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14/11/2022

Brasil Ladies Cup - Dia 06

A última rodada do grupo B fornecia mais expectativas do que a do grupo A simplesmente porque havia a possibilidade grande de três times passarem para a final. Tudo podia ser resolvido na primeira partida e foi.

A primeira partida foi entre Palmeiras x Internacional. As paulistas precisavam de uma vitória para sonhar com a classificação enquanto as gaúchas precisavam de uma vitória para sacramentar a classificação. O Palmeiras chegou a mudar sua plataforma de jogo para o 4-4-2 sem a bola e para o 4-3-3 com a bola abdicando da linha de 5. Ja o Inter se manteve em sua plataforma: no 4-4-2 sem a bola e com ela mantendo duas alas abertas. O primeiro tempo até que foi equlibrado porém, o segundo foi mellhor apenas para um time. Com um começo de segundo tempo fulminante, o Inter acabou com a partida marcando um gol aos 46 e o segundo aos 49. Depois, ampliou aos 66 e sacramentou a sua goleada e a classificação para a final aos 81.

No segundo jogo do dia era para ser o definitivo. Porém, com a classificaçao do Inter, já não valia mais nada. Santos x Atlético de Madrid duelaram. o Santos veio no 4-4-2 sem a bola e no 4-3-3 com ela e o Atlético veio no 3-4-3 com a bola e no 5-4-1 sem ela. Mesmo tendo uma linha de 5, as madrilenhas forneceram muitos espaços para a amplitude e viradas de jogo das santistas. O Santos abriu o placar aos 17 e aos 36 porém, cedeu o empate aos 54 e aos 82 em duas bolas paradas. Porém, o time da baixada santista fez o 3x2 aos 84 com outro gol de cabeça.

A final será entre Flamengo x Internacional na terça. 

12/11/2022

Brasil Ladies Cup - Dia 05

Mais um dia exaustivo de competição sob forte calor e sob muito barulho por causa de uma festa universitária ao lado do estádio. Hoje o dia foi bem cansativo e nada produtivo. A última rodada do grupo A estava quase definida. O Flamengo passou a final. 

O primeiro jogo do dia foi entre São Paulo e Universidad do Chile. Era preciso que o time paulista goleasse e torcesse para uma derrota do Flamengo. As paulistas vieram no 4-3-3 com a bola e no 4-4-2 sem a bola. Já as chilenas vieram no 4-1-3-2 com a bola e variaram a defesa para o 5-3-2. Mesmo com uma linha de 5, a La U ofereceu bastante espaços na amplitude para o São Paulo e foi nessa situação que elas abriram 2x0 no primeiro tempo: um gol de pênalti aos 15 e outra finalização cruzada aos 43. Para o segundo tempo, ambos os times voltaram com a mesma formação. O São Paulo com mais intensidade para tentar ampliar não conseguiu ser tão efetivo e só fez mais um gol e, portanto, dificultando sua classifição. 

Na segunda partida, o Flamengo precisava perder de até 4 gols para perder a classificação para o São Paulo. Num jogo contra a Ferroviária, a tônica foi de minar a partida até seu apito final. Devido a isso, o jogo perdeu em qualidade, técnica e interesse de ambas as equipes em atacar. A Ferroviária veio no 4-4-2 sem a bola e no 4-3-3 com ela e, o Flamengo veio no 4-2-3-1 com e sem a bola. Logo aos 8 minutos de jogo a partida foi definida após o 1x0 do Flamengo numa jogada ensaiada de escanteio e uma finalização de fora da área. Depois disso, nada mais ocorreu. 

Amanhã decidirá o grupo B. 

Brasil Ladies Cup - Dia 04

No quarto dia de campeonato, deu pra perceber que as disputas ficaram mais intensas devido a se ter apenas uma vaga por grupo para disputar a final. Nesse quarto dia, o grupo mais equilibrado entrou em campo e para já me adiantar ficou mais equilibrado. 

A primeira partida foi entre Atlético de Madrid x Palmeiras. As espanholas vieram no 4-2-3-1 com a bola, a estilo clássico e, no 4-4-2 sem a bola. Já as alviverdes vieram no 3-4-3 com a bola e no 5-4-1 sem ela fazendo o tal do esquema sanfona. Durante o primeiro tempo, o time brasileiro foi melhor. Mantendo sua proposta reativa de jogo, as palestrinas tiveram as melhores chances e perigos mesmo tendo uma posse de bola menor. O único gol do jogo saiu de uma falta na entrada da área, ocasionada após um desarme com pressão alta na saída de bola do time de Madrid aos 24 minutos de jogo. Para o segundo tempo, mesmo ambos os times mantendo sua plataforma de jogo, o Atlético de Madrid se mostrou melhor. Com mais ataques e com uma bola na trave que poderia dar o empate, não foi o sufuciente para que as espanholas pudessem sair com algo melhor.

A segunda partida da noite, eu considero como ser a melhor do torneio até agora: Santos x Internacional. Essa partida era tudo para as santistas pois uma vitória lhe dava a vaga. Porém, do outro lado se encontrou com o Inter bem postado defensivamente para parar o ataque santista. O Santos veio no 4-2-3-1 com a bola usando muito a Cris como pivô e pontas velozes e, no 4-4-2 sem ela. Já o Inter veio no 4-4-2 sem a bola bem compacto e tentando tiraram a velocidade do Santos e, no 4-3-3 triângulo com a bola. No primeiro tempo, a intensidade do jogo era alta assim como sua competitividade. O Santos era melhor pois criava e sempre chegava com um repertório ofensivo. Porém, esbarrava na tenaz defesa do Inter que conseguia tirar os espaços e amplitude além de ter uma noite excelente de sua goleira. O Inter sai na frente após uma jogada em transição rápida, passe em profundidade e o dibre na goleira para fazer o 0x1 aos 33 minutos de jogo. No segundo tempo, ambas mantiveram sua plataformas. O Inter recua ainda mais e gasta o tempo tentando minar não só o ataque santista mas a mentalidade também. Apesar de ter um gol anulado e uma bola na trave, o Santos teve as melhores oportunidades mas novamente parou na excelente goleira do Inter.

A definição ficou para a última rodada num grupo embolado.  

11/11/2022

Brasil Ladies Cup - Dia 03

O terceiro dia de partidas da Brasil Ladies Cup já teve um cárater mais competitivo por ser uma vaga apenas em disputa. A mobilização ainda segue baixa mesmo com times grandes na disputa. 

A primeira partida do dia foi entre os times que perderam a primeira rodada: Ferroviária x Univerisad do Chile. Ambas precisavam ganha com um placar expressivo para se manterem com chances remotas de classificação na última rodada. Porém, não foi isso que o ocorreu.  A Ferroviária veio no seu clássico 4-4-2 sem a bola e no 4-3-3 com a ela; já a La U veio 4-4-2 sem a bola também porém, no 4-1-3-2 com a bola. O primeiro tempo foi de amplo dominio da Ferroviaria aproveitando os espaços e criando jogadas velozes e em profundidade. Foi por essa características em que se deu o seu gol aos 23 minutos: jogada em transição rapída e em profundidade para a finalização cara a cara com a goleira. Para o segundo tempo, a La U muda seu esquema para o 4-3-3 com e sem a bola para tentar algo diferente. Porém, com um calor extremo e com um jogo totalmete amparado em faltas e em laterias (houve 75 laterais na partida), o resultado terminou em 1x0 para as brasileira. Com isso, a La U não tem mais chances de classificação. 

A segunda partida do dia foi o clássico brasileiro entre Flamengo e São Paulo. Isso definiria o futuro do grupo caso houvesse uma vitória expressiva de um deles. E foi isso que ocorreu. O Flamengo veio no 4-4-2 sem a bola bem compacto e no 4-2-3-1 clássico com a bola mas sendo mais reativo que propositivo. Já o São Paulo também veio no 4-4-2 sem a bola mas num 4-3-3 com ela. No primeiro tempo, com a posse de bola com relativa margem para o São Paulo, o Flamengo tinha uma única proposta: defesa forte e ataque na transição raída ccom pressão alta. Foi ai que a partida terminou. Com sua pressão alta e forte na saída de bola do São Paulo, o time carioca obteve dois gols. Rápida pressão, desarme no campo ofensivo e finalização deram o tom dos três gols da partida: aos 13, aos 68 e aos 73 minutos de jogo. 

Para a última rodada, a Ferroviária terá que ganhar do Flamengo com no mínimo de 5 gols de diferença para passar a final. 

10/11/2022

Brasil Ladies Cup - Dia 2

No segundo dia do torneio, um novo estádio e um mesmo sentimento: pouca adesão e marketing a competição. No lendário estádio do XV de Jaú tivemos dois jogos: um clássico da saudade e um duelo internacional. Palmeiras x Santos e Internacional x Atlético de Madrid deram a letra hoje. 

No primeiro jogo, um massacre. 5x0 para o Santos. Jogando melhor e com ações ofensivas e comportamentais mais eficientes, o Santos dominou o jogo de ponta a ponta. Veio no 4-3-3 com a bola fazendo uma saída de 3 e num 4-4-2 sem a bola. Muito bem treinado e com Cris ditando o ataque o Santos não teve dificuldades para furar o 5-4-1 sem a bola do Palmeiras desfalcado. Tentando fazer um 3-4-3 e jogando no contra ataque, nada deu certo ao Palmeiras. Os gols de jogadas ensaiadas e jogadas em profundidade formaram as características principais da goleada santista. Mesmo mudando no segundo tempo para o 4-4-2 sem a bola e 4-3-3 com ela para tentar espelhar o jogo do Santos, nada deu certo ao time da capital. 

No segundo jogo do dia, o melhor jogo do torneio até aqui: Atlético de Madrid x Internacional. De fato, o futebol feminino europeu se encontra mais desenvolvido que o sulamericano. Os comportamentos táticos e as tomadas de decisão das jogadoras do time espanhol parecia uma orquestra. O Inter veio recuado. Jogou num 4-4-2 sem a bola em bloco baixo e bem compacto e num 4-3-3 quase imperceptível pois abidicava da bola. Já o Atleti veio no 4-2-3-1 com a bola e no 4-4-2 sem bola marcando em pressão com bloco alto. As espanholas dominaram a partida. Logo abriram o placar numa falta cobrada. Tendo mais posse de bola, controlava o jogo até ceder o empate aos 31 minutos de jogo. Passa a frente no placar numa jogada de escanteio (mesmo tendo 1/3 do número de escanteio do Inter) mas cede o empate numa finalização de fora da área e falha da goleira. 

