02/07/2018

Copa 2018 - dia 18

A Copa é do futebol bem jogado. Melhor partida do Neymar em Copas. Variações táticas brasileiras com a bola rolando e virada belga. 

JOGO 53 - BRASIL 2 x 0 MÉXICO

- Curiosidades: Foram 40 partidas entre as seleções: 23 vitórias do Brasil, 7 empates, 10 vitórias do México. Em Copas foram 4 jogos: 1950 (4x0 Brasil); 1954 (5x0 Brasil); 1962 (2x0 Brasil) e 2014 (0x0). Brasil se tornou o país que mais fez gols em Copas do Mundo: 228 gols. É a sétima vez seguida que o México é eliminado nas oitavas da Copa. 

- Esquemas: Brasil: 4-1-4-1 / México: 4-3-3.



- Jogo: Antes do jogo estava eu pensando se amaria mais ou amaria menos o Chaves, Chapolin e sua turma caso o México eliminasse o Brasil. Acho que não. Gosto muito de Chaves e do Chapolin e gosto mais ainda de Copas do Mundo, futebol jogado e vitória merecida. Ahh meu Brasil, estamos chegando, estamos indo mas nada é certo ainda. Quando vieram as escalações, o México pôs 3 zagueiros (Rafa Maques era a surpresa). Achei que viesse com uma linha de 5 marcadores (igual jogaram no segundo tempo contra a Alemanha) mas não. Jogaram num 4-3-3 com a bola e num 4-1-4-1 sem a bola tendo o Rafa Marques como volante na frente da linha de 4 dando sustentação aos meias poderem marcar a saída de bola do Brasil e com a inversão de Lozano para a esquerda e Vela pela direita para usar melhor o contra ataque e ter maiores chances de finalizações. Brasil veio no seu 4-1-4-1 habitual com a bola e inovou ao flutuar sem a bola ora num 4-1-4-1 ora num 4-4-2 (novidade para dar uma sustentação maior pelos lados). Ahhh jogo tenso. Nos primeiros 20 minutos era plausível dizer que o México era melhor: marcava na pressão e forte e fazia um jogo espelhado (usando encaixes individuais, anulando Coutinho) chegando a ter 9 jogadores no campo ofensivo deles, igualzinho fizeram contra a Alemanha. Brasil tinha 57% de posse de bola com 1 finalização certa; 76 passes (94%); 5 cruzamentos com 1 certo. O México tinha menos posse de bola (47%) com 1 finalização errada; 49 passes (94%) e 8 cruzamentos com 1 certo. Depois dos 30 minutos, o México troca as posições de Lozano e Vela depois que viu o lado direito brasileiro mais exposto, muito por conta dos espaços deixados por Paulinho sobrecarregando Willian e Fagner e os deixando no 1 contra 1 com os ponteiros do México. Foi ai que Adenor (ahh Adenor, como eu te amo), recuou Paulinho na mesma linha do Casemiro e Neymar perto de Jesus passou a marcar num 4-4-2, tirou Neymar da esquerda e o colocou mais perto do gol e deslocou Coutinho na esquerda para sair da marcação. Brasil começava a jogar com a bola no chão, controlava a pressão do México e começava a jogar: com 52% de posse de bola tinha 6 finalizações com 3 certas; 157 passes (92%); 12 cruzamentos com 4 certos. O México tinha 48% de posse de bola com 4 finalizações erradas; 126 passes (94%); 8 cruzamentos com 1 certo. Brasil melhorava e Uchoa (o goleiro bissexto - só joga de 4 em 4 anos eque fez 4 defesas) pegava tudo. No final do primeiro tempo, a posse de bola era igual e o Brasil tinha 8 finalizações com 3 certas e 16 cruzamentos com 4 certos. O México continuou com 4 finalizações erradas e 8 cruzamentos com 1 certo. No segundo tempo, a vontade que saísse um gol logo para espantar a chance de prorrogação era muito grande. Meu coração batia mais forte que os mexicanos no Neymar (e como apanha o menino. Falam que é cai-cai mas toma as porradas). Voltamos melhor. Osório tira Rafa Marques e bota Layún para fazer a marcação quase que individual em Neymar, que jogando por dentro abriu espaços para os lados. Em 15 minutos, o Brasil faz o gol: jogada de Neymar e passe de calcanhar para Willian (que no segundo tempo não só ficava na direita, flutuava por dentro e às vezes caía na esquerda) tocar novamente para Neymar fazer. Ahhh Jesus, quase foi seu. Brasil voltou a ter mais posse de bola: 52% com 14 finalizações com 7 certas e 1 gol; 257 passes (92%) 22 cruzamentos com 5 certos; 23 desarmes com 19 certos; O México com 48% de posse de bola tinha 9 finalizações com apenas 1 certa; 219 passes (94%) e 16 cruzamentos com 3 certos. Ahhh a tensão: mesmo com 1x0 não dava para ter a certeza que o jogo estava ganho. Estava difícil, mas nossa defesa é mais forte que as muralhas da China (tomou só 6 gols em 25 jogos com o Tite). Aos 30 minutos, com Filipe Luís amarelado e o México abusando dos cruzamentos, Adenor inverteu Jesus com Neymar. Neymar ficou na linha de 2 com Coutinho e Jesus fechou a segunda linha de 4 no agora e definido 4-4-2. Bloqueou as ações ofensivas do México que ficava mais tenso com o passar do tempo. No final, Adenor tira Paulinho e coloca Fernandinho (maior sustentação no meio campo) e Jesus para entrar Firmino (aí Coutinho fez a do Jesus enquanto Firmino fechava com Neymar na frente). 2x0: Desarme de Fernandinho, contra ataque, passe de Neymar para Firmino. Estamos nas quartas. Após o gol, Adenor muda sua forma de marcar pela terceira vez: coloca Marquinhos e faz uma linha de 5 num 5-3-2 nos últimos 7 minutos. No final, foram 49% de posse de bola para o brasil; 18 finalizações com 10 certas e 2 gols; 324 passes (92%); 23 cruzamentos com 5 certos e 34 desarmes com 27 certos (tendo Casemiro e Fagner com 5 desarmes cada um). O México teve 51% de posse de bola com 12 finalizações com apenas 1 certa; 345 passes (94%); 25 cruzamentos com 3 certos. Que venha o próximo e estamos sim bem na Copa. Parem de criticar o Neymar pois foi sua melhor partida em Copas do Mundo. Adenor e sua comissão foram excelentes, assim como, Thiago Silva (que Copa é essa que esse rapaz está jogando? Calando todas as críticas), Miranda, Willian e Jesus (acaba que sacrificando sua principal função, marcar gols, para ser o jogador que melhor executa taticamente o que é pedido). Brasil não toma gol e tendo o ataque que temos já é um grande passo para ganharmos jogos. Brasil contra a Costa Rica mudou sua forma de atacar e hoje, contra o México, mudou sua forma de defender: otimismo com essas variações táticas com o jogo rolando. Como é bom sentir-se feliz após uma vitória e não alívio. Isso quer dizer que o Brasil mereceu ganhar porque jogou bem. Só não quero que esse time se torne o 1982 da minha geração. 

