Em um domingo de manhã escaldante, com temperaturas próximas aos 40 graus, Penapolense e Osasco Audax se enfrentaram em um confronto direto pela luta contra o rebaixamento na Quarta Divisão Paulista. O jogo, que valia seis pontos na briga para permanecer na divisão, teve um clima tenso desde o início, já que o perdedor ficaria na zona de rebaixamento. O calor extremo afetou o ritmo da partida e até mesmo minha condição física, me fazendo passar mal durante o intervalo. Apesar disso, o duelo foi eletrizante e cheio de lances decisivos.
A Penapolense optou por um sistema tático flexível: sem a posse de bola, organizava-se em um 4-4-2, com duas linhas de quatro jogadores compactas para pressionar e fechar espaços. Com a posse, a equipe migrava para um 4-1-3-2, com um volante atuando como pivô para construir as jogadas e os alas buscando avançar pelas laterais. Essa transição permitia maior controle no meio-campo e mais opções de ataque. Já o Osasco Audax manteve consistência em seu esquema, jogando no 4-2-3-1 tanto com quanto sem a posse de bola. O time contava com dois volantes para proteger a defesa e um trio de meio-campistas ofensivos para apoiar o atacante solitário. Esse sistema clássico buscava equilíbrio entre defesa e ataque, com ênfase na posse de bola e na criação de jogadas pelas laterais.
O primeiro tempo começou de forma intensa, contrariando as expectativas de um jogo lento devido ao calor. A tensão pelo rebaixamento elevou o ritmo desde o início. Logo no primeiro minuto, o Audax abriu o placar após um escanteio bem-executado, com um jogador aproveitando uma cabeçada precisa para balançar as redes. A resposta da Penapolense veio rapidamente: aos 3 minutos, um chute diagonal de dentro da área empatou o jogo. Aos 11 minutos, a Penapolense virou o placar com um gol de pênalti, após falta cometida pelo goleiro do Audax. Em apenas 11 minutos, o público presenciou três gols, o que deixou o jogo ainda mais emocionante. Após esse início frenético, o jogo se tornou mais físico e menos técnico. O calor intenso e a pressão pelo resultado limitaram a qualidade dos fundamentos, com muitos erros de passe e disputas individuais acirradas. Ambas as equipes priorizaram a marcação forte e a contenção, resultando em poucas chances claras de gol após os três gols iniciais.
No segundo tempo, as equipes mantiveram suas estruturas táticas, mas o desgaste físico e o calor excessivo começaram a pesar. O jogo seguiu com muita disputa física e pouca ofensividade, com ambas as equipes lutando para criar oportunidades claras. O Audax, precisando do empate, tentou controlar a posse de bola, mas o calor limitou a capacidade de ambas as equipes de produzirem jogadas consistentes. Aos 73 minutos, o Audax conseguiu o empate após um cruzamento rasteiro pela direita, finalizado de primeira por um meio-campista que apareceu na segunda trave. O gol deu novo ânimo ao time visitante, que recuou para proteger o resultado. A Penapolense, pressionada pela necessidade da vitória, tentou reagir, mas não conseguiu criar chances claras para virar o placar novamente. A falta de criatividade no ataque e o cansaço físico foram decisivos para o placar permanecer em 2–2.
O empate foi um resultado mais prejudicial para a Penapolense, que permaneceu na zona de rebaixamento. A equipe mostrou capacidade de reação no primeiro tempo, mas falhou em manter a intensidade e a qualidade no segundo tempo, especialmente no setor ofensivo. Já o Audax demonstrou resiliência ao buscar o empate e soube administrar melhor o desgaste físico no final do jogo.
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