Para o segundo tempo, ambas as equipes voltaram com as mesmas plataformas. Porém, o Inter tentava ficar mais com a posse de bola e isso equilibrou o jogo. Mesmo assim, o Atlético faz 3x2 em outro gol de cabeça e ao fim da partida o Inter empata com Fabi Simões em uma finalização fora da área. 

Amanhã terá mais dois jogos.  

08/11/2022

Brasil ladies Cup - Dia 01

Um torneio de futebol feminino sempre será e é bem vindo, ainda mais com a evolução desse esporte progredindo. Porém, alguns fatos nos dão conta que não é só preciso criar torneios para a disputa mas sim todo um arsenal comercial, de marketing e um chamativo para tal competição. 

O que vi nesse primeiro dia foi mais erros na organização do que acertos. Atrair publico para esse torneio deveria ser o principal objetivo, bem como, condições necessárias para que a competição fosse realizada com os times possuindo todas as suas atletas em mãos (o torneio está sendo realizado ao mesmo tempo da data FIFA). 

O primeiro jogo do dia, a abertura do campeonato, foi entre Univeridad do Chile e Flamengo. Expectativa era de uma partida relativamente fácil para o Flamengo. Engano meu. O time das chilenas vieram num clássico sem a bola do 4-4-2 e num ousado 4-2-2-2 com a bola bem móvel e veloz. Já o Flamengo veio no usual 4-2-3-1 com e sem a bola. A posse de bola era maior para as chilenas que pressionavam a saída de bola do Flamengo (resultou no gol de empate) porém, eram deficitárias na marcação pelos lados, principalmente em jogadas aéreas (que foi por onde aconteceram o primeiro e segundo gol do Flamengo). 

No segundo tempo, ambos os times mantiveram suas plataformas. Entretanto, com duas subsituições, o Flamengo passou a errar menos na saída de bola e começou a manter mais a posse de bola no ataque. O 3x1 foi sacramentado num contra ataque mortal. 


A segunda partida do dia foi um clássico paulista do futebol feminino. São Paulo x Ferroviária. Ambos os times vieram com a mesma plataforma de jogo: um 4-4-2 sem a bola com suas linhas bem próximas e um 4-3-3 com a bola. A diferença era que o São Paulo usava uma saída sustentada e a Ferroviária usava uma saída de 3. Jogo bem jogado. Ferroviária com mais posse de bola e São Paulo marcando baixo. Os gols saíram de pênalti: aos 17 1x0 São Paulo e aos 22 minutos com o 1x1 da Ferroviária. Assim, as paulistanas começaram a marcar a saída de bola da Ferroviária e isso resultou num erro da Goleira e acabou acarretando o 2x1 para o São Paulo. 

No segundo tempo, as mesmas formações foram mantidas. O São Paulo recua mais e agride na marcação em bloco médio baixo. Com a necessidade do resultado, a Ferroviária deixou espaços aproveitados pelas oponentes para marcar o 3x1. 


Amanhã haverá mais dois jogos por aqui. 

26/09/2022

Brasileiro Série C: Mirassol x Aparecidense: jogo do acesso

Mais uma vez digo aqui: um estádio lotado é um acalento para o coração pois o futebol vive e respira. No jogo mais importante da história do Mirassol, a festa não podia ser diferente antes e durante a partida. Embora tenha desenvolvido uma fobia de pessoas e aglomerações (muito por conta da pandemia), ver a muvuca e a festa dos mandantes foi legal, me fez pulsar. 

Mirassol e Aparecidense de Goiás fizeram o jogo do acesso da série C para a série B. Quem vencesse, subiria. Se empatasse ou perdesse, o Mirassol dependeria do jogo entre Volta Redonda x Botafogo SP. Se empatasse ou perdesse, a Aparecidense estaria eliminada. 

Além do mais, a conjectura atual da nossa política teve reflexos nas arquibancadas. O ódio e a violência dos discursos ainda são presentes e demorará tempo para que isso possa cessar. Apesar disso, fazia tempo que eu presenciava uma partida com intensidade alta por se tratar de uma "final". 

O Mirassol veio no seu clássico 4-1-4-1 com e sem a bola (embora houvesse uma leve transformação para o 4-4-2 sem a bola). Já a Aparecidense veio no 4-2-3-1 sem a bola (estilo clássico) e no 3-2-5 com a bola fazendo uma saída de 3 com dois zagueiros e um lateral. 

Qualquer análise sobre qualquer partida já é alterada quando o primeiro gol acontece aos 50 segundos de jogo. Foi isso o que rolou para azar da Aparecidense e para a sorte do Mirassol. Com o 1x0, acreditei que o Mirassol pudesse recuar e tentar jogar com esse resultado. Porém, logo aos 10 minutos, veio o empate da Aparecidense com uma finalização de fora da área. Com o empate e o Botafogo vencendo o Volta Redonda, quem estava subindo eram os dois times de São Paulo. Mesmo assim, nada se alterou no jogo: os dois times com a posse de bola iguais, embora as melhores chances eram criadas a partir de desarmes obtidos no campo ofensivo e tentativa de ter uma transição rápida. 

Essa dinâmica continuou no segundo tempo. Com a manutenção das mesmas plataformas de jogo, o resultado e a performance não mudou. Tendo o resultado em mãos, o Mirassol era mais leve e assim numa jogada em profundidade, e cruzamento rasteiro, o Mirassol faz o 2x1 aos 65 minutos de jogo enquanto o Botafogo fazia 2x0 no RJ. Após o segundo gol, o Mirassol recua e joga num 4-4-2 bem compacto sem a bola e se protege de qualquer ação ofensiva do time goiano. 

O acesso foi garantido, assim como a festa. Aproveitei a deixa e consegui deixar o estádio e a cidade sem trânsito. 

Parabéns Mirassol. 

13/09/2022

Brasileiro Série C: Mirassol x Volta Redonda

É sempre de bom grado estar presente num estádio lotado para partidas importantes. Apesar da fobia de aglomerações que vivo por causa da pandemia, é sempre especial um estádio em festa. Porém, venho salientando que não gosto de clima de festa antes do jogo. 

A segunda fase da Série C requer atenção, estabilidade e muita consciência comportamental durante o jogo. A questão aqui é saber respeitar os momentos de cada partida. O que aconteceu na partida entre Mirassol x Volta Redonda pela quarta rodada da segunda fase reflete exatamente isso. 

Um confronto entre líder e lanterna do grupo requer atenção e foi isso que decidiu o jogo ou a falta dela. O Mirassol veio no seu comportamento tático do 4-1-4-1 com e sem a bola, utilizando a amplitude na fase ofensiva e uma saída de 3 (2+1) com dois zagueiros e um volante. O Volta Redonda veio também na plataforma de costume do 4-2-3-1 com e sem a bola bem clássico: marcação por encaixes, bolas longas e cruzamentos. 

A princípio o Mirassol era o favorito para ganhar e começou com a posse de bola e empurrando a linha de defesa do Volta Redonda para trás. Criava chances mas sem grandes sustos até que num rebote do goleiro do Voltaço fez o placar ser aberto em 1x0. A partir daí, o Mirassol recua e passa a tentar um jogo reativo para buscar espaços que provavelmente o time visitante pudesse dar. Mas o contrário aconteceu, o Volta Redonda abdicou da bola mesmo atrás do placar e lutava por uma bola. Essa bola veio aos 42 minutos de jogo com a única jogada criada pelo time: uma triangulação pelo meio e finalização por fora da area. 

Para o segundo tempo, ambos os times voltaram com as mesmas formações, ações e comportamentos. O que foi ruim para o Mirassol pois não se atentava que a partida só terminaria no apito final. Logo aos 63 minutos de jogo, em uma jogada trabalhada pela amplitude, uma finalização e um golpe de vista errado do goleiro fez o Mirassol passar a frente no placar. Ao tentar recuar mais uma vez, o Mirassol é pego de surpresa mais uma vez e repete o esquema do primeiro tempo. Aos 77, na única chance do segundo tempo, num cruzamento, o Volta Redonda empata mais uma vez. 

Ao tentar prever que o jogo terminaria empatado eu estava certo e errado. Certo porque terminou empatado e errado porque o placar não foi 2x2 e sim 3x3. Aos 82, num bate e rebate na área, o lateral esquerdo cabeceia para o gol para explodir o estádio. Porém, aos 95 minutos (acréscimo por causa do VAR), numa bola parada, o Volta Redonda empata num gol contra de cabeça. 

Resultado pior para o Mirassol e pouco ruim para o Volta Redonda. 

O grupo está aberto. 

23/08/2022

Paulista Sub 23 e Copa Paulista

Essa semana foi de muito trabalho. Dentre os tantos jogos, uma partida me chamou mais atenção. Grêmio Pudente e Itararé fizeram o jogo de volta das quartas de finais da quarta divisão paulista. O estádio Prudentão é o mesmo em que Ronaldo fenômeno fez a torcida quebrar o alambrado num derby e o mesmo estádio onde em outro dérby, Obina fez um hat trick. Cheio de emoções, o estádio é o maior em que trabalhei. Muito longa a distância das cabines para o campo de jogo no que me fez utilizar de um binóculo para capturar as nuances do jogo. 

A primeira partida foi de 3x0 para o Grêmio Prudente. Assim, Itararé precisava marcar quatro gols para avançar. Tarefa difícil por causa do time que o Grêmio Prudente é: bem ciente do que faz, jogava no 3-5-2 com e sem a bola quase que num 3-4-3 com a bola com muita intensidade e controle do jogo. Já o Itararé veio no 4-3-3 sem a bola ora 4-4-2 e no 3-4-3 com a bola usando a saída de 3 com dois zagueiros mais o lateral direito. 

Apesar de precisar de quatro gols, o Itararé foi amplamente dominado na partida inteira. Sem conseguir ter a bola e fazer uma transição ofensiva para pegar a defesa dos mandantes aberta, o Itararé sofreu demais e deixou o Grêmio Prudente agir. Com sua ofensividade baseada na intensidade, facões e jogadas em profundidade, os mandantes abriram o placar aos 4 minutos do segundo tempo. A partir dai, começaram a marcar no 4-4-2 e praticamente encerrou o jogo. Aos 86 minutos, numa saída errada do goleiro do Prudente, o Itararé empata mas logo aos 90, numa jogada lateral, o Grêmio Prudente encerra a partida fazendo um 2x1 e se classificando para as semis. 