- Destaques: Neymar, Willian, T. Silva, Adenor, Brasil. No México: Uchoa.

JOGO 54 - BÉLGICA 3 x 2 JAPÃO

- Curiosidades: 5 partidas entre as seleções com 2 vitórias do Japão, 1 empate e 1 vitória da Bélgica. Um jogo em Copas: 2002 (2x2). Japão nunca passou das oitavas e é a terceira vez da Bélgica em quartas de finais. 

- Esquemas: Bélgica: 5-3-2 / Japão: 4-2-3-1.



- Jogo: A Bélgica jogou no seu 5-3-2 sem a bola e no 3-4-3 com a bola. Já o Japão jogou no 4-2-3-1 com a bola e no 4-4-2 sem a bola. No começo do jogo, Japão marcava na pressão alta (na saída de bola da Bélgica) e era melhor: confundia a troca de passe dos belgas povoando o meio campo e jogando na amplitude para espaçar as linhas de 5 defensores da Bélgica (e ai, o contra ataque era sua arma). Em 20 minutos, a Bélgica equipara o jogo, troca passes e só tentavas as diagonais para Lukaku: 59% de posse de bola para a Bélgica, 4 finalizações erradas; 118 passes (93%); 5 cruzamentos com 3 certos e 9 lançamentos com 2 certos. O Japão tinha 41% de posse de bola com 2 finalizações erradas; 104 passes (95%); 2 cruzamentos errados e 10 lançamentos com 3 certos. Bélgica tomava conta do jogo: tinha um jogo parecido com a Espanha, usava troca de passes, criava ações ofensivas e com diferença da Espanha, a Bélgica sempre tentava a finalização. Ao todo no primeiro tempo, foram 58% de posse de bola para a Bélgica com 8 finalizações e 2 certas; 265 passes (91%); 14 cruzamentos com 6 certos; 18 lançamentos com 9 certos. O Japão tinha 42% de posse de bola com 3 finalizações com 1 certa; 206 passes (95%); 5 cruzamentos com 2 certos e 21 lançamentos com 6 certos. Bélgica já mostrava fraqueza na defesa: o espaço na frente da linha de 5 defensores. No segundo tempo, 2 gols do Japão em 7 minutos: jogando na transição do 3-4-3 para o 5-3-2 que era lenta e marcava mal e gerava muitos espaços. Inclusive um gol de fora da área (que é uma arma para uma defesa de 5 tão exposta). Em 20 minutos, 42% de posse de bola para o Japão com 6 finalizações, 3 certas e 2 gols; 263 passes (93%); 10 cruzamentos com 2 certos e 31 lançamentos com 9 certos. A Bélgica tinha 58% de posse de bola com 12 finalizações e 3 certas; 384 passes (91%); 16 cruzamentos com 8 certos e 22 lançamentos com 10 certos. Com duas substituições da Bélgica, ela melhora sua transição e velocidade e com a entrada de Felaini (1,94m) aumentou ainda mais a estatura média do time (que tinha 4 jogadores com 1,90m ou mais). O 2x1 veio com uma falha do goleiro japonês (foi a terceira falha). O 2x2 (empate em 4 minutos), veio de bola parada aproveitando a alta estatura (gol de Felaini). Depois do empate, o jogo ficou aberto tendo chances de finalizações para os dois times. No último minuto: 3x2 Bélgica: contra ataque gerado por um escanteio do Japão, De Bruyne puxa, Lukaku faz o corta luz e gol de Chadli (que entrou no segundo tempo para melhorar a transição). No fim, 59% de posse de bola para a Bélgica, 22 finalizações com 9 certas e 3 gols; 511 passes (91%); 27 cruzamentos com 14 certos e 24 lançamentos com 11 certos. O Japão teve 41% de posse de bola, 9 finalizações com 4 certos e 2 gols; 354 passes (93%); 18 cruzamentos com 2 certas e 41 lançamentos com 12 certos. Japão perdeu a chance de chegar a primeira vez nas quartas de finais. Talvez, os Deuses do futebol e a Copa do Mundo não tenham permitido isso por conta da covardia nos minutos finais contra a Polônia. A Bélgica, tem um ataque poderoso e bem objetivo (posse de bola e finalizações: o que Espanha e Alemanha deviam ter feito) porém, sua defesa é exposta e sua transição é lenta ainda mais com Kompany em campo. 

- Destaques: Hazard e Felaini


01/07/2018

Copa 2018 - dia 17

Nunca duvide dos Russos (parte 3) e o dia dos goleiros: Redenção de Akinfeev, a consagração de Kasper Schmeichel e Subasic.  

JOGO 51 - ESPANHA 1 (3) x (4) 1 RÚSSIA

