Paulista Quarta Divisão: Batatais x Catanduva

De fato tem dias que é uma luta muito forte para descrever taticamente uma partida da Bezinha. Como falo habitualmente, é ruim ficar criticando a qualidade do campeonato quando o assunto é sobre as técnicas dos atletas. Afinal, é uma quarta divisão, numa partida num domingo cedo e ensolarado.

Batatais x Catanduva fizeram uma partida bem característica dessas divisões: time da casa propondo, time visitante na verticalidade. Confesso que foi muito difícil reconhecer os sistemas de ambas as equipes mas acredito que consegui. A minha leitura foi que o Batatais jogou no 4-4-1-1 sem a bola em marcações por encaixes e no 4-2-3-1 com a bola. O Catanduva foi ora 4-2-3-1 ora 4-1-4-1 sem a bola e no 4-2-3-1 com a bola. 

O primeiro tempo foi muito difícil para que eu entendesse quais eram as propostas de ambos para a partida. Bolas longas, jogos físicos, faltas, calor e muitos erros técnicos marcaram o primeiro tempo. Porém, com mais intensidade nas ações ofensivas, o Batatais se saiu superior até fazer seu gol as 46 do primeiro tempo de falta. 

O segundo tempo foi mais arrastado. Na defensiva, o Batatais tentou cozinhar o jogo e rebatias as bolas e contou com a ótima atuação de seu goleiro para assegurar o 1x0. Mesmo ambos os times mantendo as plataformas, nada de diferente foi visto a não ser o recuo dos mandantes. 

Depois de muito tempo, o Batatais finalmente conseguiu uma vitória em casa. 

Paulista Quarta Divisão: Taquaritinga x América

Começou a quarta divisão paulista. Para mim, a mais charmosa, a mais tensa, a mais caótica e a mais raiz das divisões. Times que são acompanhados por quem realmente ama seus times, acordam em horários ruins em estádios ruins com jogos de qualidade baixa. Ou seja, a real paixão de um torcedor na sofrência. 

Minha primeira partida coberta foi entre Taquaritinga x América de Rio Preto. Sol forte porém sem calor. O Taquaritinga veio no 4-2-3-1 com a bola (padrão dos times da Bezinha) e no 4-4-2 sem ela. Digo que é muito raro ver nesse tipo de divisão duas plataformas de jogo. Já o América veio no 4-2-3-1 com e sem a bola. 

No primeiro tempo, a estratégia de jogo dos mandantes era clara. Posse de bola e verticalidade. A estratégia dos visitantes era uma: jogo físico e ligação direta. Todo esse embate de ideias travou o jogo. Poucas ações eram vistas e quase nenhuma ofensividade conseguia se sobressair as defesas ou as quantidades altas no jogo. 

Para o segundo tempo, o Taquaritinga veio da mesma forma porém, o América mudou: veio no 3-4-3 com a bola e no 4-1-4-1 sem a bola. Era para ser uma estratégia mais ofensiva mas deixou mais espaços para que o time do Taquaritinga jogasse mais no meio campo e trabalhar melhor a bola. Com isso, os mandantes fizeram o primeiro gol aos 70 minutos e o segundo aos 77, finalizando a partida com um erro de execução dos visitantes. 

Paulista A3 Segunda Fase: Marília x Capivariano

Já era sabido que a partida ia ser de máxima tensão. Com o resultado da outra partida do grupo, só um empate ou uma vitória que poderia deixar o Marília ainda com chances de classificação para as semifinais da terceira divisão. Porém, esse era o trunfo do Capivariano para usar na partida. 

O Marília veio no seu estilo único e habitual: 4-4-2 sem a bola e 4-3-3 com ela; Já o Capivariano veio no 4-2-3-1 com e sem a bola bem reativo.

O primeiro tempo foi como imaginávamos: Marília com a posse, sem criação e o Capivariano recuado e usando o contra ataque. Nada, eu digo nada, além disso foi feito durante todo o primeiro tempo. 

O segundo tempo também foi a mesma coisa sem tirar nem por mesmo com as alterações de jogadores. E com um agravante mortal, o gol do Capivariano aos 93 minutos de jogo dando o passaporte para os visitantes e eliminando os mandantes. 

Campeonato Mineiro Repescagem: Caldense x Democratas

Confesso que pela correria não tive tempo de estudar previamente para esse confronto. Entretanto, esperava que fosse uma partida de vida ou morte para ambas as equipes. Engano meu pois, assim que cheguei ao estádio soube da notícia que a Caldense já havia sido rebaixada enquanto o Democrata precisava dessa partida. Se empatasse, ainda estaria vivo. Se perdesse, também estaria rebaixado. 

A Caldense veio no 4-3-3 com e sem a bola e o Democrata no 4-2-3-1 com e sem a bola. 