A outra partida foi realizada na segunda feira dia 22/08 entre Botafogo x Sertãozinho pela Copa Paulista. Partida que era um jogo de seis pontos no duelo pela segunda posição do grupo. Jogando em casa, o Botafogo mudou sua forma de jogar e jogou no 4-2-3-1 com e sem a bola num estilo bem clássico. Já o Sertãozinho, abriu mão de sua linha de 5 e jogou também no 4-2-3-1 mesmo estando atuando num campo maior que seu estádio. A qualidade do jogo foi bem ruim. Ao estilo clássico de chutões, embates físicos e pouca ofensividade de ambas as partes, a partida se encaminhava para o zero a zero até que o gol saiu (e só poderia sair de bola parada) num pênalti para o Sertãozinho aos 78 minutos de jogo. Após o gol tomado, o Sertãozinho recua e joga no 5-4-1 e o Botafogo para empatar faz seu tradicional 3-2-5. Porém, não surtiu efeito e o jogo terminou com derrota e com os visitantes assumindo a segunda colocação. 

15/08/2022

Copa Paulista: Sertãozinho x Marília

Num podcast sobre a seleção brasileira, o técnico Tite disse que defender com uma linha de cinco jogadores é muito diferente de quando um dos pontas fecha o corredor e "vira" uma linha de cinco. Esse foi o meu entendimento da partida entre Sertãozinho e Marília pela Copa Paulista neste último sábado. 

Digo isso porque o Marília veio defendendo com um 4-4-2 sem a bola e muitas vezes em bloco baixo, o seu ponta esquerdo fechava como se fosse uma linha de 5 mas não era pois ele não "se alinhava" aos outros 4 defensores. Mesmo o Sertãozinho atacando no 4-2-3-1, a defesa do Marília fazia esse movimento pensando em evitar cruzamentos. Com a bola, o Marília jogava no 3-4-3 usando três zagueiros e o Sertãozinho também se defendia no 4-4-2 e quando era pressão baixa virava uma linha de 5. 

O primeiro tempo foi como esperado: em um campo de dimensões reduzidas, a força física e os embates pelos mínimos embates davam o tom do jogo. Poucas inspirações e muito suor, defesas se sobrepondo e jogadas truncadas, nada de muita manutenção da posse de bola e os dois times usando o jogo reativo apesar do Sertãozinho precisar do resultado e ser o mandante. 

Para o segundo tempo, mesmo com o zero a zero, as plataformas de jogo foram mantidas e assim, um único pensamento era plausível: seria um jogo com gols a partir de erros. Dito e feito. Aos 48 minutos de jogo, após um erro na saída de bola do Sertãozinho, o Marília aproveitou para abrir o placar. Porém, logo após o gol, o Marília teve um jogador expulso e mudou o parâmetro. Marcando no 4-4-1 e atacando no 3-4-2 mantendo a saída de 3, o Marília logo cedeu o empate num cruzamento (algo que eles queriam tanto evitar) aos 51 minutos. 

Para tentar a vitória, o Sertãozinho alterou sua forma de atacar para o 4-3-3. Mesmo assim, pouco finalizou e o jogo terminou empatado num sábado de estádio com 250 pessoas. 

31/07/2022

Copa Paulista e Brasileiro Série C

Esse final de semana foi de partidas importantes para ambos os times de futebol masculino da cidade de Ribeirão Preto. Comercial e Botafogo encararam jogos que decidiriam seus futuros no segundo semestre. O primeiro pela Copa Paulista e o segundo pela Série C do Brasileiro. 

No sábado, o Comercial reviveu a final da terceira divisão paulista ao encarar o Noroeste de Bauru. Ambos os times precisavam muito da vitória para continuar sonhando com a classificação à próxima fase do torneio. Por conta disso, a expectativa era de uma partida intensa e cheia de enfrentamentos físicos. O time de mandante veio mudado: abdicou do seu habitual 4-3-3 com a bola e passou a jogar no 4-4-2 losango com dois atacantes e laterais ajudando mais pela construção por dentro do que pelos lados. Sem a bola manteve seu 4-3-3. Já o Noroeste, time bem diferente da A3, veio no 4-2-3-1 com a bola e 4-4-2 sem a bola. 

O primeiro tempo foi muito movimentado. Com mais ações ofensivas e intensidade, o Comercial terminou com 2 a 1 no placar abrindo dois a zero com dois gols bem parecidos. Jogadas na profundidade e cruzamento para que o camisa nove cabeceasse duas vezes para fazer os gols. Porém, em um pênalti, o Noroeste descontou. 

Para o segundo tempo, o Comercial foi o mesmo em suas plataformas mas o Noroeste mudou sua forma de marcar: agora veio no 4-2-3-1 e igualou as chances criadas. Com os sistemas defensivos de ambos os times tendo muitas falhas como dificuldade de recompor linhas, não encaixes e muitos espaços oferecidos,  a partida virou um ataque versus ataque. Assim, o Noroeste empata em mais um pênalti aos 80 minutos; o Comercial faz o 3x2 aos 86 em bola parada e numa falta aos 90 minutos, o Noroeste empata. 

Pela igualdade de forças, o empate foi a melhor coisa. 

No domingo, uma partida de seis pontos. Botafogo e Volta Redonda se enfrentam há tempos na Série C. Na manhã quente duelaram para se fortalecerem no G8 do nacional. Precisando mais da vitória o Botafogo veio numa "metamorfose tática". Em minha leitura jogou no 3-4-3 com a bola, realizando a saída de 3 com um volante entre os zagueiros e marcou ora no 5-2-3 em bloco baixo e no 4-3-3 em bloco alto. O Volta Redonda veio no 4-2-3-1 com a bola ora era um 3-4-3 também usando uma saída de 3 e marcava no 4-1-4-1. 

O primeiro tempo foi de amplo domínio dos mandantes. Apesar da posse de bola, o Botafogo oferecia perigo nas transições rápidas. Da mesma forma jogava o Voltaço porém, era mais recuado e reativo. A "metamorfose tática" fazia com que os jogadores do Botafogo jogasse como se fosse uma sanfona e isso confundiu bastante o time carioca. O Botafogo abriu o placar aos 26 minutos de pênalti, após jogada em transição rápida. 

No segundo tempo, o Botafogo manteve sua ideia e plataformas assim como o Volta Redonda. Nada de muita coisa relevante se deu no segundo tempo além da manutenção do domínio de jogo pelo Botafogo. A vantagem no placar aumentou após ótima jogada em velocidade pelo lado esquerdo, passe para trás pegando toda a defesa no contra pé e finalização cruzada. Após isso, o Botafogo recua, tenta manter a energia e esperar o fim do jogo. Porém, aos 91 minutos, em triangulação pela esquerda, o Volta Redonda desconta e põe pressão no final do jogo sem alterar o placar. 

O resultado de 2x1 confirma o Botafogo no G8. 

17/07/2022

Paulista Quarta Divisão: Inter de Bebedouro x Taquaritinga

A segunda fase da quarta divisão nos revela partidas mais tensas, equilibradas e com marcações fortes para assegurar resultados. Mesmo num clássico regional, a tensão é grande e como é gostoso um estádio com duas torcidas. 

Internacional de Bebedouro e Taquaritinga são times separados por apenas 60km de distância e que já algum tempo possuem embates na Bezinha. Fizeram o jogo de ida do primeiro turno da segunda fase em que ambos precisavam muito de uma vitória. 

A Inter veio no 4-2-3-1 clássico com e sem a bola nas tentativas ofensivas mais por bolas longas e cruzamentos e defesa em linha baixa e com forte marcação por encaixe. O Taquaritinga por sua vez, veio no 4-4-2 sem a bola com linha baixa e ora marcando pressão e no 4-3-3 com a ideia de uma transição rápida usando dois pontas e um centroavante fixo. 

No começo do primeiro tempo, a Inter foi melhor. Tinha uma intensidade forte e maior controle de bola. A princípio, o jogo poderia ser entre manutenção da posse de bola (Inter) versus progressão da posse (Taquaritinga). Entretanto, não foi isso que se viu. Uma partida mais marcada do que jogada seria decidida em bolas paradas e ou em erros pontuais já que a posse de bola era quase igual para ambos. O Taquaritinga demorou a perceber qual era o ritmo do jogo e o que tinha que ser feito. Nesse momento, o placar já estava 1x0 para os donos da casa após uma falta cobrada de longa distância. 

Para o segundo tempo, a Inter veio na mesma formação e o Taquaritinga não. Mudou sua forma de defender para o 4-1-4-1 sem a bola e manteve o 4-3-3. Não mudou muita coisa a dinâmica do jogo. A Inter fez de tudo para minar o ritmo de jogo e com isso "cozinhou" a partida até fazer o 2x0 num pênalti aos 86 minutos e depois o 3x0 após um erro da defesa do Taquaritinga. 

O 3x0 não representou o que foi a partida mas foi uma importantíssima vitória para a Inter. 

10/07/2022

Brasileiro Série D: Ferroviária SP x Bahia de Feira de Santana BA

Mais um jogo de seis pontos foi analisado por mim. Na real, era mais uma partida de vida ou morte para ambos os times sobre a classificação a próxima fase da Série D. A situação era mais desesperadora para a Ferroviária que precisava urgentemente de uma vitória para ter chances de classificação. 

O ambiente era tenso e de leve confiança. A Ferroviária deveria se impor e fez: veio no 4-2-3-1 sem a bola com estilo clássico e no 3-2-5 com a bola bem ofensivo: usando da amplitude, trocas de passes e triangulações pelos lados. Já o Bahia de Feira, que precisava apenas de um empate, veio no 4-3-3 com bola e no 4-4-2 sem a bola bem compacto. 

O primeiro tempo foi ataque versus defesa. A compactação das duas linhas de quatro do Bahia fazia a Ferroviária ter uma posse de bola e um jogo efetivo que pudesse gerar finalizações. A defesa prevaleceu até os 30 minutos quando o Bahia de Feira tentou ter mais posse, mais ofensividade e por isso gerou mais espaços para os ataques da Ferroviária. O engraçado é perceber que o estilo de jogo da equipe não geravam tantos perigos quanto a transição rápida ao ataque. Infelizmente, a tensão do jogo e a pressão pelo resultado começou a complicar a qualidade dele e o zero a zero se fazia presente. 

