Páginas

28/02/2019

Campeonato Sul-Americano de clubes - Vôlei Masculino: dia 3

As partidas de hoje foram dos times estrangeiros com a folga na tabela dos times brasileiros. As consequências disso são arquibancadas quase vazias e um ambiente sem alma. Estamos falando de um torneio internacional de vôlei porém, me parece que isso não convém. Os jogos pareciam ser fáceis e de rápida duração mas não foi bem assim. 

No primeiro jogo, Obras de San Juan da Argentina venceu o Nacional do Uruguai por 3x0 sets (25x19; 25x20; 25x22). Embora tenha tido placares próximos, havia uma certa diferença técnica entre os dois times. O Obras San Juan teve 14 pontos de ataque em médias (com 16 pontos no primeiro set), 7,3 pontos por erros cedidos pelo Nacional, 2 pontos de bloqueio em média e 1 ponto de ace em média. Já o Nacional, teve 10,3 pontos de ataque em média, 7,6 pontos por erros cedidos pelo Obras San Juan, 1,6 pontos de bloqueio e 0,6 pontos de aces. 

No segundo jogo, o UPCN da Argentina venceu o Regatas do Peru por 3x1 (25x22; 21x25; 25x15; 25x17). Vale ressaltar que o UPCN jogou, em sua maioria, com jogadores reservas. Por isso a proximidade de alguns placares. O UPCN teve 13,7 pontos de ataque em média (tendo 17 pontos no primeiro set) 7 pontos em média por erros cedidos pelo Regatas (sendo 10 no quarto set) 2,5 pontos de bloqueios e 0,5 pontos de aces. Já o Regatas, que jogou com muita bravura, teve 13,2 pontos de ataque em média (sendo 20 pontos no segundo set) 5,6 pontos em média por erros cedidos pelo UPCN, 1,5 pontos de bloqueio e 1 ponto em média de aces. 

No próximo dia haverá a disputa do quinto e do sexto lugar e das duas semifinais. 

Campeonato Sul-Americano de clubes - Vôlei Masculino: dia 2

No segundo dia de torneio, a diferença entre os times foram mais óbvias. Placares elásticos e times brasileiros utilizando os jogadores reservas para assegurarem a classificação para a semifinal. O que realmente anima os jogos do masculino são as torcidas. No jogo do Minas há uma bandinha que toca Marchinhas entre os pontos e no jogo do Cruzeiro há a torcida organizada que leva sua bateria e não param até o último ponto. 

No primeiro jogo da noite, o Minas venceu o Nacional do Uruguai por 3x0 sets (25x23; 25x12; 25x15). Mesmo o Minas tendo 11 pontos de ataque em média, o que impressionou foram os 9 pontos em média por erros cedidos pelo Nacional. Alem disso, foram 2 pontos em média por aces e 3 por bloqueios. Já o Nacional do Uruguai teve em média 9,3 pontos de ataque (sendo 14 no primeiro set), 5,6 pontos por erros cedidos pelo Minas, 1 ace e apenas 2 bloqueios no jogo. 



No segundo jogo da noite, o Cruzeiro venceu o Regatas de Lima (Peru) também por 3x0 sets (25x13; 25x14; 25x14). O time brasileiro teve 11 pontos em média por erros cedidos pelo Regatas (foram 14 pontos no segundo set), 10,6 pontos de ataques, 2 aces e 1,3 pontos de bloqueios. Foram mais pontos ganhos por erros do que pontos de ataque. O time peruano teve 6,6 pontos em média de ataques, 5,6 pontos por erros cedidos pelo Cruzeiro (maioria deles por erros de saque), 0,3 aces e 1 ponto de bloqueio em média. 

No Campeonato Masculino, os pontos por erros são maiores que o feminino pelo fato de se arriscarem no saque. 

27/02/2019

Campeonato Sul-Americano de clubes - Vôlei Masculino: dia 1

Nessa segunda semana em BH, a saudade de casa aperta bastante. Porém, ela é deixada de lado quando o sul-americano masculino começa. Quem cobre há tempos esses campeonatos, já me tinha dito que no masculino os confrontos são bem pareados e bem disputados pela qualidade dos times estrangeiros convidados (diferentemente do feminino, infelizmente, que só tiveram jogos bem acirrados no último dia). No vôlei masculino, entretanto, o entendimento do jogo é mais difícil pelas pancadas na bola, a velocidade e os enormes erros de saque.

