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30/01/2023

Paulista A2: Rodada 5

Mais uma rodada analisada da segunda divisão do Paulista. Agora, com um terço do campeonato jogado, acredito que seja já um parâmetro para o que cada equipe buscará. A primeira partida, no sábado dia 28, foi entre Novorizontino x São Caetano. Dois times antagônicos nos objetivos do campeonato. 

O time da casa veio no seu clássico 5-2-3 sem a bola e no 3-2-5 com ela tentando buscar muito o jogo de amplitude pois, o time visitante veio no 4-4-2 sem a bola bem compactado e no 4-3-3 com ela, tendo Celsinho como meia central. 

A proposta de jogo do time do ABC, na zona de rebaixamento, era apenas uma: única bola para fazer o gol e recuar. Já os mandantes era de ter a bola, construir o jogo, e sufocar o adversário com a pressão alta. O primeiro tempo foi exatamente isso com um acréscimo: a forte defesa do São Caetano que anulou os ataques dos mandantes. 

Para o segundo tempo, as mudanças foram apenas de peças e não de posições. Os comportamentos foram os mesmos e as ceras no jogo aumentaram principalmente por conta do goleiro do São Caetano. Porém, quem abriu o placar foi o São Caetano que fez exatamente o que vinham fazer: um gol num cruzamento aos 55 minutos. Após isso, recuo do time e cera atrás de cera. O Novorizontino mal criava e pecava nos fundamentos técnicos realizados. Contudo, seu empate só veio aos 87 minutos após um cruzamento e falha do goleiro ao sair do gol. 

Mesmo com 11 minutos de acréscimo, nada houve e o empate em 1x1 se consumou. 

A segunda partida da rodada foi entre Monte Azul x Velo Clube. Os mandantes na lanterna e os visitantes buscando se afastar dela. 

O Monte Azul veio no habitual 4-2-3-1 com a bola e no 4-4-2 sem ela. Já o Velo veio no 4-2-3-1 com e sem a bola no sentido clássico. 

A qualidade da partida foi bem ruim. Muitos erros de execução e de tomada de decisão, erros de comportamento tático (as duas linhas de 4 do Monte Azul não eram alinhadas e forneciam buracos para o ataque) e erros de arbitragem. Nada que valesse a pena descrever o que aconteceu no primeiro tempo. Apenas muito chutões, jogo físico e faltas. 

Para o segundo tempo, a mesma coisa, apenas o fato novo do gol do Velo Clube aos 61 após sucessivos erros de marcação do Monte Azul que deixou o ponta livre para fazer o 0x1. Após o gol, o Velo recuou, passou a jogar no 4-4-2 e mesmo com a bola, o Monte Azul não conseguiu fazer nada. 

Monte Azul e São Caetano na zona de rebaixamento no final dessa quinta rodada. 

25/01/2023

Paulista A2 2023: Comercial x Portuguesa Santista

A partida era de opostos. Na real, ainda é. Comercial buscava sua primeira vitória no campeonato e a Briosa seu 100%. Dois opostos na tabela. O mandante com uma semana de demissões e turbulenta com reuniões de jogadores e um voto de confiança para o técnico. Mas era a desconfiança que pairava no estádio antes da bola rolar.

O Comercial veio a jogo no seu habitual 4-4-2 sem a bola (compactado e pressão em bloco médio) e no 4-3-3 com a bola numa espécie de triângulo invertido. Já a Portuguesa Santista veio no 4-2-3-1 clássico sem a bola com muito jogo físico e ora no 4-2-3-1 com a bola ora no 3-4-3 losango com a saída de três com dois zagueiros e um volante liberando os laterais como alas. 

Se pautando em velocidade no ataque e um vigor físico na defesa, a Portuguesa Santista mais esperou a iniciativa do Comercial em atacar para propor um jogo reativo. Não julgo pois é a características de campeonatos estaduais. Com a bola, os mandantes tentaram construir por meio da manutenção da posse de bola porém, a tensão e a pressão pelo resultado estavam atrapalhando os fundamentos. Quem também estava atrapalhando era o árbitro principal. Muitas faltas, muito apito desnecessário e um postura irritante em campo amarraram a partida. 

Menos aos 36 minutos em que numa jogada de passe em passe e um toque sútil na profundidade nas costas do lateral, o gol da Briosa saí marcado como gol contra. A tensão no estádio aumenta com o gol do visitante e são nesses momentos de maior preocupação. Entretanto, antes do intervalo, aos 43 minutos, num cruzamento rasteiro e gol livre, o Comercial empata lhe dando forças para o segundo tempo. 