No segundo tempo, ambas as equipes voltaram da mesma forma. A mudança foi comportamental: a Ferroviária mais intensa e um pouco mais vertical e o Bahia de Feira veio mais compactado e marcado por encaixes. Apesar da mesmice do primeiro tempo, o clima da partida virou. Se tornou mais físico e mais mental. Aos 61 minutos, após a conquista do rebote de um chutão, em dois toques e numa transição veloz, o Bahia de Feira abre o placar, dá um banho de gelo em todos e muda a rota da partida. Com o 0x1 e precisando de dois gols, a Ferroviária coloca dois atacantes e passa a jogar no 3-5-2 com a possibilidade de mais bolas cruzadas. Infelizmente, a ideia deu errado pois os atos de cruzar bolas acabou com qualquer construção de jogo dos mandantes que vinhas de uma manutenção da posse de bola e triangulações. Com o jogo reativo, aos 75 minutos de jogo, o Bahia aumenta o placar para 0x2 e sacramenta um clima hostil e de tensão no estádio. Inclusive tendo um jogador da Ferroviária sendo expulso. 

Após a expulsão, a Ferroviária passa a jogar no 4-3-2 com e sem a bola e mesmo assim não consegue mais nada. O Bahia de Feira consegue a classificação e a Ferroviária está eliminada. 

04/07/2022

Brasileiro Série C: Mirassol x Atlético Cearense

Toda e qualquer partida entre o líder e o lanterna de uma competição requer cuidados e a expectativa de um jogo desigual é válida. Mirassol, o líder, duelou com o Atlético Cearense, o lanterna. Logo de início, a partida nos apresentou uma bela característica entre ataque versus defesa. 

O Mirassol veio na sua plataforma de jogo habitual: o 4-1-4-1 sem a bola bem compacto e a mesma formação com a bola, utilizando bem a amplitude com os laterais formando quase sempre um 3-2-5. Já o time cearense veio no 4-2-3-1 sem e com a bola num estilo clássico: bolas longas e jogo de transição. 

Nos primeiros minutos do primeiro tempo, nada de anormal nos fez crer que o time cearense pudesse surpreender os mandantes. Com seu perde e pressiona, sua amplitude no ataque e pouca resistência pela defesa do Atlético, o Mirassol abriu o placar aos 14 minutos de jogo com uma jogada que marcaria a partida: troca de passes pelos lados e cruzamentos para os elementos surpresas marcarem o gol livremente. Antes disso, aos 6 minutos, o Mirassol havia perdido um pênalti. Depois do primeiro gol, o Atlético passou a tentar fechar a amplitude dos mandantes fazendo um dos pontas acompanhar o lateral com um encaixe até o fim. Isso foi em vão pois, aos 24, 31 e 39 minutos, o Mirassol abriu 4x0 ainda no primeiro tempo. 

No segundo tempo, ambos os times voltaram com a mesma formação. A diferença foi uma maior intensidade do Atlético e uma tentativa de ficar mais tempo com a bola. O resultado não deu certo e com isso, fornecendo os espaços, o Mirassol ampliou para 6x0 com gols aos 51 e 62 minutos de jogo com as mesmas características: bola trabalhada e invertida para o lado desmarcado. Ao fim, foi apenas controlar o jogo para a partida terminar. 

Resultado confirma a liderança do Mirassol. 

03/07/2022

Copa Paulista: Sertãozinho x Comercial

A estreia de um torneio geralmente é bem tensa por ser a primeira vez oficial dos times. Quando é um clássico estadual, essa ideia se fortifica e faz o jogo se tornar mais tenso. Sertãozinho e Comercial tem um histórico de confusão, brigas e um jogo mais físico do que jogado. E foi isso que rolou nesse final de tarde do sábado. 

A proposta do Sertãozinho era boa. Eles vinham no 5-4-1 sem a bola bem compactado e no 3-5-2 com a bola, utilizando os laterais como alas. Já o Comercial mudou sua forma de defender: veio marcando no 4-1-4-1 e atacando no 4-3-3. 

O primeiro tempo deu a tônica da partida: muito intensa, física e disputada. Faltas eram constantes e bolas longas eram os principais ataques. Quase nenhuma finalização foi feita no primeiro tempo por ambas as equipes. O jogo brigado tomava muito mais conta do que qualquer ação ou comportamentos táticos. O campo do estádio do Sertãozinho é menor do que os padrões oficiais. Mesmo assim, bolas longas e chutões não me pareciam a melhor forma de jogar. 

O zero a zero do primeiro tempo não mudou a forma de jogar no segundo tempo. Mesmo mantendo, houve uma única alteração na forma de atuar: ocupando mais os espaços das laterais, o Comercial passa a finalizar mais e a jogar mais tranquilo afim de sair com um om resultado. E assim acontece. Com dois gols em nove minutos (um aos 51 e outro aos 60), os visitantes mostraram o lado fraco da marcação do Sertãozinho: a bola aérea. Com um zero a dois no placar, a situação do Sertãozinho piora quando seu meia marcador é expulso: eles passam a marcar no 4-4-1 sem pressão e no 4-2-3 com a pressão e joga no 3-1-4-1 com a bola. A mudança na atuação não mudou o jogo e o Comercial ampliou aos 84. 

O 0x3 foi um resultado esperado, assim como a tensão de um clássico. 


Paulista Segunda Divisão: XV de Jaú x Grêmio Prudente

A primeira partida da segunda fase da quarta divisão paulista marcou o duelo entre duas equipes que tradicionalmente tenta a tempos o acesso a terceira divisão. 

O Estádio Zezinho Magalhães possui suas peculiaridades. Ao mesmo tempo em que é um estádio clássico, a distância das cabines de imprensa para o campo é muito grande. Nos permite, então, uma maior análise macro do jogo, porém, não nos permite ter uma análise micro. 

O Grêmio Prudente veio no 4-2-3-1 com a bola e no 4-4-2 ora 5-4-1 sem a bola. Seu esquema defensivo ditaria o ritmo do jogo. Já o XV de Jaú era o 4-4-2 sem a bola e o 4-2-3-1 com ela usando bolas longas e a profundidade como armas de ataque. 

O primeiro tempo foi diferente do que o usual. A posse de bola do visitante era maior do que o mandante. Mais jogo propositivo, mais intensidade e mais noção do que seria a partida. O time de Presidente Prudente fornecia mais perigos no campo ofensivo pela interceptação e desarmes feitos, o que possibilitava inúmeras finalizações. Já o XV de Jaú só utilizava as bolas longas e muita compactação na defesa. Aos 34 minutos de partida, um pênalti duvidoso abriu o placar para os visitantes e assim comprometendo a qualidade da partida. 

No segundo tempo, a partida virou um ataque versus defesa. O XV de Jaú continuou marcando no 4-4-2 porém agora usava um 3-5-2 com uma saída de três para tentar abrir a defesa dos visitantes com passes e manutenção da posse de bola. O problema foi a não profundidade do time e a pouca eficácia em gerar finalizações. Grêmio Prudente se fecha totalmente se fornecendo apenas do jogo reativo. E é assim que conseguiu seu segundo gol aos 74 minutos: bola roubada e transição veloz até a finalização. 

Muita violência pós jogo e resultado ruim para o time da casa. 

26/06/2022

Brasileiro Série C: Botafogo SP x Manaus

Uma manhã de domingo ensolarada com clima gostoso (que é a exceção em Ribeirão conhecida por ser muito quente). Botafogo e Manaus fizeram um duelo de seis pontos por disputa pela proximidade ao G8. Por essa questão, mais uma partida que foi ataque vs defesa. Muito por conta dos comportamentos defensivos do time manauara.  

O Botafogo veio numa mudança de plataformas de jogo: um 5-4-1 ora 5-3-2 sem a bola usando o 5-4-1 em bloco baixo e 5-3-2 quando a marcação era pressão; e um 3-2-5 com a bola usando os laterais como alas. Já o Manaus veio no 5-2-3 sem a bola e no 4-3-3 com ela usando a saída de 3 com dois zagueiros e um volante. 

O primeiro tempo foi de amplo domínio dos mandantes. Com muita posse de bola, o Botafogo tomou conta do jogo porém esbarrou na marcação do Manaus mesmo ela sendo deficitária (as linhas não era compactas e nem eram alinhadas, causavam confusão inclusive nos atacantes adversários). As maiores chances do Botafogo foram em transição veloz após interceptações ou desarmes no seu campo ofensivo. Mesmo após a expulsão de um jogador do Manaus não houve mudança no placar. 

Para o segundo tempo, o Botafogo manteve seu comportamento ofensivo porém, mudou sua forma de defender usando o 4-2-3-1. Já o Manaus, com um a menos, fez três substituições no intervalo e mudou sua forma de jogo para o 4-4-1 sem a bola, bem compacto e o 4-3-2 com a bola. Se no primeiro tempo o jogo já era um ataque contra defesa, no segundo tempo isso ficou mais evidenciado. Mesmo trabalhando a bola, rodando, tentando criar espaços nas duas linhas de quatro do Manaus, o Botafogo não obtinha êxito. Isso foi causando mais pressão pelo resultado por ter superioridade numérica. O placar só foi aberto após um pênalti duvidoso. Com o 1x0, o Botafogo manteve a posse de bola afim de manter o Manaus longe do seu gol e isso se manteve até o final. 

Grande resultado para o Botafogo. 

Brasileiro Série D: Ferroviária x Nova Venecia ES

O famoso jogo dos seis pontos marcou meu sábado de análise futebolística. Ferroviária de Araraquara e Nova Venecia (time do atacante Richarlyson) fizeram uma partida disputada e intensa nessa tarde. Líder da chave, o Nova Venecia se apresentou com um único propósito: não deixar a Ferroviária sair com a vitória. 

Para isso, o time visitante manteve sua plataforma de jogo das partidas anteriores: 4-4-2 ora 4-1-4-1 sem a bola (porém, hoje com marcação de bloco baixo) e o 4-3-3 com a bola usando apenas o jogo de transição em velocidade. Já a Ferroviária, tendo trocado sua comissão técnica, veio no 4-2-3-1 clássico sem a bola e no 3-2-5 com a bola fazendo uma saída de 3 com dois zagueiros e um volante e utilizando laterais como alas. 