- Curiosidades: 6 partidas entre as seleções: 4 vitórias da Espanha e 2 empates. Primeira vez que houve uma quarta substituição em Copas e a primeira vez que a Rússia (como Rússia) passa para as quartas.

- Esquemas: Espanha: 4-3-3 / Rússia: 4-4-2.



- Jogo: A Espanha jogou no seu usual esquema: um 4-3-3 com e sem a bola muito móvel no ataque mas com Iniesta no banco e Nacho titular para tentar bloquear ações do jogo reativo da Rússia (muito pelos pés de Cheryshev): o problema é que Cheryshev também estava no banco. A Rússia, ora marcava num 4-4-2 e na maioria das vezes marcou num 5-4-1 com uma defesa de alta estatura. Com a bola era um 4-2-3-1, tendo apenas o contra ataque como arma ofensiva. Em 20 minutos, com 78% de posse de bola a Espanha tinha 1 finalização com 1 certa e 1 gol (de bola parada); 158 passes (97%); 3 cruzamentos com 1 certo (o do gol); 9 lançamentos com 4 certos. A Rússia tinha 22% de posse de bola com 2 finalizações erradas; apenas 31 passes (82%); 6 lançamentos com 4 certos. Espanha controlava bem o jogo, ficava com a bola, e tentava atrair a Rússia para o seu campo para gerar espaços, porém sua transição era lenta. Ás vezes é chato de ver jogos da Espanha pois é muita troca de passes com poucas ações ofensivas. A primeira bola na diagonal para Diego Costa foi apenas aos 45 minutos do primeiro tempo. Ao todo, foram 72% de posse de bola para a Espanha, 4 finalizações com 3 certas e 1 gol; 380 passes (95%); 4 cruzamentos com 2 certos; 18 lançamentos com 7 certos. A Rússia teve 28% de posse de bola com 5 finalizações com 1 certa e 1 gol (de pênalti); 100 passes (82%); 8 cruzamentos com 2 certos e 21 lançamentos com 12 certos. A Rússia finalizava mais pela sua proposta de jogo reativo. No segundo tempo, jogo de ataque-defesa: Rússia define sua marcação no 5-4-1, não cede espaços e joga na transição da Espanha. Já a Espanha, jogava quase que num 3-4-4 com muita posse de bola e pouco objetiva. Em 15 minutos, 74% de posse de bola para a Espanha com 6 finalizações com 3 certas; 505 passes (95%); 13 cruzamentos com 6 certos; 21 lançamentos com 8 certos. A Rússia tinha 26% de posse de bola com 5 finalizações com 1 certa; 120 passes (83%); 11 cruzamentos com 2 certos; 27 lançamentos com 14 certos. Em 30 minutos de jogo, não havia espaços gerados pela Rússia, Espanha na troca de passes porém só no meio campo e na defesa, superioridade numérica de jogadores russos a cada tentativa de infiltração espanhola e Espanha lenta e sem mobilidade para furar a linha de 5 russa. A entrada de Aspas e saída de Diego Costa, a Espanha passava a jogar com 6 meias e sem atacante para dar maior mobilidade, triangulações e tabelas para furar o ferrolho russo. Espanha passou a jogar num 4-2-3-1. Ao todo, 76% de posse de bola com 9 finalizações com 5 certas; 763 passes (95%); 23 cruzamentos com 10 certos e 25 lançamentos com 9 certos. A Rússia teve 24% de posse de bola com 6 finalizações com 1 certa; 158 passes; 11 cruzamentos com 2 certos; 36 lançamentos com 16 certos. No primeiro e no segundo tempo da prorrogação, os dois times mantiveram sua propostas de jogo: Rússia no jogo reativo e na defesa e a Espanha na troca de passes e no ataque. No fim e com o empate, a Espanha teve 76% de posse de bola com 19 finalizações, 9 certas e 1 gol; 1056 passes trocados (isso mesmo: mais de mil passes com 95% de aproveitamento); 33 cruzamentos com 11 certos e 34 lançamentos com 17 certos; A Rússia terminou com 24% de posse de bola com 6 finalizações com 1 certa e 1 gol; apenas 219 passes (83%); 14 cruzamentos com 2 certos e 53 lançamentos com 20 certos. Nos pênaltis, a redenção de Akinfeev (que falhou em dois gols na Copa de 2014) e agora além de fazer 5 defesas no jogo, defendeu dois pênaltis. Espanha ineficaz em ações ofensivas: não adianta ter posse de bola, aproveitamento de troca de passes alto se as finalizações, ou melhor dizendo, as finalizações certas não são convertidas em gols. Fim de um mágico: Iniesta. Fim do tic-taka e nunca duvide dos Russos principalmente nos esportes. 