O primeiro jogo, pelo grupo A, foi entre Minas x Obras San Juan da Argentina. Minas vence por 3x1 (21x25; 25x20; 25x22; 25x22). É notório a aproximação das pontuações e o equilíbrio do jogo. Minas teve 12,2 pontos de ataques em média, 9 pontos em média por erros cedidos pelo Obras (sendo 10 pontos no terceiro set), 2 pontos de bloqueio por set e 0,75 aces. Já o time argentino teve 13,7 pontos de ataque em média (16 pontos de ataque no primeiro set), 6 pontos em média por erros cedidos pelo Minas, 1,25 pontos de bloqueio e 1 ace por set em média. Percebe que na média, o Obras teve mais pontos que o Minas porém, a grande diferença está nos pontos cedidos por erros.



O segundo jogo da noite, pelo grupo B, foi entre Cruzeiro x UPCN da Argentina e tivemos o primeiro jogo de cinco sets em ambos os campeonatos. Cruzeiro vence por 3x2 depois de estar perdendo por 2x0. Jogo mais equilibrado do que o primeiro, brigado, tenso e muitos erros de saques. O Cruzeiro teve 11,9 pontos de ataque em média (sendo 16 pontos no quarto set) 6,9 pontos por erros cedidos pelo UPCN (sendo 12 pontos no terceiro set) 2,6 pontos de bloqueio e 1,7 pontos de aces. Já o UPCN teve 9,8 pontos de ataque em média (sendo 14 no segundo set), 9,4 pontos por erros cedido pelo Cruzeiro (sendo 14 e 11 no primeiro e terceiro set respectivamente), 2,4 pontos de bloqueio, 1 ponto em média de aces. 

Veremos os próximos dias se haverá esse equilíbrio. Uma coisa é certa, as finais prometem.  

23/02/2019

Campeonato Sul-Americano de clubes - Vôlei Feminino: dia 5

Último dia do torneio feminino. Fica algumas coisas para se melhorar e coisas para se elogiar. Ter um melhor desenvolvimento e promoção do esporte feminino e a ótima festa feita no último dia poderia ter em todos os dias, não somente quando há transmissão da maior emissora do Brasil e em jogos importantes. Dia de clássicos, argentino e brasileiro. Dia de vôlei praticado em alto nível e bem disputado embora os dois jogos tenham terminado em 3x0 sets. 

No primeiro jogo entre Boca Juniors x San Lorenzo, houve uma disputa ponto a ponto, às vezes uma virada no placar e muita disposição em quadra. No placar, 3x0 sets para o San Lorenzo (21x25; 19x25; 20x25). 14,6 de média em pontos de ataque para o San Lorenzo, 6,3 de pontos cedidos pelo Boca, 2 aces e bloqueios em média. Para o Boca, 12 pontos de média, 6 pontos de erros cedidos pelo San Lorenzo e 1 ponto de ace e bloqueio em média. San Lorenzo terceiro lugar.



No segundo jogo e também a final (era pontos corridos a forma de disputa porém, os dois times tiveram a melhor campanha). Minas x Praia disputaram o terceiro título nessa temporada e a terceira conquista do Minas: 3x0 sets (25x21; 25x16; 26x24). Muito disputado, ponto a ponto e um pequeno melhor desempenho do Minas: 13,3 pontos de média de ataque, 6 pontos de média por erros cedidos pelo Praia, 5,3 de bloqueio e 0,6 em aces. Já o Praia teve 11 pontos de ataque em média, 6 pontos por erros cedidos pelo Minas, 3 pontos em média de bloqueio e 0,3 pontos de aces. Além da diferença entre pontos de ataque, o que fez a diferença foi a pontuação de bloqueios (Minas teve quase o dobro do Praia: 16x9). 

Minas campeão. Bela festa. Parabéns. 

22/02/2019

Campeonato Sul-Americano de clubes - Vôlei Feminino: dia 4

Algo aconteceu de muito bom hoje no campeonato. Duas escolas estaduais apareceram na torcida dos dois jogos. Lotaram uma seção das arquibancadas e animaram os jogos que nos outros dias não eram tão animados. Podia ser uma política pública de esporte permitir que toda escola pública tivesse entrada franca em eventos esportivos. Hoje, se manteve as diferenças entre os times porém, com alguma emoção. 