O primeiro tempo foi chato. Essa é a palavra. Jogo irritado. Muito por conta da atuação e comportamento do Nova Venecia. Parando o jogo, simulando lesões, atrasando reinício do jogo e etc. A Ferroviária teve a posse de bola por todo o período. Mesmo com o esquema bem ofensivo, não conseguiu furar as duas linhas de quatro dos visitantes. Em contrapartida, poucas ações de construção de jogo pelo centro do campo foram feitas, mas sim, só jogadas pelos lados e cruzamentos. 

O zero a zero parecia ser eterno. No segundo tempo, ambos voltaram com as mesmas plataformas de jogo, porém, a tônica da partida foi a mesma: posse de bola da Ferroviária, pouca eficácia nas finalizações e o Nova Venecia na retranca. O duelo físico não deu lugar a intensidade do jogo e isso causou mais faltas e mais amarelos. O zero a zero se manteve e foi um belo resultado ao time visitante que praticamente não quis jogar. 

20/06/2022

Paulista Segunda Divisão: Francana x Batatais

Numa manhã fria de domingo, Francana x Batatais fizeram o clássico pela anti penúltima rodada do Paulista segunda divisão. Um público de apenas 100 pessoas presenciaram um jogo físico.

A Francana veio no 4-2-3-1 fazendo pressão alta na marcação e no 4-2-3-1 com a bola utilizando da saída de três com dois zagueiros e um volante. Batatais é o mesmo esquema de todos os outros jogos:o 4-2-3-1 com a bola, número dez é o meia amador mais recuado e um 4-4-2 sem a bola.

O primeiro tempo foi totalmente da Francana. Com amplo domínio no primeiro tempo com posse de bola, pressão alta na saída de bola do Batatais e bastante finalizações aproveitado os espaços deixados pelos visitantes. Porém, os maiores perigos de gol foram com transições rápidas e velocidade nas interceptações de passes. Já o Batatais, pecou muito no seu sistema defensivo sendo pouco combativo no meio-campo, deixa bastante exposto sua última linha.

Com duas alterações do Batatais para o segundo tempo, mudou-se sua forma de marcar: agora no 4-2-3-1 tentando recuperar o poder do meio campo e fazer seu jogo com o meia central nessa linha de três e dois volantes muito mais marcadores, porém os espaços são os mesmos.

Segundo gol da Francana, explica o que está sendo o jogo mesmo mudando a forma de marcação pro segundo tempo. O Batatais dando muito espaço, não tem um poder de marcação forte, deixa espaço pra infiltração, pra troca de passes, inclusive pra rebotes. E foi assim que nasceu o segundo gol da Francana aos cinquenta e oito minutos de jogo. Mesmo tendo o controle da posse de bola as maiores chances da Francana são de fato em jogadas de a recuperação depois de uma pressão na saída da bola do Batatais são as que geram os maiores perigos de gol.

O 2x0 foi um placar modesto para o que foi a domínio dos mandantes. Poderia ser mais.

14/06/2022

Partidas da Série C, D e da quarta divisão Paulista

Esse final de semana foi de intensas partidas de futebol por três diferentes campeonatos no Brasil. O de sábado pela série D do Brasileiro: Caldense x Nova Venecia; no domingo pela quarta divisão entre Batatais x Taquaritinga; e na segunda feira pela série C: Botafogo x Aparecidense. 

Começando pelo jogo de sábado: O Nova Venecia de Espírito Santo veio no 4-4-2 sem a bola e no 4-3-3 ou 4-2-3-1 com volante entre as quatro linhas. Esse mesmo volante que fazia a saída de três quando eles jogavam num 4-2-3-1 com a bola e quando não fazia saída de três jogavam no 4-3-3. Um jogo muito ruim de qualidade técnica apenas jogadas de lado e os dois gols do primeiro tempo, um aos vinte e três minutos de bola parada e o empate aos quarenta minutos da Nova Venecia do Espírito Santo também de bola parada.

Ambos os times voltaram já com a mesma formação pro segundo tempo e logo aos cinquenta minutos de jogo o Nova Venecia virou a partida com uma finalização fora da área. Bom depois do gol da virada, os visitantes pararam de marcar no 4-1-4-1 e passaram a marcar no 4-2-3-1 provavelmente fixando dois volantes pra conter o da Caldense que não fez o suficiente para empatar.

A partida de domingo foi pela quarta divisão paulista entre Batatais x Taquaritinga. Deu pra perceber desse começo de jogo que o Taquaritinga veio de uma formação diferente da que eu analisei anteriormente. 4-4-2 bem definidas sem a bola e um 4-3-3 com a bola muito ofensivo tentando uma verticalidade aproveitando o momento muito fraco do time do Batatais. E o Batatais como o último jogo que eu analisei jogou no clássico 4-2-3-1 porém com uma intensidade de jogo muito maior.
Um fato importante de ser descrito aqui no jogo foi o uso de bolas longas principalmente para os pontas. E foi nisso que a partida se deu o tempo todo. Só um ponto a se considerar é que o Batatais está mudado. O fato é que e possui um meia que ele é joga mais pela esquerda mas também flutua, joga centralizado e vem buscar a bola nos nos pés dos zagueiros e às vezes atrai uma marcação individualizada de um ou dois volantes do Taquaritinga e com isso abre um espaço pra que os pontas avancem. Além disso, os passes dele são sempre enfiadas para facões. Mesmo assim Taquaritinga mandou duas bolas no travessão em vinte e quatro minutos. Os dois times voltaram com as mesmas formas de jogo pro segundo tempo. O Taquaritinga abre o placar aos cinquenta e dois minutos num erro de domínio da bola do número dez do Batatais ainda no campo de defesa e uma bela triangulação. com o centroavante o camisa número onze pra fazer Taquaritinga um a zero. Porém, na saída de bola, o lance seguinte, uma inversão de bola pro canto para o Ponta, uma jogada de um contra um contra o lateral do Taquaritinga. infiltração na área e o passe para trás e o atacante número nove faz o gol de empate.

Contudo, o Batatais teve um jogador expulso e não conseguiu fechar os espaços na defesa. Com isso, fez com que o Taquaritinga ampliasse o placar para 4 a 1. Taquaritinga manteve sua forma de jogo mesmo com um a mais. Estava no 4-3-3 com a bola e 4-4-2. Mas agora ele usa uma amplitude para atacar principalmente porque o Batatais agora só se defendia no 4-4-1.
O ultimo jogo foi na segunda a noite entre Botafogo x Aparecidense. Partida essa que envolvia um time que disputa alguma ascensão no meio da tabela que é o Botafogo e o time que busca sair da zona de rebaixamento que era a Aparecidense. Os visitantes vieram em busca de qualquer resultado que lhe desse pontos. Então, ele veio no 4-2-3-1 com e sem a bola até porque mudou a sua comissão técnica. Por isso, fizeram um jogo bem clássico, os laterais esticavam em bolas longas ou casquinha para o pivô ou em profundidade para os pontas. Já o Botafogo a princípio se defende 4-2-3-1sem a bola bem clássico porém quando ataca é um 4-3-3 com uma saída de três com um volante e dois zagueiros. Um golpe duro para os mandantes foi o gol da Aparecidense numa bola parada de escanteio mesmo o Botafogo tendo mais posse de bola e controle de jogo. Após o gol da Aparecidense de fato time que está na zona de rebaixamento do campeonato e precisa segurar o resultado faz o que? Duas linhas de 4 e passando a marcar 4-4-2. Isso fez com o que o jogo do Botafogo fosse dificultado com muita posse de bola sem nenhuma efetividade pois terminou o primeiro tempo sem nenhuma finalização ao gol mesmo tendo onzeescanteios. Para o segundo tempo, ambos os times mantiveram suas plataformas de jogo porém, a Aparecidense agora de fato joga num 4-4-2 sem a bola (às vezes até numa linha de 5 quando seu ponta acompanha o lateral do Botafogo até o final). O Botafogo continua no 4-2-3-1 sem a bola e no 4-3-3 com a bola.
De fato, o Botafogo está com uma intensidade maior tenta ser mais vertical. Porém, essa posse gerou mais finalizações e tentou trabalhar a bola um pouco mais, tentou conseguir o controle do jogo e a Aparecidense, de fato, recuou e só trabalhou no jogo de transição pra tentar marcar ou tentar manter esse resultado que favorece ela. Com um jogador a menos meio que dificultou para o Botafogo que por causa dessa inferioridade numérica, tomou o segundo gol numa finalização dentro da grande área para sacramentar o dois a zero fora de casa para a Aparecidense.

06/06/2022

Paulista Segunda Divisão (quarta divisão): Taquaritinga x Francana

Um dos melhores parâmetros de uma análise mais séria sobre o desenvolvimento do futebol no Brasil é, sem dúvidas, os campeonatos de divisão inferiores. Se neles estiverem inseridos comportamentos e ações contemporâneas ao que o melhor futebol faz hoje, é sinal de que dentro do campo podemos estar no caminho certo. 

Taquaritinga x Francana fizeram um duelo pela fase de classificação da quarta divisão do paulista. Como não cobri muitos jogos desse campeonato, fui com olhos bem abertos sobre como esse campeonato está se dando. E na cidade de Taquaritinga tive uma surpresa boa. Um ótimo duelo. O time da casa veio no 5-4-1 sem a bola e no 3-4-3 com a bola (o estilo sanfona de Antonio Comte no Chelsea em 2016). Já a Francana, veio no clássico 4-2-3-1 com e sem a bola. 

O primeiro tempo deu o dom do que seria a partida: Taquaritinga dominando o jogo e a Francana em seu espaço tentando tirar o melhor de si. O que deu para perceber é de que os mandantes possuíam uma consciência de jogo melhor do o time da capital do basquete. Amplo domínio para eles, tanto na fase defensiva quanto na fase ofensiva. O Taquaritinga dificilmente dava chutões e o tiro de meta era cobrado curto tendo a construção de jogo pela saída de 3. Na sua formação do 3-4-3, inversões de jogo eram feitas e bolas em profundidade eram enfiadas. A Francana quando tinha a bola tinha apenas uma estratégia: jogada pela lateral e bolas longas para os pontas. Obviamente tal estratégia não deu certo e o Taquaritinga abre o placar após grande falha do goleiro e pressão na saída de bola aos 35 minutos de jogo. 