Para o segundo tempo, nada mudou a não ser as ceras e as quedas da Briosa para passar o tempo e levar o empate para casa. Mesmo dependendo do resultado, pouco perigo foi criado pelo Comercial a não ser no seu último lance ofensivo, aos 94 minutos, numa finalização de fora da área e no gol do 2x1, da primeira vitória e do alívio para o time de Ribeirão. 

Engraçado que o sentimento era de um escape do rebaixamento.  

23/01/2023

Rodada do final de semana Paulista A2

Diferente da A3, a A2 teve uma evolução na qualidade de jogo inigualável. Isso se dá pela evolução do futebol paulista como um todo. Times na A,B,C e D no campeonato nacional. Além do mais, depois dos jogos da A3, a capacidade de visualizar o jogo e seus traços táticos foram melhores. 

O primeiro jogo, no sábado, foi entre Novorizontino versus Comercial. Dois times que nesse começo de campeonato lutam por coisas diferentes. O Novorizontino pelo acesso e o Comercial, a principio, pelo não rebaixamento. Os mandantes veio na sua clássica formação do Eduardo Baptista: 3-4-3 com a bola e 5-2-3 sem ela. Um time bem compactado e usando bem a amplitude. O Comercial também veio no seu clássico 4-3-3 com a bola e no 4-4-2 sem ela (bem compacto). 

A partida foi de ataque versus defesa. O Comercial sabia que teria uma bola para marcar seu gol e de resto ficar na defensiva. O Novorizontino sabia que a posse de bola teria que ser revertida em finalizações. A última afirmação foi a mais verdadeira embora, a defesa do Comercial tenha feito um papel de resiliência pela maior parte da partida. No segundo tempo, essa constatação se manteve. Porém, com mais investimento e estrutura, o Novorizontino se sobressaiu fisicamente e abriu o placar aos 69 minutos e fechou o 2x0 aos 90. 

A segunda partida da A2 do final de semana foi entre Monte Azul versus Taubaté. Num calor e num dos estádios mais raiz da A2, o Monte Azul precisava ter seus primeiros pontos no campeonato e conseguiu. Porém, não foi fácil. 

Os mandantes vieram no seu clássico 4-2-3-1 com a bola e no 4-4-2 sem ela (porém, as linhas bem desalinhadas). O Taubaté veio no clásico 4-3-3 com e sem a bola numa formação do meio de campo com triângulo. A partida era a clássica de duelos físicos, jogadas aéreas e lançamentos. Poucas jogadas foram de fato pensadas e as buscas pelas falhas dos oponentes era visível. Nisso, rolou o gol do Taubaté aos 39 minutos após uma falha do goleiro no escanteio e gol no rebote. 

Para o segundo tempo, com o calor apertando e as discussões rolando em campo afetaram a qualidade do jogo. Deixando espaços na defesa para se lançar ao ataque, o Taubaté não aproveitou nenhuma chance sequer e deu algumas oportunidades para os mandantes. Aos 67 minutos, após sucessivas falhas de marcação, o Monte Azul empata após o rebote do goleiro. Após isso, com um jogador sendo expulso, o Monte Azul recua e faz cera esperando a partida terminar. 

Condições climáticas afetaram demais a qualidade de ambos as partidas. 

Rodada Paulista A3: Estreia

O Paulista da terceira divisão é bem peculiar pelas condições dos campos, dos estádios e da qualidade técnica dos jogadores. A crítica não é a qualidade técnica, mas sim, uma constatação da forma como o campeonato se dá. Afinal, é uma terceira divisão estadual. Suas particularidades são as estruturas dos estádios, torcedores com características bem diferentes do que seria um comportamento "normal". 

Barretos x Suzano foi a estreia da A3 que fiz na sexta a noite com muita chuva, queda de energia e gramado alagado. O time da casa veio no 4-4-2 sem a bola e no 4-3-3 com a bola (uma variação tática bem recente e comum nas divisões inferiores). O Suzano, recém promovido, jogou no 4-3-3 com e sem a bola. 

O resultado final do jogo foi 0x0. Eu já prefiro falar o placar porque o jogo foi de uma qualidade baixa. Não pelos jogadores em si, mas sim, mas pela chuva que alagou o gramado e não permitiu que as jogadas pensadas e treinadas fossem executadas de maneira adequada. Chances de gol, quase nulas, a não ser uma reclamação dos visitantes em que numa falha do goleiro do Barretos, a bola tinha entrado. 