No primeiro jogo, o Praia Clube de Uberlândia venceu o Club Olympic por 3x0 sets (25x13; 25x5; 25x17). O Praia teve 12,6 de média de pontos de ataques, 3,3 de aces, 3,6 de bloqueios e 5,3 pontos de erros cedidos pelo Club Olympic. Já o time boliviano teve 7,6 pontos de ataque em média, apenas 1 ponto de bloqueio no jogo, 4 pontos de média por erros cedidos pelo Praia. 



No segundo jogo da tarde, o Minas venceu com uma certa emoção o San Lorenzo (que me pareceu o time estrangeiro mais forte) por 3x0 sets (25x22; 25x12; 25x19). O Minas teve em média 12,6 pontos de ataque, 2 aces em média, 1,6 pontos de bloqueio e 8,6 pontos por erros cedidos pelo adversário. No segundo set, o Minas teve mais pontos por erros do San Lorenzo do que por pontos de ataque (12 e 11 respectivamente). Já o San Lorenzo, que fez uma bela partida, teve 9 pontos de ataque em média, 1 ace por set, 1,6 pontos de bloqueio e 6 pontos em média por erros cedidos pelo Praia. 

Amanhã acontecerá a última rodada e com a decisão entre Minas x Praia. 
 

Campeonato Sul-Americano de clubes - Vôlei Feminino: dia 3

Mais um dia na Arena Minas. Dia de experimentar novos restaurantes por perto já que há muitas opções para refeições no bairro onde estou. Almocei um delicioso PF com almôndegas veganas (não sou vegano mas aprecio muito essa culinária). No campeonato, os jogos ainda nos mostram a diferença abissal entre os times brasileiros em relação aos times estrangeiros. 

No primeiro jogo do dia, Boca Juniors x Club Olympic. O primeiro set deu a impressão que poderia ser o primeiro jogo equilibrado do torneio mas não foi. 3x0 sets para o Boca com 25x16; 25x12; 25x18. O time argentino teve 13,6 pontos de ataque em média, 2 pontos de média por aces, 4,3 pontos de média em bloqueios, 5,3 pontos de média por erros cedidos pelo time boliviano. Já o Club Olympic teve apenas 2 aces na partida toda, 1 ponto de bloqueio por set, 6,6 pontos de ataque em média e 8,3 pontos de média por erros cedido pelo Boca. O time boliviano, em média, obteve mais pontos por erros do Boca do que propriamente pela eficiência de seu ataque. 



No segundo jogo: Praia Clube x San Lorenzo. Torcida do San Lorenzo com bandeiras no ginásio e vitória do Praia por 3x0 (25x6; 25x18; 25x10). Sim, foi 25 x 6 no primeiro set para o Praia. O time brasileiro teve média de 13 pontos de ataque no jogo, 3,3 pontos de bloqueio, 2,3 pontos de aces e 6,3 pontos por erros cedidos pelo San Lorenzo (no primeiro set foram 8 pontos cedidos). Já o time argentino, teve em média 6,3 pontos de ataque, apenas 1 ace no jogo, 1 bloqueio por set e 3,6 pontos por erros cedidos pelo Praia. 

As rodadas finais vão chegando e o dia 4 vem ai.  

21/02/2019

Campeonato Sul-Americano de Clubes - Vôlei Feminino: dia 2

Talvez tenha sido minhas partidas de vôlei assistidas in loco mais rápidas que vi. Os dois jogos terminaram com menos de uma hora de duração. A possível causa seria a diferença que escrevi no texto anterior entre os times. O San Lorenzo da Argentina é o melhor time estrangeiro desse campeonato e vai proporcionar jogos épicos contra o Minas e o Praia Clube (os times mais fortes).

O San Lorenzo estreou contra o Club Olympic da Bolívia. 3x0 sets (25x11; 25x14; 25x12). Sua média de pontos de ataques foram 11,6 por set, 4,6 pontos de média de aces (número mais alto já constatado por mim) e média de 6 pontos por set cedidos pelo Club Olympic. Já o próprio time boliviano, não teve nenhum ace marcado no jogo, 7 pontos de média por set, apenas 1 ponto de bloqueio no jogo e 5 pontos de média por set em erros cedidos pelo San Lorenzo. Ou seja, os times inferiores possuem uma média de pontos cedidos pelo adversário quase igual ou bem próximo a média de pontos de ataque. 