Para o segundo tempo, duas mudanças foram feitas: um 4-4-2 sem a bola pelo Taquaritinga; e uma mudança comportamental da Francana: mantendo o 4-2-3-1 com a bola porém usando a saída de 3. Não deu muito certo pois o domínio do jogo continuou com o time mandante na mesma escala que foi o primeiro tempo. O jogo faltoso rendeu vários cartões amarelos: ao todo foram 9 e minaram o ritmo da partida. Logo aos 53 minutos em outra falha da defesa da Francana, fez o Taquaritinga ampliar para 2x0. 

O resultado poderia ser mais amplo pelo que foi o jogo. 

Fiquei feliz com o que vi na quarta divisão. 

Brasileiro Série C: Mirassol x Brasil de Pelotas

Cada vez mais estou gostando desse novo formato não regionalizado da série C do Brasileiro. Os embates com os diferentes de times dos mais variados Estados dão uma ótima competitividade ao torneio e um nível de futebol melhor do que edições passadas. 

A partida analisada de hoje foi o jogo entre o Mirassol x Brasil de Pelotas. Duelo opostos pelo torneio: enquanto o Mirassol é líder e tenta manter sua posição, o Brasil de Pelotas era o vice lanterna em busca de sair da zona de rebaixamento (inclusive o time do sul era treinado por um interino por justamente ter demitido seu ex técnico antes do jogo). 

A minha expectativa era de uma partida entre ataque versus defesa o tempo todo e se confirmou esse prognóstico. O Mirassol veio no seu habitual 4-1-4-1 com e sem a bola tendo seu primeiro volante flutuando de acordo com a posição da bola e com uma certa amplitude de jogo com pontas e laterais invertendo seus papéis já que o Brasil de pelotas montou um ferrolho de 5-4-1 sem a bola bem compacto e um 4-2-3-1 tímido com a bola já que a luta deles era por uma bola. 

O primeiro tempo, já como adiantei, foi ataque versus defesa. Compactado atrás da linha de meio campo, o Brasil de pelotas estacionou na frente da área e fazia de tudo para rebater bolas. Já o Mirassol com sua plataforma de jogo de amplitude não conseguia furar essa retranca da forma que melhor descreve a teoria (buscar abrir espaços, superioridade numérica em certos locais do campo, mobilidade dos seus meias), mas sim, tentava a qualquer custo bolas na área ou passes por cima da última linha tentando a profundidade. Por incrível que pareça, a melhor chance do primeiro tempo foi a do Brasil de Pelotas no único ataque que eles tiveram defendida pelo goleiro do Mirassol. 

No segundo tempo e sustentando um empate, o Brasil de Pelotas manteve sua marcação no 5-4-1 porém mudou sua forma de atacar para um 3-4-3 com objetivo de ficar mais com a bola e passar a agredir mais. O Mirassol manteve seu jogo mas agora passando a atacar com um estilo de 3-2-5 utilizando de sua arma mais letal: o ponta número 7 como falso 9 e não mais espetado no lado do campo. Deu certo pois, aos 63 minutos de jogo o Mirassol abre o placar exatamente com o camisa 7 Osman. Com o placar aberto, o jogo deu uma arrefecida e ficou morno. Sem qualquer perigo de ambos os lados o fim da partida mais próximo dava a entender que uma vitória simples seria decretada. Porém, aos 83 minutos de jogo, o Mirassol faz o 2x0. 

Com esse resultado, o Brasil de Pelotas virou o lanterna da competição e o Mirassol de manteve na liderança isolada.  

29/05/2022

Partidas da Quarta Divisão Paulista e da Série C do Brasileiro

Três partidas em menos de 24h inviabilizaram a escrita de um texto para cada partida para ficar melhor na análise. Embora elas tenham tido suas peculiaridades, a mesma situação se deu nas três: um time dominante e outro recuado e não necessariamente o dominante foi o mandante. 

Das três partidas, duas foram pela quarta divisão paulista: América x Inter de Bebedouro e Batatais x São Carlense. E uma da Série C do Brasileiro: Botafogo x Mirassol. 

A primeira partida foi realizada no gigante silencioso do Teixeirão no sábado. Para um público de 89 pagantes, o clássico entre América x Inter de Bebedouro foi uma ampla vantagem dos visitantes num jogo de puro suco de futebol brasileiro (brigas, condições ruins de jogo e de trabalho). O América veio no clássico 4-2-3-1 com e sem a bola e não pude observar uma estratégia específica a não ser bolas longas, rebatidas e cruzamentos. A Inter veio no 4-2-3-1 com a bola e no 4-4-2 sem a bola, sendo que a primeira linha de 4 não era bem perceptível e me fez crer que também era um 4-2-3-1. O 0x2 da partida refletiu uma dominância o tempo todo dos visitantes, isto é, controle das ações defensivas (sofrendo poucas finalizações) e criando muitas oportunidades a frente, sendo que teve inúmeras finalizações e um número de escanteios maior que 10. 

A segunda partida, no domingo de manhã, também foi da quarta divisão paulista  num jogo de ampla e irrestrita dominância dos visitantes. Batatais e Grêmio São Carlense fizeram um duelo antagônico. Um time desorganizado taticamente e outro totalmente consciente de suas ações e comportamentos. O Batatais veio no 4-2-3-1 com e sem a bola já o São Carlense veio numa proposta de jogo do 4-3-3: usou-se essa formação com a bola ora fazendo uma saída de 3 com dois zagueiros e um volante e ora fazendo uma saída sustentada em que o primeiro volante flutuava por onde a bola passava. Sem a bola veio no 4-4-2 fechando bem os espaços. Apesar do pênalti perdido nos primeiros minutos de jogo pelo Batatais, a partida foi amplamente dominada pelos visitantes sem dó nem piedade. Um sonoro 0x5 com certa facilidade e podendo ser mais. 

A partida mais equilibrada foi a da Série C do Nacional até por se tratar de dois times que vem se enfrentando há tempos: Botafogo x Mirassol. Estreando o novo técnico (Paulo Baier), o Botafogo abdicou da sua linha de 5 com o ex técnico para um 4-3-3 (usando uma saída de 3 com um volante) com a bola e um 4-2-3-1 sem ela. Já o Mirassol veio no seu habitual 4-1-4-1 com e sem a bola porém com suas linhas bem baixas. Com um gol cedo (aos 10 min) o Mirassol recua e joga na transição em todo o primeiro tempo. Para o intervalo, uma mudança na formação do Botafogo foi vista: 2-3-5 com a bola porém mantendo a plataforma de jogo do 4-3-3 para tentar criar buracos na defesa do Mirassol. Não deu muito certo essa ideia mas que houve uma pressão ofensiva houve e a consequência foi a virada para 2x1. Depois disso, o Botafogo quis segurar o resultado e foi para um 4-4-2 sem a bola. Deu certo mas num ato de azar e numa finalização fora da área aos 93 minutos de jogo empatou para o Mirassol. 

Um final de semana bem intenso de jogos. 

24/05/2022

Brasileiro Série C: Mirassol x Altos PI

Manhã de domingo ensolarada com um clima frio agradável em Mirassol para o time do interior paulista tentar manter a liderança no nacional enquanto o Alto queria sair da zona de rebaixamento. Não tinha uma certa expectativa do que esperar do jogo tendo em mente que apesar de disputas distintas no mesmo campeonato, a partida seria equilibrada. 

O Mirassol veio no seu habitual 4-1-4-1 com e sem a bola, tendo seu primeiro volante (o jogador entre as duas linhas de quatro) flutuando bastante de acordo com a posição da bola e sendo o responsável pelo primeiro bote na marcação. Já o Altos veio no seu 4-2-3-1 com e sem bola, tentando jogada mais pelos lados e bolas pelo alto atrás da última linha de defesa do Mirassol sabendo que eles jogam marcando uma pressão média.

O primeiro tempo foi bem frio e calculista. Pouco poderia se dizer além de muito estudos entre as duas equipes e a tentativas de anulação de ambos os comportamentos ofensivos. Apesar de muitas reclamações da torcida, parecia ser o mais correto para o Mirassol em manter a posse de bola já que a partida se apresentava como um clássico ataque-defesa. 

No segundo tempo, ambos os times mantiveram seus comportamentos táticos. O que mudou foi a alterações de duas peças do Mirassol, dois meias atacantes entraram e mudaram os comportamentos ofensivos do time: usando o ponta esquerda do primeiro tempo como um nove ou falso nove, o Mirassol deu mais agilidade ao seu ataque, amplitude e profundidade também. Seu volume era bom mas o primeiro gol veio após uma falha do goleiro do Altos. Logo em seguida o 2x0 com outro gol de cabeça e a princípio o jogo tinha terminado até o Altos diminuir faltando 8 minutos para acabar. 

Porém, nada mais foi feito até o apito final. Mirassol manteve a liderança. 

Final Paulista A3 2022: Comercial x Noroeste

Uma partida final de campeonato é sempre cercada de emoção, tensão e um sentimento de estar vivendo uma história. A terceira divisão paulista desse ano foi cercada de muita frustração para mim. Não pude cobrir o campeonato que mais aprecio no ano com exceção de sua segunda fase em diante. Assim, pouco conhecimento foi conseguido ao longo dela e todas as impressões e nuances teve que ser adquiridas nos seus momentos finais. 

O primeiro jogo da final foi 2x1 para o Noroeste. Assim, o Comercial, por ter melhor campanha, precisava de uma vitória simples apenas e o Noroeste apenas de um empate. Um estádio lotado com o número oficial de 8 mil pessoas mas com a impressão de ter 12 mil num dia frio em Ribeirão. 

O Comercial veio como sempre: 4-4-2 sem a bola e no 4-3-3 com ela. Sendo a primeira vez observando o Noroeste, porém sabendo do histórico do seu técnico, pude esperar um esquema mais clássico e assim foi: 4-2-3-1 com e sem a bola. 

De fato, tendo que ter o resultado, o Comercial começou o primeiro tempo na intensidade dos ataques porém sem a posse de bola. Tentava ser um time mais letal e vertical do que horizontal principalmente jogando na transição. Deu certo, o 2x0 veio rápido no primeiro tempo depois duas interceptações de passe e duas transições velozes. Porém, logo após o segundo gol do Comercial, o Noroeste diminui com um gol de escanteio já que raramente chegava ao ataque. 

Não gosto muito de um clima de festa antes de um jogo pois pode dar muito azar ou furar uma expectativa muito grande. De fato o Comercial era melhor e teve a melhor campanha mas ainda assim, era uma final de campeonato. 

