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02/06/2025

Paulista Segunda Divisão: Batatais x São Carlos

Em um domingo de manhã ensolarada e clima ameno, o estádio recebeu quase 2 mil torcedores divididos entre as duas torcidas para acompanhar o duelo entre Batatais e São Carlos pela quinta divisão do Campeonato Paulista. O jogo foi marcado por uma clara diferença de abordagem tática entre as equipes, com o Batatais impondo seu estilo de jogo controlado e o São Carlos buscando soluções mais diretas, sem conseguir furar a organização defensiva adversária.

O Batatais adotou um sistema flexível: sem a posse de bola, atuou em um 4-2-3-1, compactando o meio-campo e dificultando as progressões do São Carlos. Já quando tinha a posse, mudava para um 4-3-3, buscando maior ocupação ofensiva. Além disso, sua saída de bola era interessante, muitas vezes formando uma linha de três na construção, com dois zagueiros e um lateral que, em certos momentos, avançava, quase assumindo a dinâmica de um 3-3-4. Essa variação trouxe fluidez ao time da casa, permitindo trocas de passes e controle do ritmo da partida. O São Carlos, por sua vez, optou por um 4-4-2 defensivo, buscando compactação e transições rápidas. Quando tinha a posse, evoluía para um 4-3-3, tentando explorar as laterais, mas sem muita eficácia. O primeiro tempo foi dominado pelo Batatais, que manteve a posse e circulou bem a bola, enquanto o São Carlos tentava jogadas verticais e bolas longas, sem conseguir criar grandes chances.

O segundo tempo começou com o Batatais aumentando a pressão. Aos 51 minutos, após uma sequência de escanteios, o time da casa abriu o placar em um cruzamento rasteiro finalizado com precisão pelo camisa 10. O gol deu ainda mais confiança ao Batatais, que passou a administrar melhor o jogo, controlando os espaços e explorando contra-ataques. Aos 65 minutos, veio o segundo gol, em uma finalização de fora da área que surpreendeu a todos no estádio, furando a rede e encerrando as esperanças de reação do São Carlos. Nos minutos finais, o Batatais segurou o resultado com tranquilidade, demonstrando boa organização defensiva e maturidade tática. O São Carlos, apesar de tentar reagir, não conseguiu criar jogadas claras, mostrando dificuldades na finalização e na quebra da linha adversária.

Brasileiro Série D: Monte Azul x Uberlândia

Em um sábado à tarde de clima ameno, Monte Azul e Uberlândia protagonizaram um jogo movimentado e taticamente interessante pela quarta divisão do Campeonato Brasileiro. O Monte Azul optou por um sistema híbrido: com a posse de bola, atuou num 3-4-3, buscando amplitude e ocupação dos espaços nas alas, enquanto sem a bola recuou para um 4-3-3, compactando o meio-campo e dificultando as progressões do Uberlândia. Já o time visitante manteve consistência, utilizando o clássico 4-2-3-1 tanto no ataque quanto na defesa, com os dois volantes garantindo equilíbrio e os alas buscando infiltrar-se nas laterais.

O jogo começou intenso, com o Uberlândia criando perigo logo aos dois minutos, quando Feitosa testou Zanella com uma finalização exigente. O Monte Azul respondeu aos oito minutos com Reidner, que invadiu a área em uma jogada individual e forçou Thiago Braga a uma grande defesa. A eficiência ofensiva do Uberlândia, porém, falou mais alto: aos 12 minutos, exploraram bem o lado direito, cruzaram para Feitosa, que dominou livre na área e finalizou no canto, abrindo o placar. O Monte Azul não se abateu e continuou pressionando, com Negueba e Reidner chegando com perigo, mas sem conseguir furar a defesa organizada do Uberlândia. O time visitante, por sua vez, quase ampliou com Diego Xavier, que girou na área e chutou perto do gol. Reidner teve a grande chance de igualar o jogo aos 35 minutos, saindo cara a cara com o goleiro, mas desperdiçou ao chutar por cima.