- Destaque: Akinfeev.

 JOGO 52 - CROÁCIA 1 (3) x 1 (2) DINAMARCA

- Curiosidades: 5 partidas entre as seleções: 2 vitórias da Croácia, 2 vitórias da Dinamarca e 1 empate. Em Copas: um jogo em 1998 (3x0 Croácia).

- Esquemas: Croácia: 4-2-3-1 / Dinamarca: 4-2-3-1.



- Jogo: Os dois times jogaram da mesma forma com a bola: um 4-2-3-1. Sem a bola, a Croácia jogou também num 4-2-3-1 e a Dinamarca num 4-4-2 muito bem compactada. Em 4 minutos, 2 gols, um para cada time e os dois com erros de defesa. Pena que o resto do jogo não exprimiu aquilo que pensávamos. Em 20 minutos de jogo, a Croácia tinha 70% de posse de bola com 3 finalizações com 1 certa e 1 gol; 121 passes (96%); 8 cruzamentos com nenhum certo; 10 lançamentos com 3 certos. A Dinamarca tinha 30% de posse de bola com apenas 1 finalização, 1 certa e 1 gol; 36 passes (80%) e 12 cruzamentos com 5 certos. Croácia dominava e controlava o jogo muito pelos pés de Modric, porém realizava as ações ofensivas muito por cruzamentos. Dinamarca cedia espaços na defesa (mais pelo lado direito) e realizava poucas ações ofensivas (Ericken bem marcado e não conseguia criar jogadas). Ao todo no primeiro tempo, foram 60% de posse de bola para a Croácia com 9 finalizações, 4 certas e 1 gol; 209 passes (93%); 13 cruzamentos com 1 certa; 17 lançamentos com 6 certos. A Dinamarca teve 40% de posse de bola com 5 finalizações com 3 certas e 1 gol; 118 passes (84%); 7 cruzamentos com nenhum certo; 24 lançamentos com 12 certos. No segundo tempo, o jogo continuou sem intensidade, sem velocidade e muito cadenciado. Mesmas propostas de jogo mas sem nenhuma ou quase nenhuma ações ofensivas de ambas equipes. Em 20 minutos, 57% de posse de bola para a Croácia com 12 finalizações, 4 certas; 295 passes (93%); 16 cruzamentos com 1 certo; 29 lançamentos com 9 certos. A Dinamarca tinha 43% de posse de bola com 6 finalizações, 3 certas; 202 passes (86%); 10 cruzamentos com nenhum certo; 38 lançamentos com 20 certos. Jogo sonolento com a Dinamarca muito bem defensivamente e bloqueando as criações de jogadas da Croácia. No final, parecia que era muito arriscado os dois times irem ao ataque pela proximidade do final do jogo. Ao todo, foram 57% de posse de bola para a Croácia com 17 finalizações, 5 certos e 1 gol; 407 passes (93%); 22 cruzamentos com 2 certas; 36 lançamentos com 11 certos. A Dinamarca com 43% de posse de bola com 10 finalizações com 4 certos e 1 gol; 271 passes (86%); 13 cruzamentos com nenhum certo e 50 lançamentos com 26 certos. No primeiro e no segundo tempo da prorrogação, a tônica do jogo continuou. A única jogada construída no jogo, foi resultado no pênalti que Modric bateu e Schmeichel defendeu (não é melhor que o pai ainda). Em 120 minutos de jogo, 56% de posse de bola para a Croácia e 21 finalizações com 7 certas e 1 gol; 514 passes (93%); 30 cruzamentos com 3 certos; 51 lançamentos com 16 certos. A Dinamarca teve 44% de posse de bola com 15 finalizações com 4 certos e 1 gol; 367 passes (86%); 20 cruzamentos com 2 certos e 63 lançamentos com 34 certos. O dia do goleiro foi dia 26 de abril, porém pode ser considerado hoje também. Jogo ruim para umas oitavas de final de Copa do Mundo e o futebol pune a horrível partida que foi jogado. Schmeichel absurdo na segurança e nas defesas de pênalti. Subasic três pênaltis defendidos e a vaga da Croácia. 

