O domingo de sol não trouxe torcida ao estádio, mas não faltou intensidade dentro das quatro linhas. Realidade Jovem e Itabirito entraram em campo sabendo que a vaga na próxima fase estava em jogo—e o duelo, como era esperado, não decepcionou em dramaticidade. O Realidade Jovem optou por um 4-3-3 no ataque, mas recuou para um 4-2-3-1 quando sem a bola, buscando equilíbrio defensivo. Já o Itabirito, mais ousado, manteve um 3-5-2 ofensivo, transformando-se em um 4-4-2 compacto na defesa. O primeiro tempo refletiu a tensão da situação: muito jogo truncado, faltas frequentes e poucas chances claras. As tentativas de gol vieram apenas de longe, com ambas as equipes priorizando a segurança.
O segundo tempo, porém, trouxe a emoção que faltava. Logo aos 46 minutos, o Itabirito abriu o placar com um chute certeiro de fora da área, deixando a marcação do Realidade Jovem em xeque. O gol parecia dar um novo ritmo à partida, mas a reação foi lenta—o Itabirito, satisfeito com a vantagem, recuou e deixou o jogo mais lento. Aos 72 minutos, veio a reviravolta momentânea. Um rebote mal controlado pela goleira do Itabirito caiu nos pés de uma atacante do Realidade Jovem, que não perdoou: empate. A alegria, porém, durou pouco. Um minuto depois, uma expulsão mudou tudo—a atacante do Realidade Jovem viu o cartão vermelho após falta dura, deixando sua equipe com dez. O time passou a jogar em um 4-2-3 improvisado, tentando manter a pressão mesmo em inferioridade numérica. Mas o Itabirito, pragmático, segurou o resultado. O empate garantia sua classificação, e elas não arriscaram. O Realidade Jovem tentou, mas não conseguiu romper o bloqueio defensivo.
Quando o apito final soou, o Itabirito celebrou a classificação, enquanto o Realidade Jovem ficou com o amargo gosto da eliminação. Um jogo duro, tático e decidido em detalhes—como costuma ser o futebol feminino quando tudo está em jogo.
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