A partida em si no primeiro tempo foi boa mesmo com a desorganização em campo. Logo aos 40 segundos de partida, numa bola errada para o goleiro, a Caldense abre o placar. Logo em seguida, só deu Democrata. Com muito espaços pelos lados e muita triangulação perto do gol, o Democrata finalizou inúmeras vezes no gol porém, parou em todas no goleiro mandante. Inclusive um pênalti. 

Para o segundo tempo, ambos os times não mudaram. O que mudou foi uma melhor marcação da Caldense e a expulsão do meia do Democrata. Assim, eles passaram a jogar no 4-3-2 com e sem a bola. E na falta que gerou a expulsão, a Caldense marcou o segundo gol aos 54 minutos decretando o 2x0 e com isso, o rebaixamento do Democrata. 

Paulista A3 Segunda fase: Matonense x EC São Bernardo

Como falei no texto passado, essa fase da terceira divisão é mais tensão e contenção de risco do que qualquer qualidade no jogo e ainda mais num domingo de manhã ensolarado e com calor. 

Matonense precisava desesperadamente de uma vitória para seguir firme na disputa da semifinal enquanto o EC São Bernardo com o empate estava bom. A Matonense manteve sua plataforma de jogo da primeira fase: 4-3-3 com a bola e um 4-4-2 sem ela. O EC São Bernardo manteve seu jogo no 5-2-3 sem a bola e também usava o 5-4-1 e no 3-4-3 com ela. 

No primeiro tempo, com os visitantes recuado e o time mandante sem espaço sobrou tempo e jogo para a cera dos visitantes. Nada muito de espetacular ocorrendo a não ser amarrar o jogo. Para o segundo tempo, a Matonense mudou: manteve sua plataforma de jogo do primeiro tempo, porém tirou um volante para por um lateral de ofício. Assim, o lateral titular virou um ala no 4-3-3 com a bola e fechava a primeira linha de 4 sem ela. Isso tudo para tentar abrir os espaços na linha de 5 dos visitantes. Deu certo até certa medida pois o que mais aconteceu foram cruzamentos. Mas foi num desses, aos 75 minutos de partida, que o gol salvador da Matonense veio. 

Resultado deu uma sobrevida à eles. 

Paulista A3 Segunda Fase: Marília x São Bernardo

A segunda fase do Paulista A3 requer uma aquisição de riscos menores do que a primeira fase. De fato, é outro campeonato. Isso se explica o porque é tão difícil para o líder da primeira fase manter a boa performance. 

A segunda rodada da segunda fase reservou a partida entre Marília x EC São Bernardo. Os mandantes veio no seu clássico 4-4-2 sem a bola e no 4-3-3- com ela. Já o São Bernardo veio também no seu clássico 5-2-3 sem a bola e no 3-4-3 com ela, utilizando 3 zagueiros de ofício. 

O primeiro tempo reservou grandes emoções. Em um jogo onde os mandantes não conseguiam jogar e os visitantes estavam confortáveis com a situação gerenciando bem sua defesa, o EC São Bernardo abriu o placar aos 5 minutos de jogo. Logo após, fez um 5-4-1 sem a bola para abdicar do jogo por completo. Sem muito perigo, o MAC só conseguiu o empate em um escanteio aos 39 minutos e assim voltou aos 5-2-3 como de costume. 

Para o segundo tempo, a partida se manteve e seu nível, porém logo aos 64 minutos os visitantes voltaram na frente do placar. Após isso, nada mais foi observado na partida. 

Brasileiro Feminino Rodada 4: Ferroviária x Corinthians

De fato é muito prazeroso ver uma partida de futebol do time feminino do Corinthians. Projeto, planos e um estilo de jogo que se transforma em um organismo vivo durante o caos que o jogo provoca. Há também um evidente desenvolvimento que essa equipe provoca nos outros times no campeonato.

Ferroviária e Corinthians já se assimilaram em ser um clássico no futebol feminino. Nessa quarta rodada do Brasileiro feminino elas se enfrentaram novamente. A ferrinha veio no 4-2-4-1 sem a bola e no 4-3-3 com ela. Já o Corinthians veio no 4-4-2 sem a bola e no 4-1-4-1 com a bola. O motivo das mandantes mudarem sua marcação de duas linhas de 4 para o 4-1-4-1 era para espelhar o jogo do Corinthians, numa tentativa de marcação por encaixes. 

No primeiro tempo, mesmo com essa tentativa de frear o Corinthians, o time da capital conseguiu se desvanecer e abrir o placar logo aos 8 minutos. Logo após, ampliou aos 23 mesmo a partida se mantendo em uma intensidade boa e agradável. 

Para o segundo tempo, o Corinthians passou a jogar no 4-3-3 com a bola para tentar confundir a marcação da Ferroviária. Deu certo porque o jogo fluiu no seu meio de campo fazendo que o 3x0 seja marcado mesmo a tendo a Ferroviária descontando aos 65 minutos. Depois disso, a partida se arrefeceu até que o Corinthians ampliou aos 96 minutos o resultado final de 4x1.