No segundo tempo, ambos os times voltaram da mesma forma só que com o time mandante mais recuado para garantir o título. Nada mais acontecendo até a expulsão do zagueiro do Comercial que entrou no segundo tempo para trancar o time. Assim, jogando no 4-4-1, o time mandante fazia de tudo para só rebater e tentar abocanhar um contra ataque. Já o Noroeste tenta atacar mas sem muito perigo. Eis que a outra coisa que menos gosto num jogo aconteceu: os gritos de já é campeão antes do jogo terminar. 

Aos 93 minutos, o Noroeste empata num bate e rebate dentro da área. Título para eles a menos de um minuto. A consequência disso? Tentativas de agressões à arbitragem por parte da comissão técnica do Comercial e alguns gandulas. Jogo encerrado devido a alta confusão, frustração gigante para um estádio lotado e sentimento triste. 

Esse tipo de derrota tem que ser normal. O que não pode ser normalizado foi a atitude pós gol de empate. 

03/05/2022

Brasileiro Série C 2022: Botafogo SP x Floresta CE

Um pensamento na partida de ontem que eu tive foi a seguinte: de fato, devemos falar mais sobre futebol jogado, o futebol dentro de campo. Falar mais sobre os comportamentos táticos, as ações, as estratégias que deram certo ou errado. É um movimento de mão dupla porque deve vir de quem trabalha com o futebol lá dentro (jogadores, comissão e treinadores) e quem trabalha de fora (a imprensa e não importa o meio de veiculação). Porque desse pensamento: popularizar tal debate para gerar melhores reflexões e mais aceitações em caso de derrota e assim, menos consequências irracionais durante o processo. 

Todo esse pensamento adveio muito por conta do duelo da noite dessa segunda feira entre Botafogo x Floresta pela série C do Brasileiro. Duelo pelo topo da tabela que me gerava certa expectativa. De fato, a mudança de regulamento da série C elevou o nível de jogo da competição. O intercâmbio nacional gerou mudanças nos comportamentos de jogo de todas as equipes. 

O Botafogo veio na sua base já definida: um 3-5-2 com a bola (usando laterais como alas para dar superioridade numérica pelos lados) e um 5-2-3 com a bola (a última linha em zona). O Floresta veio no 4-2-3-1 com a bola (bem clássico e com um jogo apoiado) e no 4-4-2 (bem compacto e fechando todos os espaços de infiltrações e inversões de jogo). 

O primeiro tempo me gerou uma expectativa de uma partida de ataque contra defesa, ou seja, mandante atacando e o visitante defendendo (jogo característico de divisões inferiores). Porém, me esqueço de que a competitividade da série C e a atuação do Floresta no primeiro tempo foi impecável. Fez pressão na saída de 3 do Botafogo, fechava as duas linhas de quatro bem compactas protegendo contra infiltrações, jogo entre as linhas e inversões de jogo do mandante. Com sua pressão na bola, tentava desarmes no seu campo ofensivo e pegar a defesa do Botafogo em inferioridade numérica. Seu gol foi aos 39 minutos numa triangulação e finalização dentro da pequena área. Aliás, o Floresta com seu jogo apoiado, sempre tinha algumas opções de passe para o portador da bola dando fluidez ao seu jogo. O Botafogo teve suas ações bem pressionadas e controladas pelo time cearense. 

No segundo tempo, O Botafogo muda radicalmente sua forma de jogar: tira um zagueiro, abdica de sua linha de 5 e sua saída de 3 e passa a jogar no 4-4-2 losango com a bola e no 4-3-3 com a bola. A justificativa dada pelo técnico foi de que eles arriscaram a se expor na defesa para criar uma superioridade numérica no meio campo, sempre tentando fazer um duelo de quatro contra dois volantes do Floresta e posicionar dois atacantes para aproveitar as jogadas de lado. Contudo, eles não contaram com a aplicação defensiva do Floresta com suas duas linhas de 4 mais recuadas e sem a marcação pressão. Criando situações de superioridades numéricas nos lados do campo, a defesa do Floresta se sobressaiu e conseguiu manter sua meta limpa apesar de uma bola na trave do Botafogo. 

O resultado foi ruim para o Botafogo embora as possibilidades de variação de jogo são totalmente positivas para o futuro da equipe. Resultado excelente para o Floresta que se mantém no topo.  

02/05/2022

Paulista A3 Semifinais: Votuporanguense x Comercial - Jogo 1

Há uma coisa muito legal de quem cobre jogos pelo interior de São Paulo: a presença de duas torcidas. Se tem uma coisa que fornece alma ao jogo é o duelo entre torcida mandante versus a torcida visitante. Embora as viagens podem ser longas, para a paixão não existe quilômetros. Foi assim a primeira perna do acesso entre Votuporanguense x Comercial. Estádio lotado, expectativas, foguetórios (embora me dão medo) e um belo jogo. Registro aqui minha crítica ao horário do jogo: 10 horas da manhã no interior de São Paulo é um calor de estourar os tímpanos. 

A quarta partida entre esses dois times na temporada requiriu maior cuidados defensivos. O Votuporanguense abdicou do seu 3-5-2 com a bola nos jogos anteriores para jogar no 4-2-3-1 não dando espaços quando perdia a bola para a transição comercialina mas manteve seu 4-1-4-1 sem bola com linhas baixas e seu volante entre linhas flutuando bastante de acordo da localização da bola. O Comercial veio como esperado: no 4-3-3 com a bola e no 4-4-2 sem ela. Porém, mais resguardado, afinal dois empates garante o acesso ao time de Ribeirão Preto. 

A minha expectativa era de um jogo tenso e parado. A arbitragem de série A de Brasileiro deu fluidez ao jogo. Lealdade e competitividade foram as palavras. Sem jogadas violentas mas jogadas mais físicas do que técnicas. No primeiro tempo, o jogo mais defensivo de ambas as partes fez-se presente. Mais pela parte do Comercial do que da Votuporanguense pois a não execução da pressão na saída de bola e marcação média-baixa deram o tom dos visitantes. O time da casa era uma pressão mais alta porém com última linha mais baixa guardando os espaços. Mesmo precisando de uma vitória para ter uma vantagem no segundo jogo, poucas ações ofensivas foi vista por parte da Votuporanguense e quase que nenhuma do Comercial já que todos os espaços eram anulados. Por isso, o 0x0 se deu. 

Já no segundo tempo, sem substituições, o Votuporanguense veio de forma diferente com a bola: usou o 4-3-3 pois precisava de uma resposta ofensiva para fazer um gol. De resto, ambos os times mantiveram suas plataformas. Contudo, a diferença no segundo tempo, foi uma ocupação de espaços melhor dos mandantes no ataque e uma desorganização das duas linhas de quatro dos visitantes. Essa mudança no ataque, de forma mais posicional da Votuporanguense, fez gerar espaços na defesa do Comercial que não conseguia compor suas linhas: a primeira linha era facilmente quebrada e a última linha ficava exposta, fazendo com o que seus defensores tivesses que ir na marcação por encaixes e assim deixando espaços vazios e superioridade numérica para a Votuporanguense. Isso gerou uma série de espaços pelos lados com triangulações e finalizações e cruzamentos bem perigosos ao gol do Comercial. Contudo, o gol não veio assim. Veio de uma bola parada, jogada ensaiada no segundo pau e gol aos 83 minutos de jogo. Esse resultado de 1x0 era injusto até o momento, já que pela produção ofensiva, a Votuporanguense merecia um placar maior. 

Entretanto, o time que ela estava enfrentando era o time de melhor campanha na A3. E aos 91 minutos, nos acréscimos, na única jogava de perigo do time de Ribeirão Preto, o gol veio após rebatida do goleiro e finalização para o gol vazio. 

O resultado de 1x1 teve as seguintes morais do jogo: Ficou barato para o Comercial, pois pela produção ofensiva do segundo tempo da Votuporanguense, o placar deveria ser maior; O empate é uma derrota para a Votuporanguense que precisará de uma vitória no segundo jogo; Respira o futebol do interior pelo grande espetáculo.  

26/04/2022

Brasileiro Série C 2022: Mirassol x Paysandu

De fato o Brasileiro Série C é o campeonato de futebol de maior nível técnico que eu possa acompanhar. Isso não é novidade alguma. As partidas são impregnadas por conceitos táticos e ações futebolísticas que escapam apenas da raça e do talento. 

O jogo da noite de segunda feira foi entre Mirassol e Paysandu (A primeira vez que cubro um time do norte do país). Seu técnico é muito conhecido por mim pois treinou ambas as equipes de Ribeirão Preto (Marcio Fernandez). Além do mais, a organização do campeonato e forma como árbitros comandam o jogo é muito diferente de campeonatos estaduais. 

Confesso que onde estava posicionada minha cabine de imprensa no estádio Maião prejudicou as minhas observações do jogo. Entretanto, foi possível perceber que o Mirassol veio na plataforma de jogo do 4-1-4-1 variando para o 4-2-3-1 sem a bola e o 4-3-3 com a bola (essa foi minha interpretação apesar de obter informações de que o posicionamento era apenas o 4-1-4-1). De fato, em certos momentos era esse o posicionamento mas na maioria das vezes se fazia dois volantes em linha e um meia a frente de uma linha de três com dois pontas e um centroavante. O Paysandu veio no clássico 4-2-3-1 muito compactado jogando numa pressão média-alta. 

O primeiro tempo eu poderia dizer que foi equilibrado, embora, nos primeiros vinte minutos um amplo domínio do Papão da Curuzu foi evidente com pressão na saída de bola, uma marcação por encaixes apenas com seus pontas marcando os alas do Mirassol, velocidade nas ações ofensivas e ótimas chances desperdiçadas. Acredito que tenha sido o time visitante que melhor jogou, propondo seu jogo, que eu tenha visto essa temporada. Com a posse de bola, o Mirassol não desenvolvia seus ataques porque errava muitos passes que poderiam quebras as linhas e era evidente que o time estava espaçado entre os setores ocasionando bolas longas e jogadas de pivô apenas. Aos 46 minutos de partida, numa transição ofensiva muito veloz e uma finalização dentro da pequena área, fez o Paysandu abrir o placar. 

