Em uma tarde nublada, diante de cerca de 700 espectadores, Monte Azul e Itapirense duelaram em um jogo tenso e decisivo pela volta das quartas de final da Terceira Divisão Paulista. Com o primeiro jogo terminando em 0x0, qualquer empate levaria a disputa para os pênaltis, aumentando a carga dramática da partida. O Monte Azul manteve sua identidade tática, alternando entre um 3-4-3 com posse de bola e um 4-3-3 sem a posse, buscando controle do meio-campo e pressão alta. Já a Itapirense, mais conservadora, optou por um 4-2-3-1 clássico, tanto no ataque quanto na defesa, priorizando transições rápidas e bolas paradas.
O primeiro tempo foi equilibrado, com o Monte Azul dominando a posse e criando mais chances, mas sem conseguir converter sua superioridade em gol. A Itapirense, por sua vez, apostou em um jogo físico e na contenção, explorando contra-ataques e lances de bola parada. Aos 27 minutos, essa estratégia deu certo: um escanteio bem trabalhado resultou no gol de abertura, expondo a fragilidade do Monte Azul em defesas de bolas aéreas.
Na volta do intervalo, o Monte Azul fez três substituições, mantendo, porém, sua estrutura ofensiva. A intensidade aumentou, e aos 54 minutos, um chute preciso de fora da área, no ângulo do goleiro, empatou o jogo. Oito minutos depois, um cruzamento certeiro foi cabeceado para as redes, completando a virada. No entanto, em uma reação imediata, o time diminuiu o ritmo, recuando e permitindo que a Itapirense buscasse o empate. Aos 66 minutos, um gol de bicicleta espetacular igualou o placar novamente, deixando a partida ainda mais emocionante. Nos minutos finais, o cansaço e as interrupções frequentes fragmentaram o jogo, e tudo indicava que a decisão seria nos pênaltis. Porém, já nos acréscimos, aos 98 minutos, o Monte Azul conseguiu o gol da classificação com uma finalização na diagonal, garantindo a vitória por 3x2 e a vaga nas semifinais.
Taticamente, o Monte Azul mostrou maior volume ofensivo e capacidade de reação, mas revelou vulnerabilidades defensivas, especialmente em bolas paradas. A Itapirense, por outro lado, foi eficiente em suas estratégias de transição e lances aéreos, mas não conseguiu segurar a pressão no segundo tempo. No fim, uma partida de altos e baixos, com momentos de grande qualidade e um desfecho dramático, que definiu o Monte Azul como semifinalista e encerrou a campanha da Itapirense de forma honrosa.