O segundo jogo foi entre Minas e Boca Juniors. A disparidade também foi evidente. O Minas vence por 3x0 sets (25x9; 25x14; 25x15) sendo que no primeiro set chegou a estar 13x0 para o Minas. O time sede teve 11,3 de média dos pontos de ataque, 2,3 de média de pontos de aces, 3 pontos de média de bloqueio e 8 pontos de média de erros cedidos pelo Boca. No último set, o Minas teve 10 pontos por erros cedidos pelo Boca e 9 pontos de ataque (teve mais pontos cedidos do que feito). O Boca teve média de 1,3 pontos de ace, apenas 2 pontos de bloqueio no jogo todo, 6 pontos de média de ataque e 4,6 pontos de média de erros cedidos pelo Minas. Além do mais, no último set, o Boca teve mais pontos feitos por erros do Minas (7) do que pontos de ataque (5). 

Vamos para o terceiro dia de competições. 

20/02/2019

Campeonato Sul-Americano de Clubes - vôlei feminino: dia 1

Belo Horizonte é minha primeira grande cobertura. De fato, houve aquele frio na barriga e o receio de não dar certo e não valer o investimento. Quase 10 horas de viagem por ônibus, dormi picado e fiquei quebrado. Mas vamos lá. Há muita diferença ainda no tratamento e na organização dos campeonatos femininos e masculinos. Isso é ruim. Porém, a Arena Minas é fantástica. Iluminação correta, calefação, cadeiras, banheiros e bebedouros além de possuir cabines para imprensa. A receptividade foi muito boa.

O primeiro jogo foi Praia Clube de Uberlândia contra Boca Juniors (Argentina). Foi absurda a diferença entre os times (no segundo jogo da noite também). Diferença entre estatura, de gestos técnicos, investimentos e estruturas. O Praia venceu por 3x0 (25x17; 25x12; 25x13), tendo uma média de 12,3 pontos de ataque e 5,6 pontos cedidos pelo Boca. Já o Boca teve apenas 8 pontos de média de ataque e 4 pontos de média cedidos pelo Praia. Houve períodos no jogo em que o Boca só fazia pontos por erros do Praia Clube.



No segundo jogo e com mais torcida, o Minas enfrentou o Club Olympic da Bolívia. A diferença já comentada era maior e o Minas venceu por 3x0 (25x11; 25x13; 25x12). O time sede do torneio teve 13 pontos de ataque de média e um número elevado de média de aces: 5,6. Já o Club Olympic teve apenas 4 pontos de ataque em média e 6 pontos de média cedidos pelo Minas. Ou seja, o Club Olympic teve mais pontos por média por erros do Minas do que propriamente eficiência no seu ataque.

A cobertura do campeonato sul americano de clubes feminino segue até o dia 23. 

15/02/2019

Paulista A3 - 2019: Comercial x Grêmio Audax

Futebol. Futebol foi o nome do que foi jogado quarta a noite. Pleonasmo? Não. Foi a melhor partida que vi esse ano. Os dois times estudados, conceitos de jogo aplicado e aplicação táticas executada de forma quase perfeita. Era para ser assim todos os jogos de futebol aproveitando a qualidade técnica que os atletas brasileiros têm. Mas tudo bem. 

Era meu primeiro jogo do Audax. Queria muito saber se eles mantinham a forma e a essência de jogo que os levaram a ser vice-campeões do Paulistão 2016. E a resposta é: sim. Audax veio numa proposta de jogo diferente do que pensa Fernando Diniz. Menos posse de bola porém com uma transição fortíssima com toques de primeira bem rápidas. Eles jogaram ora num 4-2-3-1 ora num 4-4-2 sem a bola e no 4-2-3-1 com a bola (tendo muita velocidade na linha de 3 e seu atacante): 