- Destaques: Schmeichel (levou o jogo aos pênaltis e defendeu dois); Subasic (deu a vaga para a Croácia com sua elasticidade e potência) 

30/06/2018

Copa 2018 - dia 16

A Copa é para o futebol e para os preparados. Passou quem devia: quem jogou futebol. 

JOGO 49 - FRANÇA 4 X 3 ARGENTINA

- Curiosidades: 11 partidas entre os países: 6 vitórias da Argentina, 3 empates e 2 vitórias da França. Em Copas, dois jogos: 1930 (1x0 Argentina) e 1978 (2x1 Argentina);

- Esquemas: França: 4-3-3 / Argentina: 4-3-3



- Jogo: A França jogou num 4-3-3 bem definido e compacto com e sem a bola. A Argentina jogou num 4-3-3, que mais parecia um 4-1-4-1, com a bola tendo Messi como falso 9 (aquele atacante que flutua e não é fixo para confundir a defesa, joga entre linhas defensivas) e sem a bola num 4-1-4-1. Em 20 minutos de jogo, a Argentina tinha 68% de posse de bola, com nenhuma finalização, 123 passes (94%) e 6 lançamentos com 2 certos. Já a França, tinha 32% de posse de bola com 3 finalizações com 2 certas e 1 gol e apenas 33 passes trocados (80%). Desorganizada, a Argentina cedia muitos espaços para a França fazer a sua melhor arma: o contra ataque em velocidade (foi assim que originou o pênalti em Mbappe: desarme no campo defensivo = contra ataque = pênalti). A Argentina não criava, perdia o meio, cedia desarmes para a França (4 com 3 certos). Já a França, compactada na defesa, marcava individualmente e às vezes dobrava a marcação encima do Messi (Com Matuide e Kante). Messi, que vinha buscar a bola nos pés dos volantes bem recuado para ver se o meio campo da Argentina funcionava. Porém, empata mesmo sendo desorganizada: linha de 3 da França na lateral para marcar Messi deixou Di Maria sozinho para finalizar fora da área (se não tem espaço, chute de longe é uma arma). Ao todo no primeiro tempo, 61% de posse de bola para Argentina, com 2 finalizações com 1 certa e 1 gol; 270 passes (93%); 8 cruzamentos sem nenhum acerto. A França com 39% de posse de bola teve 3 finalizações com 2 certas e 1 gol; 143 passes (87%); 4 contra ataques: com 3 finalizados; 11 desarmes com 7 certos (um deles resultou em gol). No segundo tempo, 2x1 Argentina: Falta, cruzamento e bola desviada. Muda-se a proposta da Argentina: se fecha e passa a jogar sem a bola num 4-4-2. Porém, não contava com 3 gols em 12 minutos. O 2x2: cruzamento que seria errado se não fosse o golaço. Em 15 minutos, 60% de posse de bola para a Argentina com 3 finalizações, 2 certas e 2 gols; 319 passes (94%); 11 cruzamentos com todos errados; 12 desarmes e 10 certos; 16 lançamentos com 11 certos. Depois do 3x2: Aguero entra para ser o atacante e Messi volta para o meio na criação. Mesmo pós o 4x2 a França não mudou sua proposta e a Argentina continuava cedendo espaços, ruim no campo defensivo, previsível nas jogadas com o Messi. No final, 59% de posse de bola para a Argentina com 8 finalizações com 4 certas e 3 gols; 456 passes (92%); 25 cruzamentos com apenas 3 certos; 20 desarmes com 17 certos e 22 lançamentos com 8 certos. A França com 41% de posse de bola com 9 finalizações com 5 certos e 4 gols; 285 passes (90%); 8 cruzamentos com 2 certos (resultou em 2 gols); 32 lançamentos com 18 certos. É difícil acreditar que Messi jogou de falso 9, pois não jogou. Melhor partida da Copa até aqui. Ganhou quem mostrou preparo e futebol. A Argentina jogou 4 jogos com 4 diferentes esquemas e 4 diferentes conceitos de jogo: isso não ganha a Copa. 

