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25/06/2018

Copa 2018 - dia 12

O Uruguai e sua terceira forma de jogar (e a melhor). Decepção do Egito. Classificação de Portugal pelo VAR e a Espanha sucumbe pela defesa (igual a Alemanha). 

PS: Pelos jogos serem simultâneos, sempre uma partida será menos analisada que a outra.

JOGO 33 - URUGUAI 3 x 0 RÚSSIA

- Curiosidades: Uma partida entre as seleções: um empate em 1 x 1. Primeira vez na história do Uruguai em Copas que teve 3 vitórias seguidas na primeira fase. 

- Esquemas: Uruguai: 4-2-3-1 / Rússia: 4-4-2

- Jogo: O Uruguai joga num 4-2-3-1 com a bola (ora com Cavani ou  Suáres na frente) e um 4-4-2 sem a bola. Ou seja, eles mudaram a forma de atacar para ter mais posse, mais a bola rodada, mais construção de jogadas e ser menos pragmático. A Rússia jogou num 4-4-2 sem a bola e num 4-2-3-1 com a bola mantendo sua forma de jogar na Copa. Em 20 minutos de jogo, 52% de posse de bola para o Uruguai com 2 finalizações, 1 no gol e 1 gol e apenas 61 passes trocados (85% de aproveitamento). Já a Rússia, tinha 48% de posse de bola com 2 finalizações, uma no gol; 43 passes trocados. Até esse momento, o jogo era de muita ligação direta: 11 lançamentos para o Uruguai (1 certo) e 12 lançamentos para a Rússia (8 certos). Depois da expulsão do jogador russo, a Rússia manteve sua forma de defender: num 4-4-1 e com a bola num 4-2-2-1 (tirando um meia e recompondo um lateral). No final do primeiro tempo, 51% de posse de bola para a Russia, com 2 finalizações e 1 certa; 25 lançamentos com 17 certos e 7 cruzamentos com 2 certos. O Uruguai teve 49% de posse de bola com 4 finalizações, 3 no gol e 2 gols. Uruguai joga com mais agressividade por causa do seu meio de campo estar mais próximo do ataque e intensidade e bloqueia o jogo reativo tão mortal da Rússia. No segundo tempo, Uruguai controlava o jogo, dominava as ações com um a mais, enquanto a Rússia tentava o jogo por bolas altas para Dzuba. Em 20 minutos do segundo tempo, 51% de posse de bola para o Uruguai com 6 finalizações com 3 certos e 2 gols. A Rússia tem 49% de posse de bola com o mesmo número de finalizações (2 com 1 certa), 8 cruzamentos com 2 certos e 33 lançamentos com 10 certos. Uruguai modifica o seu estilo de jogo e com a entrada de dois meias joga num 4-4-2 losango para testar e ver se a criação do meio campo aumenta. A Rússia continuava na mesma: pelos lados e com cruzamentos. No final, 52% de posse de bola para o Uruguai com 14 finalizações com 8 no gol e 3 gols; 406 passes trocados (92% de aproveitamento); 14 cruzamentos - 4 certos. A Rússia tem 48% de posse de bola com 4 finalizações com 1 certo; 265 passes trocados (87% de aproveitamento) e 42 lançamentos com 28 certos. Uruguai fez o seu melhor jogo e é a seleção não européia com melhor aproveitamento e tem 100% dos seus gols oriundos de bolas paradas.

- Destaques: Laxalt e Suáres.  

JOGO 34 - ARÁBIA SAUDITA 2 x 1 EGITO

- Curiosidades: Eram 6 partidas: 4 vitórias do Egito, um empate e 1 vitória da Arábia Saudita. Elharay: 45 anos e o jogador mais velho das histórias das Copas; Segunda vitória em Copas da Arábia Saudita. 