O Comercial, sabendo da forma de jogo do Audax, atuou sem a bola apenas no 4-4-2 (deixando de lado a variação tática utilizada nos jogos anteriores). Com a bola, manteve seu 4-2-3-1 habitual utilizando os laterais quase como alas (para tentar espaçar as duas linhas de 4 do Audax e gerar espaços). Nos primeiros 15 minutos, era bastante explícita a a proposta do Audax: Bolas longas para além da linha de 4 defensiva do Comercial e contra ataques explorando os pontas e o atacante velosíssimos com muita verticalidade (quase que jogando inteiramente com progressão ao alvo). Comercial tentava a proposição do jogo, troca de passes, a tentativa de ocupação dos espaços. Sem a bola, era um 4-4-2 muito compactado (no máximo numa faixa de 25 metros do campo) motivado pela forma de jogo do Audax. Muitos impedimentos para os visitantes dava a impressão que a defesa em linha sem sobras estava dando certo. Já o Comercial tinha como seu ponto forte jogadas e tabelas feitas pelos lados do campo, gerando finalizações mas bloqueadas pelas ótimas defesas do goleiro do Audax. Depois dos 30 minutos do primeiro tempo, dois gols do Audax em 5 minutos além de uma finalização cara a cara com o goleiro para fora. O 1x0 foi após uma bola longa e um lateral cedido pelo Comercial no seu campo de defesa. Troca de passe rápida no lado do campo, cruzamento para trás aproveitando a chegada do elemento surpresa atrás da linha defensiva do Comercial. O segundo gol foi numa reposição perfeita do goleiro após um ataque do Comercial pegando a defesa totalmente desarrumada e sem a linha postada, corte para dentro e finalização de fora da área. A rápida troca de passe e a verticalidade mataram o Comercial, assim como, ter mantido a linha de defesa alta (na altura no meio campo) e não recuada como queria o técnico. 

No segundo tempo, o Comercial muda: tira o 9 e entra um meia, recuou um meia para fazer a linha de dois. o Audax se manteve firme nas suas propostas. Aos 7 minutos, gol de pênalti do Comercial (2x1). Porém, logo após a saída de jogo: bola invertida na diagonal, domínio do lado da área e finalização cruzada no ângulo do goleiro do Comercial (3x1). Após a entrada de dois meias e a saída de um volante (por causa de um amarelo), o Comercial abdica de marcar no 4-4-2 e passa a marcar no 4-2-3-1 e com a bola esquece o 4-2-3-1 e com 4 meias jogando, ataca no 4-2-4. O Audax manteve sua verticalidade e o jogo defensivo e mantém os mesmos 11 titulares com 81 minutos de jogo sem substituições (impecável disciplina tática e o aporte físico dos jogadores para manterem isso por todo esse tempo). No final do jogo, gol do Comercial após um cruzamento, cabeçada e rebote do goleiro. 

Resultado final: 3x2 Audax

Melhores da partida: Comercial: número 11 - Caio Vieira. 
                                   Audax: 10: Matheus; 9: Giovani e 1: Jefferson além de todo o time. 

Agradece o futebol. Agradece quem ama o futebol. 

14/02/2019

Paulista A3 - 2019: Monte Azul x Capivariano

Bom, estava demorando para ter um jogo em que a arbitragem o complicasse. A forma como os times jogaram, a forma como eles faziam os embates físicos e a disputas pela bola eram interrompidas ou eram paralisadas pelo árbitro. É ruim de se ver porque a troca de passe é deixada de lado para apenas usar chutões, lançamentos e cruzamentos e evitar a marcação de faltas (que foram muitas). 

O Monte Azul jogou no 4-2-3-1 com e sem a bola (que já é seu habitual) numa forma mais compactada e sem seu 10 de origem (Juca) e seu lateral 2 (Ferrugem). Não sei os motivos, mas que perdeu muito do seu poder ofensivo, isso é verdade:


O Capivariano jogou no 4-4-2 sem a bola e no 4-2-3-1 com a bola:


O primeiro tempo começou bem com os dois times realizando pressão alta na saída de bola de ambos (ação defensiva que é raramente vista na A3). E num desses desarmes feitos no campo de ataque, logo aos 7 minutos, o Monte Azul realiza um contra ataque e a finalização é bloqueada com a mão e pênalti: 1x0. Após o gol, o Monte Azul monta sua compactação (dessa vez seu 4-2-3-1 era muito mais compactado do que nos outros jogos), recua mas cede finalizações ao Capivariano. Esse tipo de ação me parece não ser apenas uma tônica do futebol da A3, mas sim, de todo o Brasil: recuar depois do gol. Depois da parada para a hidratação, o jogo ficou lento, a arbitragem fazia o jogo ser ruim por parar demais e nada mais aconteceu além de chutões, faltas e cartões amarelos (foram 7 só no primeiro tempo). Aos 52 minutos o gol do Capivariano após escanteio e rebote: 1x1. 