- Destaques: Mbappe (absurdo, genial); Kante (marcou demais).

JOGO 50 - URUGUAI 2 x 1 FRANÇA
(Jogo assistido por VT por causa de motivos profissionais)

- Curiosidades: 2 partidas apenas entre as seleções: 1 vitória de Portugal e 1 empate. Sina do melhor do mundo continua: o jogador que ganha a bola de ouro no ano anterior ao da Copa, nunca ganhou a Copa no ano seguinte.

- Esquemas: Uruguai: 4-4-2 / Portugal: 4-4-2.



- Jogo: Os dois times jogaram da mesma forma: O 4-4-2 com e sem a bola tendo em Portugal o CR flutuando e Suáres e Cavani flutuando por Uruguai. Logo no começo, 1x0 Cavani: virada de jogo, cruzamento e erro da defesa de Portugal que só olhou a bola. Portugal, assim como na primeira fase, não soube jogar com a bola, não soube propor o jogo, não criou, não organizava jogadas. Uruguai muito bem defensivamente (linhas de 4 compactas com 9, 10 jogadores numa faixa de 15 ou 20 metros) bloqueando, pelo alto e na troca de passes, as ações ofensivas de Portugal. A posse de bola do Uruguai foi maior que a posse de bola de Portugal no primeiro tempo. No segundo tempo, pressão na saída de bola de Portugal pelo Uruguai e Portugal alterou a posição de Bernardo Silva (passou a atuar no meio para organizar e criar as jogadas), Gonçalo Guedes (foi para o lado) e CR (como atacante sem flutuação: para fazer o que faz de melhor, finalizar). 1x1 veio na bola alta quebrando a fortaleza do Uruguai. O 2x1 veio no contra ataque e num golaço de fora da área. Ao todo, foram 65% de posse de bola para Portugal com 19 finalizações com 4 certas e 1 gol; 466 passes (92%); 47 cruzamentos com 10 certos. O Uruguai com 35% de posse de bola com 7 finalizações com 3 certas e 2 gols; 171 passes (78%); 12 cruzamentos com 3 certos; 17 desarmes com 16 certos; 45 lançamentos com 26 certos. Uruguai não foi pragmático e não venceu por uma bola. Venceu por sua defesa e pelo futebol que mostrou. Portugal foi apenas CR e o VAR. Oscar Tabares é único, é fera, é mágico. 

- Destaques: Cavani (2 gols).

28/06/2018

Copa 2018 - Dia 15

A hipocrisia do "fair play". Classificação por números de cartões amarelos. Bélgica: o melhor time da Copa junto com a Croácia. 

JOGO 45 - SENEGAL 0 x 1 COLÔMBIA

- Curiosidades: Primeira partida entre as seleções e desde 1986 não havia uma seleção africana nas oitavas. 