No segundo tempo, o Monte Azul mostrou mais urgência. Lucas Cézane perdeu uma chance clara de cabeça, mas a insistência da equipe da casa foi recompensada aos 12 minutos: após um cruzamento na área, a bola foi ajeitada de cabeça e Cézane finalizou no cantinho, empatando o jogo. Com o placar nivelado, o Azulão ganhou confiança e passou a controlar melhor as ações. Pedoca, aos 20 minutos, quase virou após um giro e chute perigoso. A virada veio aos 34 minutos, em uma jogada de mérito individual de Pedoca. Recebendo pela direita, ele cortou para o meio e, com a perna esquerda, colocou a bola no canto, sem chances para Thiago Braga. Nos minutos finais, o Monte Azul administrou bem o resultado, segurando as investidas pouco eficazes do Uberlândia.

No fim, o Azulão celebrou sua primeira vitória na Série D, fruto de uma boa adaptação tática e da capacidade de reagir após o gol sofrido. O Uberlândia, apesar da organização inicial, pecou na finalização e não conseguiu segurar o ímpeto da equipe da casa no segundo tempo. Uma partida que mostrou a importância da eficiência ofensiva e da resiliência tática em um campeonato tão disputado como a Série D.

29/05/2025

Mineiro Módulo II: Caldense x Mamoré

Em uma noite gelada em Poços de Caldas, a Caldense recebeu o Mamoré no Estádio Ronaldão para a abertura do returno do Campeonato Mineiro Módulo II. O jogo, disputado sob temperaturas baixas, contrastou com a intensidade em campo, marcado por um gol antológico e um empate sofrido nos acréscimos.  

A equipe alviverde, agora sob o comando do técnico Nilson Corrêa, apresentou mudanças táticas e no elenco, adotando um 4-2-3-1 na posse de bola e um 4-4-2 compacto sem ela. Já o Mamoré optou por um 4-3-3 ofensivo com dois volantes e um meia, transformando-se em um 4-4-2 defensivo quando perdia a posse.  

O primeiro tempo foi dominado pela Caldense, que criou as melhores chances. Willian Mococa, um dos novatos no time titular, quase abriu o placar com uma bicicleta perigosa após cruzamento de Fábio Sá. Porém, o momento mais marcante veio aos 20 minutos: Vitor Braga, em uma cobrança rápida de falta a mais de 40 metros do gol, arriscou um chute ousado e surpreendeu o goleiro Lucão, que estava adiantado. A bola passou por cima dele, raspando o travessão, e entrou em um lance que rapidamente viralizou nas redes sociais. Um gol de rara beleza, digno de entrar para a história do clube.  O Mamoré, pressionado, teve dificuldades para criar oportunidades, parando na sólida marcação da Caldense. A defesa alviverde mostrou organização.

Na segunda etapa, o Mamoré saiu mais agressivo, buscando o empate. A Caldense, por sua vez, passou a explorar contra-ataques, com Willian Mococa e Elicley (entrando no segundo tempo) ameaçando ampliar. O goleiro Samuel fez uma defesa importante em chute de Thiaguinho, enquanto Lucão também foi exigido.  O jogo parecia encaminhado para a vitória da Veterana, mas nos acréscimos, uma falha defensiva custou caro. Após uma dividida no ataque, Ferreira, mesmo machucado e com a camisa manchada de sangue, recebeu passe de Fabinho e empatou com um chute cruzado. Um gol que deixou a equipe da casa frustrada, especialmente pelo controle que demonstrou durante a maior parte da partida.  

No pós-jogo, o técnico Nilson Corrêa destacou a evolução tática da equipe, mas lamentou a falta de concentração no final. A Caldense segue na briga pela classificação, agora com seis pontos, enquanto o Mamoré soma uma importante pontuação fora de casa. O time alviverde terá chance de se redimir diante do Uberaba no próximo domingo, em busca dos três pontos que podem aproximá-lo da zona de classificação.