No segundo tempo, os dois times mantiveram as formações. O Monte Azul tira um meia e põe um lateral de origem e o lateral que estava no jogo foi fazer a ponta direita. Capivariano era melhor, possuía mais ações ofensivas porém sem muitas finalizações criadas. Mesmo após as substituições e as tentativas de mudanças nos posicionamentos (o Monte Azul põe seu 10 de origem, passa a marcar numa espécie de 5-3-2 e atacar num 4-3-3 e o Capivariano tira o lateral para por um meia e desloca o volante para a lateral, porém apenas utiliza as bolas longas nas ações ofensivas) os dois times erravam muitos passes e gestos técnicos básicos e isso minou com qualquer possibilidade de alteração no placar.

Resultado final: 1x1

Destaques: Não houve de nenhum time. 

12/02/2019

Paulista A3 - 2019: Comercial x Rio Preto

Ás vezes é complicado assistir um jogo de futebol. Você não está na vontade de analisar, anotar e também não consegue entender o que está acontecendo. Pode ter uma percepção diferente de quem joga, de quem fica perto do campo e até de quem está ao seu lado. Porém, é isso que esporte promove: essa democracia de sentimento, emoções e percepções. Tive muitas dúvidas durante a partida mas consegui saná-las perguntando para radialistas e os analistas dos próprios times, além de estar na coletiva de imprensa do técnico do Comercial e fazer uma pergunta.

Pois bem, Comercial vinha de uma ascensão meteórica após a troca de comando e o Rio Preto vinha de uma oscilação no campeonato. O Comercial era postado num 4-2-3-1 com a bola e numa variação tática de 4-2-3-1 ou 4-1-4-1 sem a bola: 


Já o Rio Preto, de acordo com os jornalistas que cobrem o time, jogava normalmente no 4-3-3 com a bola e no 4-1-4-1 sem a bola. Porém, para esse jogo eles adotaram um esquema mais defensivo (normal nos campeonatos da A2 e A3 para quem joga como visitante). Jogaram num 4-2-3-1 com e sem a bola: 

Nos primeiros 10 minutos, a pressão e a velocidade nos passes do Comercial para conseguir o primeiro gol era bem intensa com muita posse de bola, jogadas e ultrapassagens pelos lados e cruzamentos. O problema disso tudo foi a pouca geração de finalização e as que tinha eram finalizações erradas e predominantemente fora da área pelas ações defensivas do Rio Preto (que recuava e usava bolas longas em profundidade para o contra ataque). Já no final do primeiro tempo, com 0x0, o Rio Preto equipara o jogo fechando os espaços e igualando em % de posse de bola. 

No segundo tempo, ambas as equipes mantiveram suas formações mesmo com as substituições feitas. Nos primeiros 15 minutos, o Rio Preto era melhor que o Comercial (ao meu ponto de vista): fechava os espaços jogando recuado e  ganhou o meio de campo atrapalhando a criação do Comercial. Muitas faltas esfriaram o jogo, porém o gol do Comercial veio aos 20 minutos após a primeira jogada construída com uma troca de passes pelo lado, infiltração na área, passe para trás e gol. Gol do número 7 do Comercial (Romarinho) que estava sendo pedido para sair pela torcida. Após o gol, o Rio Preto tentava sair para o jogo mas errava muitos passes e o Comercial recuou e passava a usar o contra ataque como arma ofensiva. O único erro do time da casa, foi a falta de cobertura da linha defensiva e pênalti do goleiro no atacante do Rio Preto nos acréscimos. O mesmo goleiro defendeu para explodir o estádio penso eu mais de alívio do que felicidade. 

Resultado final: 1x0 Comercial.

Melhores da partida: Do Comercial: Romarinho (7), Edson Silva (10) e Leandro Santos (1). Do Rio Preto: Jõ (8).   