- Esquemas: Senegal: 4-2-3-1 / Colômbia: 4-2-3-1

- Jogo: Senegal jogou no 4-4-2 bem compactado sem a bola e num 4-2-3-1 com a bola jogando no contra ataque pois o empate era seu. A Colômbia jogou no 4-2-3-1 com e sem a bola. Senegal forte na defesa com porque preenche o meio campo e bloqueia a construção de jogadas da Colômbia com suas duas linhas de quatro. Em 15 minutos de jogo, 61% de posse de bola para a Colômbia com 1 finalização certa, 85 passes trocados (91% de aproveitamento) e 9 lançamentos com 2 certos. Este número de lançamentos prova a organização defensiva de Senegal que faz a Colômbia jogar pela ligação direta. Senegal com 39% de posse de bola com 1 finalização errada e 57 passes trocados (92%). Com a saída de James (e a perda na referência na criação) e com a entrada de um atacante, a Colômbia passa a jogar num 4-3-3 com a bola, tentando as amplitudes e contra ataques. Ao todo no primeiro tempo, foram 57% de posse de bola para a Colômbia, com apenas 1 finalização certa, 198 passes (90% de aproveitamento), 6 cruzamentos com 2 certos; 20 lançamentos com 10 certos. Senegal com 43% de posse de bola com 4 finalizações e 2 certas, 149 passes (93%) com 8 cruzamentos e nenhum certo e 20 lançamentos com 5 certos. Senegal bem forte na defesa. No segundo tempo, a Colômbia passa a jogar mais na amplitude e pelos lados, mas ao mesmo tempo, oferece mais espaços para o contra ataque. Em 15 minutos, 58% de posse de bola para a Colômbia com ainda 1 finalização certa; 290 passes (90%); 9 cruzamentos com 3 certos e 29 lançamentos com 15 certos. Senegal com 42% de posse de bola com 4 finalizações com 2 certos; 176 passes trocados (91%) e 21 desarmes com nenhum certo. O gol da Colômbia foi de bola parada, o desafogo para quem não conseguia gerar finalizações. Ao todo, foram 57% de posse de bola para a Colômbia com 4 finalizações com 3 certas e 1 gol; 372 passes (89%); 13 cruzamentos com 5 certos (um deles o do gol); 46 lançamentos com 24 certos. Para Senegal, 43% de posse de bola, com 7 finalizações com 3 certas; 240 passes (91%); 13 cruzamentos com 2 certos e 27 desarmes com nenhum erro (provando sua organização defensiva). Por mais que tenha gerado mais finalizações e jogado com afinco sua proposta de jogo, Senegal pagou a conta na bola parada. Colômbia passa mas sem James perde muito no seu jogo. 

- Destaques: Gueye (volante do Senegal com 8 desarmes feitos) e Mina. 

JOGO 46 - JAPÃO 0 x 1 POLÔNIA

- Curiosidades: Foram 7 partidas entre as seleções com 5 vitórias da Polônia e 2 vitórias do Japão. 

- Esquemas: Japão: 4-2-3-1 / Polônia: 3-4-3



- Jogo: Japão jogou num 4-4-2 sem a bola e num 4-2-3-1 com a bola. Já a Polônia jogou num 3-4-3 com a bola e num 4-4-2 sem a bola. Japão organiza suas jogadas com a velocidade na transição de jogo: tenta os contra ataques muito por conta dos espaços deixados pela defesa da Polônia. Em 20 minutos, 52% de posse de bola para o Japão, com 3 finalizações - 2 certas; 95 passes trocados (94%); 11 lançamentos com 7 certos. A Polônia tinha 48% de posse de bola com 1 finalização errada, 108 passes trocados (92%); 5 cruzamentos com todos errados e 10 lançamentos com 3 certos. No final do primeiro tempo, a Polônia melhora e passa a ter mais posse de bola e maior número de ações ofensivas que o Japão (que só recuava). Ao todo, foram 51% de posse de bola para a Polônia com 5 finalizações com 1 certa; 218 passes trocados (93%); 10 cruzamentos com 2 certos e 17 lançamentos com 6 certos. O Japão teve 49% de posse de bola com 4 finalizações e 3 certas; 180 passes trocados (93%); 12 cruzamentos com 6 certos e 20 lançamentos com 12 certos. No segundo tempo, os dois times com a mesma proposta de jogo, a Polônia se fecha mais, compacta suas duas linhas de 4 e dá a bola para o Japão. Em 20 minutos, gol da Polônia de bola parada com 45% de posse de bola com 7 finalizações com 2 certos e 1 gol; 264 passes trocados (92%); 13 cruzamentos com 3 certos. Já o Japão, com 55% de posse de bola, tinha 7 finalizações com 3 certos; 298 passes (94%); 17 cruzamentos com 7 certos e 29 lançamentos com 18 certos. A Polônia aproveitava o abafa do Japão e jogava no contra ataque: aumentou a finalizações com 10 e 2 certas. Japão cozinhou o jogo depois de saber do resultado da Colômbia. A bola pune e os Deuses do futebol também. Ao final, foram 42% de posse de bola para a Polônia com 11 finalizações com 2 certas e 1 gol; 355 passes (91%); 21 cruzamentos com 6 certos. Já o Japão, 58% de posse de bola, 8 finalizações com 3 certas; 462 passes (94%); 20 cruzamentos com 8 certos e 36 lançamentos com 21 certos. Japão passou pelo número de cartões amarelos. Regulamento da FIFA e pela sua política do "fair play", já que "fair play" o Japão não teve nenhum no final do jogo. 

- Destaques: Bednarek. 

JOGO 47 - INGLATERRA 0 x 1 BÉLGICA

- Curiosidades: 30 partidas entre as seleções: 21 vitórias da Inglaterra, 5 empates e 4 vitórias da Bélgica: Dois confrontos em Copas: 1954 (4x4) e 1990 (1x0 Inglaterra). Bélgica quebra 82 anos sem vencer Inglaterra.