PS: Estava numa padaria antes do jogo e a comissão de arbitragem estava tomando uma café. Sendo que o árbitro principal comeu um belo de pão com nutella. 

O segundo jogo da rodada da A3, agora no sábado, foi entre Rio Preto versus EC São Bernardo também debaixo de um temporal que poucas vezes vi na vida. De dia, foi necessário ligar refletores. Logo, a qualidade da partida também foi ruim pois a bola não rolava e chutões e carrinhos perigosos deram a tona na partida toda. 

O Rio Preto veio no clássico 4-2-3-1 com a bola e no 4-4-2 sem a bola (não muito compactado). Já o EC São Bernardo também veio no clássico 4-2-3-1 com e sem a bola. 

Como disse, a tempestade complicou demais a qualidade da partida. Porém, espaços na defesa, falhas na cobertura e a marcação por encaixes errados, facilitaram o jogo do São Bernardo. Aproveitando tudo isso, o jogo de pivô e os ataques em velocidade pelos lados fizeram o placar ser de quatro a zero para os visitantes. 

Ruim a estreia do Rio Preto que já teve que ouvir xingamentos de sua torcida. 

20/01/2023

Paulista A1 2023: Botafogo x Palmeiras

Pelo profissionalismo do trabalho, decidi ir como imprensa na partida entre Botafogo de Ribeirão Preto contra o Palmeiras. Estádio lotado ainda me causa certa aflição pelos resquícios da pandemia ainda. Porém, ver duas torcidas, estádio quase dividido e um embate delas com cânticos me fez relembrar da razão por amar esportes. 

Entretanto, havia um motivo muito mais particular para estar presente nessa partida do que propriamente o resultado dela em si: ver Abel Ferreira. Pode parecer prepotência e arrogância de minha parte porém, eu precisava fazer isso por mim. Provavelmente, ele nunca saberá de mim e nem me conhecerá e por isso não consegue ter a dimensão do que fez por mim nos meus piores momentos da depressão. 

Deixando o pessoal de lado, eis aqui minha análise da partida:

A prepotência e arrogância me parece estar do lado da imprensa que cobre os times grandes apenas (essa não será a única crítica ao jornalismo esportivo). Desconsiderar os avanços que certos times do interior de São Paulo vêm fazendo nos últimos anos é, sobretudo, desvalorizar uma peça importante do futebol brasileiro. Já adianto aqui que o Botafogo não jogou melhor e mereceu vencer o Palmeiras porque eles estão treinando desde o dia 19 de novembro. Jogaram o que jogaram hoje porque há um projeto de futebol bem sucedido (acesso à Serie B do Brasileiro) com uma forma de jogar bem sólida nas mãos do Paulo Baier.

O Botafogo jogou no seu clássico 3-4-3 com a bola (usando a saída de três com três zagueiros) e 5-4-1 bem compacto sem a bola. Já o Palmeiras jogou na forma como o Abel montou o time de 2022: ora um 4-4-2 ora um 4-2-3-1 sem a bola e um 3-2-5 com a bola (pelo meu entendimento, talvez eu esteja errado). 

A dinâmica da partida foi simples de entender: Botafogo compactado, usando do jogo físico para quebrar as ofensividades do Palmeiras e fazendo, na sua linha de 4 defensores no meio, uma marcação por encaixes enquanto a linha de 5 era o ônibus estacionado. No ataque, o Botafogo apostou na marcação em bloco baixo para uma tentativa de recuperação e virar uma transição ofensiva com uma altíssima velocidade. E isso resultou nas chances criadas principalmente pelos espaços deixados por Piquerez. Isso foi o jogo inteiro. 

Já o Palmeiras, tinha uma proposta de jogo pela manutenção de bola (que foi totalmente anulada pelos mandantes), jogar na amplitude para alargar a linha de 5 defensores e gerar espaços (porém, a falta de jogo entre linhas brecou essa ofensividade) e por fim, usar e abusar de lançamentos, cruzamentos e viradas de jogo (por ser começo de temporada, houve falta de precisão na técnica desses fundamentos). 

O azar do Botafogo foi ter enfrentado Weverton e Gomez como defensores. Eles seguraram tudo o que chegou no gol. 

A sorte do Palmeiras foi por ter jogadores que decidem quando podem: e a recuperação de bola no campo ofensivo de Veiga e sua finalização de fora da área fez o um a zero no placar. 