- Esquemas: Arábia Saudita: 4-1-4-1 / Egito: 4-2-3-1

- Jogo: Arábia Saudita jogou num 4-1-4-1 com e sem a bola e o Egito num 4-2-3-1 com a bola e num 4-4-2 sem a bola. Em 25 minutos, 44% de posse de bola para o Egito com 1 finalização e 1 gol. Tinha poucos passes trocados (96) e abusava na ligação direta (11 lançamentos com 4 certos: um deles foi o do gol). A Arábia trocava mais passes e rodava mais a bola, por isso tinha mais posse de bola (56%) e 3 finalizações erradas com 175 passes trocados. Com seu jogo reativo e de contra ataque, o Egito dava a bola para a Arábia construir e no final do primeiro tempo tivemos: 58% de posse de bola para a Arábia com 10 finalizações, 5 no gol e um gol, 275 passes trocados (94% de posse de bola) e o Egito com 42% de posse de bola com 4 finalizações com 1 certa e 1 gol; 134 passes (87%) e 19 lançamentos com 8 certos. No segundo tempo, em 15 minutos de jogo, a Arábia aumentou sua posse de bola (61%) com 12 finalizações, 5 no gol e 1 gol, 409 passes trocados; 18 cruzamentos com apenas 1 certo e o Egito tinha 39% de posse de bola com 5 finalizações com 1 certa e 1 gol; 163 passes trocados com 28 lançamentos e 11 certos. Mantendo as propostas de seus jogos, a partida termina com 58% de posse para Arábia com 20 finalizações, 9 no gol e 2 gols, 576 passes (95%); 29 cruzamentos com apenas 3 certos e 34 lançamentos com 20 certos. Já o Egito encerrou sua ruim participação com 42% de posse de bola com 8 finalizações 2 certas e 1 gol; 278 passes trocados, 13 cruzamentos com 1 certo e 41 lançamentos com 17 certos. Ruim para o Egito e Salah.

- Destaques: Elhadary (pelo recorde e o pênalti defendido); Salem da Arábia. 

JOGO 35 - ESPANHA 2 x 2 MARROCOS

- Curiosidades: 2 partidas entre as seleções com duas vitórias da Espanha. 

- Esquemas: Espanha: 4-3-3 / Marrocos: 4-2-3-1

- Jogo: A Espanha veio no seu 4-3-3 sem a bola (o seu usual desde 2008) e num 2-4-4 com a bola, muito móvel, com trocas de passes e finalizações. Marrocos joga no 4-2-3-1 com a bola e um 4-4-2 sem a bola usando a pressão na saída de bola da Espanha e é intensa na marcação jogando no contra ataque. É como saiu o primeiro gol de Marrocos: erro no passe, desarme no campo ofensivo, contra ataque e gol: Em 20 minutos de jogo, já com 1 x 1, A Espanha tinha 74% de posse de bola com 2 finalizações com 1 certa e uma no gol, 148 passes trocados (95%). Marrocos com 26% de posse de bola com 1 finalização, 1 no gol e 1 gol e apenas 42 passes trocados. Gol da Espanha com a sua mobilidade característica, na troca de passes rápida com a procura de espaços. Marcação de Marrocos ainda forte. No final do primeiro tempo, 74% de posse de bola para Espanha, 5 finalizações com 2 no gol e 1 gol; 332 passes trocados (94% de aproveitamento) com 11 cruzamentos com 3 certos. Marrocos com 26% de posse de bola com 3 finalizações com 2 no gol e 1 gol; 101 passes trocados (93%) com 2 cruzamentos com nenhum certo. No segundo tempo, Marrocos aperta a marcação e pressiona ainda mais a saída de bola da Espanha, porém deixava mais espaços na defesa. Em 20 minutos, 73% de posse de bola para Espanha com 8 finalizações com 3 no gol e 1 gol; 470 passes trocados (95%) e 18 cruzamentos com 5 certos. O Marrocos tinha 27% de posse de bola com 4 finalizações com 3 no gol e 1 gol; 138 passes trocados (92%). Marrocos passa a usar linha de 5 e um 5-3-2 para fechar os espaços e as infiltrações da Espanha: deu certo pois, a Espanha não chegava perto do gol e arriscava nos chutes de longe (o que não é comum) e ainda toma o 2 x 1 com o gol de bola parada. No final, o VAR salva a Espanha e dá o 2 x 2. Ao todo, 73% de posse de bola para a Espanha com 13 finalizações com 4 certas e 2 gols; 652 passes trocados (94% de aproveitamento) com 27 cruzamentos e 8 certos. O Marrocos com 27% de posse de bola com 6 finalizações com 4 no gol e 2 gols. Apenas 189 passes trocados (90% de aproveitamento) e 43 lançamentos com 18 certos. A Espanha possui os mesmos problemas da Alemanha e até pior: dá muito espaços para o contra ataque e tem problemas de posicionamentos na bola alta: isso vem desde 2014. 