- Esquemas: Inglaterra: 5-3-2 / Bélgica: 5-3-2

- Jogo: Os dois times jogaram da mesma forma: um 5-3-2 sem a bola e um 3-4-3 com a bola. Em 15 minutos de jogo, 51% de posse de bola para Bélgica com 2 finalizações certas e 65 passes trocados (88%). Para a Inglaterra, 48% de posse de bola com duas finalizações erradas, 76 passes (99%); 7 cruzamentos com 2 certos. Os dois times usam reservas para esse jogo. Bélgica usava sua troca de passe com mobilidade e velocidade de seus jogadores e a Inglaterra também usa o passe, a criação, porém é mais vertical, tenta ser mais objetiva. No final do primeiro tempo, 57% de posse de bola para a Bélgica com 9 finalizações e 3 certos; 200 passes (90%); 5 cruzamentos com nenhum certos; 17 lançamentos com 6 certos. A Inglaterra teve, 43% de posse de bola com 4 finalizações erradas; 194 passes (96%); 12 cruzamentos com 3 certos; 18 lançamentos com 8 certos. No segundo tempo, gol da Bélgica: jogada de lado, troca de passe e dibre (um dos modos de furar linha de 5). Em 15 minutos, 61% de posse de bola para a Bélgica, 11 finalizações com 5 gols e 1 gol; 318 passes (92%); 5 cruzamentos com 5 certos; 27 lançamentos com 9 certos. A Inglaterra tinha 39% de posse de bola com 7 finalizações com nenhuma certa; 235 passes (95%); 14 cruzamentos com 3 certos; 21 lançamentos com 9 certos. Inglaterra melhora mas não usava a velocidade para atacar a Bélgica (que continuava com as falhas defensivas: linha de 5 postada mas é totalmente vulnerável. Ao todo, 58% de posse de bola para a Bélgica, 14 finalizações com 6 certas e 1 gol; 475 passes (93%); 42 lançamentos com 15 certos. A Inglaterra teve 42% de posse; 13 finalizações com 2 certas; 382 passes (96%); 22 cruzamentos com 5 certos; 29 lançamentos com 11 certos. Bélgica junto com a Croácia foram os melhores desempenhos da primeira fase. Inglaterra é forte, não se pode negar que possa ir longe.

- Destaque: Januzaj

JOGO 48 - PANAMÁ 1 x 2 TUNÍSIA

- Curiosidades: Primeira partida entre as seleções; Segunda vitória da Tunísia em Copas. 

- Esquemas: Panamá: 5-4-1 / Tunísia: 4-2-3-1

- Jogo: Panamá jogou no seu habitual 5-4-1 sem a bola e num 3-4-3 com a bola. A Tunísia jogou num 4-4-2 sem a bola e num 4-2-3-1 com a bola. Em 20 minutos, 57% de posse de bola para a Tunísia, com 4 finalizações erradas; 106 passes (93%); 7 cruzamentos com 1 certa; 11 lançamentos com 6 certos. O Panamá com 43% de posse de bola, com 1 finalização errada, apenas 60 passes (92%). Tunísia propunha mais o jogo, criava mais, rodava mais a bola. O Panamá pensava em fechar os espaços e jogava no contra ataque. Gol do Panamá resultado de uma bola parada e um chute desviado. No final, 62% de posse de bola para a Tunísia com 9 finalizações e 3 certos; 298 passes (95%); 14 cruzamentos com 4 certos; 30 lançamentos com 12 certos. O Panamá, 38 % de posse de bola com 4 finalizações com 2 certas e 1 gol; 108 passes (85%) e 20 lançamentos com 8 certos. No segundo tempo, gol da Tunísia em 5 minutos: jogada criada no meio, virada de jogo e gol: 1x1. Jogo de ataque-defesa. Em 20 minutos, 62% de posse de bola para a Tunísia com 14 finalizações com 6 certos e 1 gol; 389 passes (93%); 21 cruzamentos com 6 certos. O Panamá com 38% de posse de bola, com 5 finalizações com 3 certos e 1 gol; 146 passes (84%); 3 cruzamentos com 1 certo; 24 lançamentos com 8 certos. 2x1 Tunísia: outra troca de passe perto do gol. Panamá muda a forma de jogar: 4-2-3-1 com e sem a bola e consegue parar os ataques da Tunísia. Ao todo foram, 62% de posse de bola para a Tunísia, com 15 finalizações com 7 certos e 2 gols; 520 passes (94%); 22 cruzamentos com 6 certos; 47 lançamentos com 19 certos. Panamá com 38% de posse de bola, com 8 finalizações com 5 certos e 1 gol; 214 passes (85%); 6 cruzamentos com 3 certos; 30 lançamentos com 11 certos. Jogo bom, intenso. Panamá volte sempre. 

- Destaque: Ben Youssef.

PS: Para as oitavas: de 16 seleções, 10 são da Europa, 4 da América do Sul, 1 América do norte e 1 asiático. 

PS 2: Os melhores desempenhos foram da Croácia e da Bélgica.