Ao final da partida, com o credenciamento de imprensa, participei da coletiva de ambos os técnicos. Confesso que a emoção por dentro cantava dentro de mim mas a esperança de segurar o microfone e fazer uma pergunta para o Abel era maior. Infelizmente, minha timidez e falta de iniciativa fez com que eu não conseguisse pedir a palavra. Além do mais, a rapidez com que ele concedeu a entrevista para voltar rápido a São Paulo e a monopolização do microfone para quem detém os direitos de transmissão e para quem tem "trânsito" na profissão, fizeram com o que eu não pudesse, de forma alguma, ter algum contato. E nisso fica mais uma crítica, pois em sua coletiva, a única pergunta que de fato poderia render alguma análise sobre foi "como repor no time uma peça tão importante como Danilo foi". De fato, Danilo fez falta hoje pela sua construção de jogo e o Abel até o cita como um Playmaker (o criador de jogadas). De resto, tudo baboseira e proselitismo principalmente em perguntas como se ele assumiria a seleção (foi nessa pergunta que a minha poderia ter sido feita).

Por falar nisso, ela seria uma dúvida sobre o posicionamento do time com a bola: se na minha análise, estaria correto dizer que o time do Palmeiras jogava num 4-2-3-1 em bloco baixo e no 3-2-5 em bloco alto. Ficarei sem a resposta e com esse eterno questionamento. Abel saiu da sala da mesma forma como entrou: mais rápido que Rony em suas correrias para recuperar uma bola. 

Após a saída de Abel, das cinco câmeras profissionais que contei, todas saíram. A imprensa detentora dos direitos televisivos para a Tv fechada também saiu e ficaram apenas a imprensa local para a coletiva de Paulo Baier. 

O clima na sua entrevista era de contentamento pelo rendimento do time e frustração por não ter saído com um empate pelo menos. Foram 6 grandes chances criadas mas preciso dizer novamente: pararam em Weverton e Gomez. As perguntas para o técnico do Botafogo foram mais no sentido do que levar de positivo da partida, o quão frustrante foi a derrota e reforços que não jogaram ainda por conta de lesões. 

Diferente da entrevista do Abel, nessa eu criei coragem e pedi o microfone. Minha pergunta foi se além da transição ofensiva em velocidade, se o espaços gerados pelo lado do Piquerez e consequentemente a ocupação deles foi a outra estratégia do time. Paulo respondeu que sim, já que Marcos Rocha fica como um terceiro zagueiro e Piquerez vira um ala no esquema do 3-2-5 de Abel. Com isso, confirma-se a minha análise que deu o caminho para os ataques do time de Ribeirão. 

Por fim, não criei nenhuma expectativa por fotos ou autógrafos de Abel Ferreira. A única coisa que gostaria era de vê-lo. Ver quem me salvou, ver quem de fato foi a luz no fim do túnel e estar há 3 ou quatro metros dele já foi mais do que suficiente. 

PS: o cara é bonito mesmo.  

19/01/2023

Paulista A2 2023: Grêmio Novorizontino x Monte Azul

A segunda rodada da A2 parece ja ter nos dado alguns prognósticos do que pode vir a ser nessa temporada. Times que farão algo ou que lutarão por coisas distintas. Grêmio Novorizontino e Monte Azul fizeram o duelo da noite dessa quarta feira talvez por destinos opostos. A previsão da partida seria amplo domínio dos mandantes sob os visitantes. 

O Novorizontino veio na tradicional plataforma de jogo usado pelo seu novo técnico (Eduardo Baptista), o 5-2-3 sem a bola e o 3-2-5 com a bola fazendo muito a utilização dos meias jogando entre as linhas de marcação. Já o Monte Azul, veio da mesma forma que na primeira rodada: um 4-4-2 sem a bola (bem compacto dessa vez) e um 4-2-3-1 com a bola fazendo uso da saída de 3 com dois zagueiros e um volante.

O primeiro tempo foi claro para nos dar a tônica de que como seria o jogo: Novorizontino com a posse de bola e o Monte Azul tentando a transição rápida pelos lados do campo para aproveitar os espaços deixados pelos três zagueiros. E foi isso que aconteceu no primeiro gol dos mandantes: com duas linhas de 4 bem compactadas do Monte Azul, o Novorizontino fazia o jogo entre linhas e buscava passes em profundidades para busca os espaços vazios. E foi nessa situação que o pênalti foi feito. Porém, a estratégia ofensiva dos visitantes também deu certo. Numa recuperação de bola rápida, um lançamento no vazio fez o atacante ficar cara a cara com o goleiro e empatar o jogo. 