09/02/2019

Paulista A3 - 2019: Barretos x Velo Clube

Não havia clima para nenhuma partida de futebol. Mesmo que tenha acontecido no Rio de Janeiro, a dor se alastra porque todo e qualquer futebolista passou/passa/passará pelas vidas que os garotos do Flamengo tinham. Poderíamos ter nenhum evento esportivo. Nada. Apenas por respeito ao luto. Quiseram ter rodada, o minuto de silêncio foi menos respeitado do que uma opinião divergente sobre a política nacional. Uma lástima. Eu sei que a vida deve continuar, porém respeitando o momento de dor. 

Teve jogo pela sexta rodada da terceira divisão. Primeira vez em Barretos, cobrindo o segundo do Barretos no campeonato contra o líder (até então), o Velo Clube de Rio Claro. O Barretos jogou na sua clássica formação e tradicional conceito de jogo: um 4-2-3-1 com e sem a bola acionando muitas jogadas pelos lados e contra ataques com os pontas, conforme a imagem abaixo: 


Já o Velo Clube, segundo informações obtidas por esse blog, possuía um jogo de transição muito forte e uma defesa sólida e veio para o jogo numa formação 4-1-4-1 sem a bola e no 4-3-3 (estilo triângulo invertido) com a bola, dando amplitude para os pontas: 



No primeiro tempo, o Barretos privilegiava ou apenas usava as jogadas pelos lados principalmente os cruzamentos, bolas paradas e a velocidade nos contra ataques. Tais ações, porém, não eram bem executadas. O Velo esperava recuado e tentava seu fazer seu forte jogo de transição, principalmente na variação tática do sem bola para o com bola. Isso era possível pois o Barretos gerava muitos espaços nos lados do campo pelas más ações defensivas dos seus laterais. 

No segundo tempo, nos primeiros 15 minutos, o Barretos era bem melhor que no primeiro tempo. Trocava passes com velocidades porém usava apenas os lados e não convertia essa pressão em finalizações no gol ou fora dele. O Velo optou por recuar ainda mais, porém cedia espaços cada vez maiores ao Barretos. Após esse sufoco e mesmo com a entrada de mais dois pontas no Barretos (mantendo a formação e o conceito de jogo), o Velo melhorou aumentando o seu % de posse de bola fazendo o Barretos (pressionado por querer o resultado) abusar de bolas longas e menos troca de passes. 

Com um jogo ruim nos quesitos de ações ofensivas de ambos os times, o resultado foi 0x0 numa noite em que não deveria ter futebol. 

07/02/2019

Superliga Feminina 2019: Praia Clube x Brasília

Nós sabemos o real motivo do porquê que esportes femininos não se desenvolvem e não são divulgados da mesma forma que os masculinos. Sim, é essa palavra mesmo caro leitor: Machismo. Não há outro motivo sem ser esse. O ruim é que quem curte esporte e preza pelo jogo jogado com inteligência, sabe que com os esportes femininos o entendimento tático do jogo é mais compreensível do que os esportes masculinos. 

Digo isso por cobrir jogos de vôlei e ainda não conseguir entender e visualizar as ações táticas referente à esse esporte. Cobrindo o masculino é muito pior pois a força nas batidas da bola são descomunais porém geram mais atenção. No feminino é o contrário. O jogo tático se faz muito presente e quem gosta dessa parte realmente aproveita até a última jogada. 

Praia Clube de Uberlândia e Brasília jogaram pela Superliga. Toda vez que vejo jogos do Praia Clube eles vão para o quinto set. Dessa vez não foi diferente, assim como não foi diferente, a oscilação de ambos os times no jogo. Para se ter uma ideia, os erros cedidos pelo Praia foram de 13 pontos no primeiro set e 4 no segundo set. Enquanto o número de pontos de ataque subiram de 11 no primeiro set para 15 no segundo set. O Brasília manteve suas médias de pontos entre os sets tendo a diferença maior nos pontos de ataque de 8 e 7 no primeiro e no segundo set para 13 e 15 no terceiro e quarto set. 

Entretanto, o dado que me fez mais crer em que o jogo foi decidido era os pontos de bloqueio. Enquanto o Brasília teve a média de 2,8 bloqueios no jogo, o Praia Clube teve 4,6 de média de pontos de bloqueios. 

Resultado final: Praia Clube 3 x 2 Brasília. 

05/02/2019

Paulista A3 - 2019: Monte Azul x Comercial

Uma das coisas que deixa esse blogueiro mais feliz é quando se vê que a preparação, escalação e a forma de jogo de um time é feita de acordo com o adversário. Deveria ser assim, é assim, porém nem todos fazem assim. Um calor terrível em Monte Azul e uma bela festa das duas torcidas com baterias, faixas e bandeiras. Quem determina e concorda com torcida única definitivamente nunca pisou num estádio. 

