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20/02/2025

Paulista A3: Catanduva x Monte Azul

Em um clima quente e com um ambiente carregado pela rivalidade regional, Catanduva e Monte Azul se enfrentaram em um duelo crucial pela terceira divisão do Campeonato Paulista. O jogo, que valia seis pontos na briga pela classificação, foi marcado por uma intensa disputa física, faltas duras, cartões amarelos e uma reviravolta dramática nos acréscimos finais. As duas torcidas animadas contribuíram para um cenário de tensão e emoção, típico de um clássico regional.

O Catanduva entrou em campo com uma abordagem tática flexível: utilizou um 3-4-3 com a posse de bola, onde o lateral esquerdo assumia a função de ala, buscando amplitude e profundidade no ataque. Sem a bola, a equipe se reorganizava em um 4-2-3-1, com os volantes fechando os espaços centrais e os alas recuando para compactar as linhas. A ideia era equilibrar a defesa e tentar explorar as transições rápidas. Já o Monte Azul adotou uma estratégia específica para este jogo: espelhar o sistema do adversário. Sem a bola, a equipe se posicionava em um 3-4-3, marcando de forma individual e buscando encurtar os espaços do Catanduva. Com a posse, migrava para um 4-3-3, com o objetivo de controlar o meio-campo e criar superioridade numérica nas laterais. A marcação por encaixes individuais foi uma característica marcante do Monte Azul, que buscou neutralizar os principais jogadores do Catanduva.

O primeiro tempo foi marcado por um jogo extremamente físico, com faltas duras e embates individuais frequentes, reflexo da marcação intensa e das táticas de pressão adotadas por ambas as equipes. Aos 8 minutos, o Monte Azul abriu o placar após um pênalti convertido, fruto de uma jogada rápida e de uma falha defensiva do Catanduva. A partir daí, o jogo seguiu truncado, com muitas interrupções e poucas chances claras. O Catanduva teve dificuldades para criar oportunidades, principalmente por conta da marcação forte e organizada do Monte Azul. As únicas jogadas de perigo vieram de bolas paradas, mas sem eficácia. O Monte Azul, por sua vez, priorizou a contenção e as transições rápidas, mas também não conseguiu ampliar o placar. O primeiro tempo terminou com vários cartões amarelos, mostrando a tensão e a agressividade do duelo.

O segundo tempo seguiu no mesmo ritmo, com o Monte Azul mantendo sua defesa sólida e o Catanduva tentando, sem sucesso, furar o bloqueio adversário. Aos 70 minutos, o zagueiro do Catanduva recebeu o segundo cartão amarelo após uma reclamação e foi expulso. Com um jogador a menos, o Catanduva se reorganizou em um 3-2-4 com a bola e em um 4-2-3 sem a posse, buscando manter a competitividade no jogo. Apesar da desvantagem numérica, o Catanduva não se abateu e continuou buscando o empate. O Monte Azul, por outro lado, parecia controlar o jogo, mas não conseguiu criar chances claras, limitando-se a finalizações de fora da área. A defesa do Monte Azul foi eficiente, mas a falta de objetividade no ataque deixou o placar em aberto.  Quando tudo indicava que o Monte Azul sairia com a vitória, o jogo teve uma reviravolta dramática nos acréscimos. Aos 94 minutos, em uma jogada rápida e desesperada, o ponta do Catanduva aproveitou um rebote dentro da área e acertou um chute certeiro, empatando o jogo. O gol foi um balde de água fria para o Monte Azul, que viu a vitória escapar nos instantes finais.

O empate em 1x1 manteve ambas as equipes na zona de classificação, mas deixou um gosto de oportunidade perdida, especialmente para o Monte Azul, que teve a vitória nas mãos. O Catanduva, mesmo com um jogador a menos, mostrou resiliência e conseguiu um resultado importante, graças à sua determinação e à eficiência no momento crucial. Taticamente, o Monte Azul foi mais organizado e eficiente na marcação, mas pecou na finalização e na falta de criatividade no ataque. Já o Catanduva, apesar das dificuldades ofensivas, mostrou garra e soube aproveitar a única chance clara que teve no segundo tempo.

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