- Destaques: Isco.  

JOGO 36 - IRÃ 1 x 1 PORTUGAL

- Curiosidades: Duas partidas entre as seleções: 2 vitórias de Portugal: uma foi na Copa de 2006 (2 x 0 Portugal). 

- Esquemas: Irã: 4-1-4-1 / Portugal: 4-4-2



- Jogo: Irã jogou como foi na primeira partida: 4-1-4-1 com a bola e um 4-4-2 sem a bola. Portugal joga com a bola num 2-4-4 aberto usando a saída de 3 e sem a bola num 4-4-2. Irã no contra ataque e na tentativa de jogar com um pivô. Em 20 minutos, 73% de posse de bola para Portugal com 4 finalizações com 2 de CR; 12 cruzamentos com 1 certo (buscando CR) e 108 passes trocados (96% de aproveitamento). O Irã com 27% de posse de bola com apenas 1 finalização errada e apenas 18 passes trocados. Portugal tentava propor o jogo, principalmente com a titularidade de Quaresma e André Silva mas não possuía ofensividade e não achava espaços nas duas linhas compactadas do Irã. CR flutuava: ia para a esquerda, direita para o centro buscar jogo e na única tabela ou jogada construída, o gol de Portugal (primeiro gol de Portugal). No final do primeiro tempo, 69% de posse de bola para Portugal com 7 finalizações com 3 certos e 1 gol; 315 passes trocados (95%) com 17 cruzamentos com 2 certos. Irã tinha 31% de posse de bola com 3 finalizações com 2 certos; Apenas 76 passes trocados (84%) e apenas 2 cruzamentos com 1 certo com 22 lançamentos com 9 certos. No segundo tempo: roubalheira: absurdo a utilização do VAR para dar um pênalti para consagrar CR. Cretinice o quanto é explícito a ajuda do VAR para as seleções europeias e sua utilização para decidir lances interpretativos (que não é o recomendado usar o VAR). Em 15 minutos, 67% de posse de bola para Portugal com 8 finalizações com 4 certos e 1 gol; 375 passes trocados (95% de aproveitamento); 18 cruzamentos com 2 certos. Irã tinha 33% de posse de bola com 3 finalizações com 2 certas; 99 passes trocados e 30 lançamentos com 11 certos. Aos 30 minutos, o Irã muda sua forma de atacar: vai para o 4-2-3-1 e controlava mais o jogo e suas ações embora não finalizasse tanto: só criou mais uma finalização errada. Vermelho para CR não dado (e ai a proteção ao nome, a marca, ao quanto de prejuízo financeiro daria para a Copa sem ele nas oitavas). No final, 67% de posse de bola para Portugal com 12 finalizações com 4 certos e 1 gol; 527 passes trocados (94% de aproveitamento); 22 cruzamentos com 2 certos. E o Irã com 33% de posse de bola com 7 finalizações com 3 no gol e 1 gol; 137 passes trocados (82%) e 55 lançamentos com 24 certos. Irã valente, forte e sem medo. Já Portugal, se não fosse o VAR (que deu o pênalti contra a Espanha), não classificaria. 

- Destaque: Goleiro Beiranvand. 

PS: Para quem vê as transmissões dos canais brasileiros da Copa, parece que há uma torcida desenfreada para ver CR marcar gols. Hoje isso ficou ainda mais explícito por conta de Lukaku com 4 gols e Kane com 5 estarem disputando com ele a artilharia. É muita cretinice torcer para um jogador marcar gols e quebrar recordes pessoais em detrimento de um futebol de sua seleção. É mais ético e pertinente querer que Portugal jogue melhor, crie chances e ai sim CR poder marcar gols e não apenas com bolas paradas e decisões polêmicas da arbitragem. O Futebol pune e Portugal não joga nada.  

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