Monte Azul e Comercial fizeram um clássico regional bastante interessante. Viajando para ver o jogo, eu sabia que um dos times teria que fazer algo diferente do que vinham jogando para sair com a vitória, pois ambos jogam da mesma forma: o 4-2-3-1 com suas essências. A essência do Monte Azul era a linha de 4 fixa da defesa (os laterais não subiam, os dois volantes faziam muito bem o balanço defensivo) e o meia central não buscando a bola mas sim flutuando no meio para distribuir jogadas. A essência do Comercial era ter a linha de 3 meias e o atacante com estaturas baixas aproveitando suas velocidades para jogadas de bolas longas. Entretanto, a sacada do jogo foi o Comercial ter fechado os espaços dos lados do campo para o Monte Azul não atacar, ter colocado seus pontas atrás dos laterais para receber as bolas em profundidades e fazer uma dobra na marcação no meia central do Monte Azul. O gol do Comercial, no primeiro tempo, foi de pênalti após um lançamento do zagueiro e erro da defesa do Monte Azul. 

No segundo tempo, ambos mantiveram as formações porém, o Monte Azul saca seu meia central e coloca um meia de velocidade e começa a propor o jogo com mais intensidade. O Comercial recua e passa a jogar preferencialmente no contra ataque. Logo no primeiro contra ataque do segundo tempo, gol do Comercial: lançamento pela esquerda e chute de fora da área. Após o segundo gol, os laterais do Monte Azul começam a subir com maior frequência depois da alteração de um volante por um meia atacante mantendo a forma de jogo (o 4-2-3-1 com amplitude). Entretanto, o Comercial controlava bem suas ações defensivas mudando seu jogo para o 4-1-4-1. Com a expulsão do volante do Monte Azul, ficou mais difícil de atacar e propor o jogo. Comercial vence bem. 

Resultado final: Monte Azul 0 x 2 Comercial.    

04/02/2019

Paulista A3 - 2019: São Carlos x EC São Bernado

Tem feito muito calor. Daria para pensar numa possível revisão de calendário não apenas para melhorar o nível técnico e de rendimento do futebol brasileiro mas também considerando o calor que faz no verão brasileiro. É desumano para jogadores, treinadores, staffs, imprensa e torcedores. 

Apesar de tudo há futebol. São Carlos x EC São Bernardo vinham de derrotas e já estava claro antes do jogo que o futebol jogado seria para o resultado. O motivo: bem provável era para a manutenção do trabalho e do planejamento do começo do ano. O São Carlos jogou da mesma forma como havia jogado a última partida: um 4-3-3 com a bola e um 4-1-4-1 sem a bola. Enquanto o EC São Bernardo variava muito seus esquemas conforme as ações do jogo eram desencadeadas: um 4-4-2 e 4-1-4-1 sem a bola e um 4-2-3-1 ora 4-2-4 com  a bola. Devo dizer que os mais usados eram o 4-4-2 e 4-2-4. 

O primeiro tempo foi ruim tecnicamente, muitos erros de passes (passes curtos), erros de gestos técnicos e pouca aplicação tática daquilo que era pedido pelos treinadores. As melhores chances de ambos aconteceram em lances de contra ataques muito por conta de ambos os times terem gerados espaços e condições para bolas longas. Apesar disso, o EC São Bernardo faz o 1x0 num gol de falta quase no fim do primeiro tempo. 

Após o intervalo, as duas equipes não modificaram sua forma de jogo mesmo fazendo substituições, com a exceção do São Bernardo que sacando o número 9 passou a usar o 4-4-2 sem a bola (por talvez querer manter o resultado). Mesmo assim, usando da velocidade, toques rápidos e muita criação de finalizações, o São Carlos pressionou os visitantes demais nos 11 minutos iniciais. Porém, logo no primeiro contra ataque sofrido tomou o 2x0. Após o gol, o abatimento, a frustração vieram à tona e não tem como isso não afetar a forma de jogo e os conceitos táticos aplicados. Mais um gol cedido, porém com um gol de honra no último minuto.

Resultado final: 3x1 EC São Bernardo.