Para o segundo tempo, as mesmas plataforma de jogo foram mantidas. A única mudança foi no comportamento da primeira linha de 4 do Monte Azul: uma marcação por encaixes para tentar coibir o jogo de amplitude dos mandantes. Não deu muito certo. A ofensividade do Novorizontino se sobressaiu e o 2x1 veio num cruzamento para área. Além disso, bolas na trave e grandes defesas do goleiro visitante foram feitas no segundo tempo. Pouco perigo foi oferecido pelo Monte Azul. 

Resultado deixou o Monte Azul na lanterna da A2.

15/01/2023

Paulista A2 2023: Monte Azul x Oeste

Mais uma estreia na A2. Agora na minha cidade preferida para trabalhar: Monte Azul. As expectativas sempre são de partidas em que o mandante possui mais a posse de bola e o visitante no jogo reativo. Porém, no dia de hoje houve uma mudança nesse aspecto e explico por que.

O Monte Azul veio no clássico 4-4-2 sem a bola e o 4-2-3-1 com ela (utilizando da saída de 3 com dois zagueiros e um volante).O Oeste de Barueri veio da mesma forma, 4-4-2 sem a bola e 4-2-3-1 com ela (porém, usando uma saída sustentada sem ser a saída de 3). 

O primeiro tempo houve dois momentos: nos minutos iniciais, muita pressão do Monte Azul para abrir o placar. Com seu 4-2-3-1 clássico, pressionava a saída de bola do Oeste e fez o goleiro trabalhar. O segundo momento foi um amplo domínio do time de Barueri ao explorar espaços e as costas dos dois laterais do Monte Azul. Nisso, abriu dois gols: um aos 26 minutos num escanteio e o segundo aos 34 de pênalti. 

Para o segundo tempo, ambos os times voltaram com as mesmas plataformas e com o mesmo ritmo de jogo. Mesmo assim, o Monte Azul diminui o placar num contra ataque veloz e numa situação de um contra um faz o 2x1 aos 56 minutos. Porém, ao tentar o empate, o time que era exposto ficou mais. Não conseguiu realizar mais ataques e nem conseguiu segurar a pressão do Oeste que aos 81, 88 e aos 91 ampliou o placar para 5x1 com dois gols de cabeça em que o cruzamento foi feito sem pressão e as cabeçadas sem marcação. 

Um começo ruim para o Azulão. Mas é só a primeira partida. 


14/01/2023

Paulista A2 2023: Comercial x Linense

 A primeira partida da temporada profissional é sempre especial. Marca caminhos, prospecções futuras e tentativas de pescar algumas novidades em campo. No Paulista A2, a novidade está sendo mais fora de campo: venda do nome para a Kia, transmissões em Tv aberta e fechada e maior organização fora dela. 

Em campo, dois velhos conhecidos do interior do Estado: Comercial (recém ascendente) e Linense fizeram suas partidas de estreia. Claro que desconsiderando ser a primeira partida da temporada, não vi muitas novidades dentro de campo quanto menos de comportamentos táticos. 

O Comercial manteve seu padrão tático da última temporada. Manteve seu treinador e seus staffs e veio no habitual 4-3-3 com a bola, se utilizando da saída de 3 (com dois zagueiros e um lateral) e fazendo uso de um jogo vertical e veloz. Sem a bola veio no 4-1-4-1 que nada mais é do que uma variação rápida do 4-3-3. O time de Lins, veio no 4-4-2 sem a bola com marcações em encaixes e no 4-2-3-1 com a bola também usando uma saída de três com dois zagueiros e um lateral. 

A partida teve apenas uma tônica: dois tempos. Pode parecer redundante porém, cada time foi melhor em cada tempo. No primeiro tempo, Comercial foi melhor pois conseguiu ser veloz na sua verticalidade e aproveitou espaços deixados pela marcação por encaixes do Linense. O único impeditivo para o gol foi o goleiro visitante que fez defesas incríveis. 

Já no segundo tempo, ambos os times voltaram com a mesma plataforma de jogo com apenas uma mudança comportamental dos visitantes: abdicou da marcação por encaixes. Com essa mudança, o time passou a jogar melhor, tirou a velocidade do time da casa e com mais posse, passou a atacar mais embora, não tenha tido muito perigo. 

Apesar das substituições, nada mais foi feito para tirar o placar do 0x0.