No segundo tempo, mantendo a mesma plataforma de jogo porém, mudando peças, o Mirassol melhora. Já o Paysandu não recuava e não fornecia a bola para o time mandante (que seria de praxe no futebol brasileiro). Mesmo assim, o Mirassol consegue empurrar o Paysandu para o seu campo e aproximando mais os setores e trocando os seus laterais titulares pelos reservas, fez o Mirassol melhorar na sua criatividade e assim passar a finalizar mais em gol ou perto dele. O jogo continuava a ser bem jogado taticamente por ambas as equipes embora a finalidade dos objetivos tenha mudado. Com isso, mesmo com todo o poderio de ataque funcionando, o Mirassol chegou ao empate após uma falta batida na segunda trave para o cabeceio em diagonal do lateral que entrou no intervalo. 

Com o empate, o Mirassol se lança ao ataque e o Paysandu se fecha mais do que deveria. A virada veio mas a arbitragem não viu que após muitas rebatidas na pequena área, a bola entrou mais que muitos centímetros e que foi gol. Assinalou apenas tiro de meta e a confusão e xingamentos no estádio começaram. 

Não pude ficar para ver o pós jogo pois a viagem de volta era longa. Final de resultado: 1x1. 

24/04/2022

Paulista Segunda Divisão 2022: Catanduva x Penapolense

Acredito que seja a competição mais raiz que existe no Estado de São Paulo. A quarta divisão começou. 42 times para apenas duas vagas. Uma coisa insana e raiz. Os estádios são bem precários, os gramados ruins e muito pouco público. O que não falta é a superação dos times e dos jogadores.

A partida de estreia foi entre Catanduva X Penapolense. Um duelo da região noroeste do Estado. Dez da manhã, muito sol e calor. O Catanduva jogou no 4-4-2 sem a bola e ora no 4-2-3-1 ora no 3-4-3 com a saída de três com dois zagueiros e um volante. A Penapolense veio da mesma forma e aqui quero dizer que fico bem feliz em ver essa variação de jogo nas fases. A chance de êxito dos times que optam por jogar diferente são maiores do que os times que optam pela forma mais pragmática.

O primeiro tempo foi intenso e equilibrado. Mesmo com o forte calor, ambos os times jogavam de forma firme mas com lealdade sem violência. Fazendo as saídas de 3 e transformando os laterais em alas, o equilíbrio nas ações ofensivas era perceptível. Embora a arbitragem tenha parado o jogo demais. Aos 35 minutos, após a recuperação de bola no campo ofensivo, uma jogada pelo lado direito fez o Catanduva abrir o placar. Porém, aos 39 minutos, depois de uma transição rápida, o ponta da Penapolense ficou cara a cara com o goleiro que cometeu o pênalti. 

Com o empate, era difícil esperar uma mudança de comportamento de ambos. O Catanduva, contudo, veio com força no começo do segundo tempo. Vários ataques e finalizações utilizando bem a profundidade e a amplitude após usar só a plataforma do 3-4-3 com a bola. Porém, o 2x1 dos mandantes veio numa cobrança de falta perfeita aos 60 minutos. Após a vantagem, o jogo passa a ser mais pegado e truculento do que jogado. Mesmo assim, o Catanduva não deixava de ter o controle da partida com exceção de outro pênalti, cometido agora pelo zagueiro, aos 91 minutos de partida. A chance do empate era nítida se não fosse a grande defesa do goleiro do Catanduva para garantir a vitória na estreia.

A bezinha só está começando.


23/04/2022

Paulista A3: Segunda fase - Comercial x Suzano

Mais um jogo no feriado que era propício para uma tarde de presença no estádio. Mais uma vez, as condições não atraem mais público. A não venda de cervejas e o horário (15h) para uma cidade que é muito quente como Ribeirão, espanta pessoas e geram um público de 1700 pessoas num dos melhores momentos do seu time desde 2018. 

Comercial x Suzano jogaram pela última rodada da segunda fase valendo vaga para a semifinal da A3. Valendo vaga apenas para o Suzano porque o Comercial já tinha garantido a sua vaga na rodada anterior. Para o Comercial, o jogo era de descanso para os principais jogadores e fazer alguns testes e para o Suzano era a sobrevivência. Apenas a vitória interessava. 

O Comercial veio no seu habitual 4-3-3 com a bola e no 4-4-2 sem ela. Já o Suzano veio ora no 4-1-4-1 ou 4-4-2 sem a bola e no 4-3-3 ou 4-2-3-1 com ela (sua plataforma de jogo era o 4-2-3-1). 

Apesar de uma possível tensão, a partida não gerou nada de espetacular. Muito pelo contrário. Muitas faltas, poucas ações ofensivas de ambos os lados (mesmo o Suzano lutando pela sobrevivência) e posse de bola quase nulas. No primeiro tempo, as principais chances de ambos (quando haviam) era de bolas paradas ou rebotes. Nada muito rebuscado ao jogo que poderia trazer análise. 

No segundo tempo, precisando do resultado (já que o Votuporanguense abriu o placar contra o São José) o Suzano mudou seu jogo para o 4-2-3-1 com e sem a bola e tentava pressionar empurrando o Comercial para trás. Sua posse de bola aumentou, porém nada de chances efetivas. A consequência disso era os espaços para a transição que o Suzano fornecia ao Comercial. A situação piorou para os visitantes quando seu camisa 10 recebeu o vermelho. Com um a menos, os espaços se abriram para o Comercial e muitos contra ataques em superioridade numérica foram feitos. Porém, o gol só saiu no último minuto, enterrando de vez a chance do Suzano. 

As semifinais serão entre Comercial x Votuporanguense; EC São Bernardo x Noroeste. 

21/04/2022

Paulista A3 2022: Segunda Fase - Votuporanguense x Comercial

A penúltima rodada da segunda fase da A3 marcou uma partida que poderia definir duas coisas: 1) A sobrevivência e uma não dependência de nenhum resultado na ultima rodada para o Votuporanguense e 2) A classificação antecipada à semifinal do Comercial. 

Já se tratava de um jogo tenso. Até por isso, a escalação de um árbitro de série A do Brasileiro que fez uma conduta impecável durante a partida. O Votuporanguense é um dos times que mais varia seu estilo de jogo de acordo com cada partida. Isso requer tempo e um entendimento legal dos comportamentos e das ações táticas (algo incomum no Brasil, ainda mais numa terceira divisão estadual). Eles vieram numa plataforma de jogo do 4-2-3-1 usando 4-1-4-1 sem a bola e o 3-5-2 com a bola e uma saída de três. Já o Comercial veio no seu já característico 4-4-2 sem a bola e o 4-3-3 com ela. 

De acordo com as campanhas, de fato o Comercial é um time mais coeso e bem detentor de si enquanto se trata das ações do jogo. No primeiro tempo, com exceção de uma bola no travessão, as ações ofensivas eram escassas. Ambos os times tentavam, á sua moda, algo que pudesse sobressair. Usando saída de três e os laterais como alas, a posse de bola do Votuporanga não criava nenhum perigo pois esbarrava fortemente na marcação média das duas linhas de quatro do Comercial. A ideia do time visitante era pura e simples: jogo físico e velocidade na transição para pegar o Votuporanguense em inferioridade numérica no contra ataque. 

Mesmo o 0x0 após o intervalo, era claro que o controle da partida estava mais nas mãos do Comercial. E assim ficou. Logo aos 51 minutos, num desarme no campo ofensivo e a transição pelo lado direito, o cruzamento foi feito para a finalização a queima roupa para o Comercial fazer zero a um. A partir daí pouca coisa mudou. Mesmo com 40 minutos para tentar algo, o time da região de Rio Preto não só tinha dificuldade em criar situações perigosas bem como apenas utilizava de cruzamentos como arma. Bem verdade que nos últimos minutos, três grandes defesas do goleiro do time visitante e uma bola na trave marcaram o final de jogo bem movimentado. 

Comercial na semi e Votuporanguense precisa de dois resultados para passar. 

18/04/2022

Brasileiro Série D: Ferroviária x URT

Após cobrir uma partida da série C, foi a vez agora da estreia da Série D. Um campeonato difícil em que sua primeira fase é regionalizada. Pela série D fica bem claro a diferença de patamar entre os campeonatos estaduais. De fato, o campeonato paulista possui um gap elevado em suas equipes quando se compara a outros Estados com times do interior. Hoje a noite isso ficou visível com a goleada da Ferroviária de Araraquara. 

A partida de estreia, geralmente, é mais nervosa que as outras. Porém, não foi o que se viu. A Ferroviária mudou sua comissão do Paulista para a série D e com isso sua alteração na forma de jogar. Veio no 4-4-2 sem a bola e no 4-3-3 com a bola tendo os seus meias bem flutuadores e um volante a frente da linha de defesa como um cão de guarda. O URT veio no 5-4-1 sem a bola e no 3-4-3 com a bola fazendo a saída de 3 e usando bem os alas. 

O primeiro tempo foi um indicativo do que seria a partida: amplo e total domínio de jogo da Ferroviária. Para se ter uma ideia desse domínio, onze escanteios foram cobrados pelo time da casa apenas no primeiro tempo e nenhuma finalização ao alvo dos times visitantes. A posse de bola, a movimentação e principalmente a flutuação de ambos os meias entre as linhas do URT mataram o time mineiro embora os 45 minutos iniciais tenham terminado em 2x0 (sendo um gol de pênalti controverso).

Já no segundo tempo, a Ferroviária veio da mesma forma porém, a URT mudou seu jogo. Passou a jogar no 4-4-2 sem a bola e no 4-2-3-1 com ela. Isso se deu para tentar fechar os espaços pelas laterais e tentar, de alguma forma, dominar o meio campo. Contudo, a análise que eu tive é que essa ideia de jogo não havia sido treinada e gerou bastante espaços vazios nas laterais (sem a recomposição devida) e isso abriu a porteira dos gols porque a Ferroviária tinha abdicado um pouco de sua posse. 

Com quatro gols marcados em 13 minutos no começo do segundo tempo, fez o 2x0 virar 6x0 e a partida ficar em temperatura morna esperando apenas o seu final. O que não era surpresa foi a ampliação desse placar para 8x0. 

Um verdadeiro chocolate na Páscoa. 

17/04/2022

Brasileiro Série C: Botafogo SP x Botafogo PB

Feliz Páscoa. 

A melhor páscoa foi ter trabalhado e conseguir fugir de qualquer convenção social em uma pandemia. 

Esse texto se dará sobre a estreia em casa do Botafogo de Ribeirão Preto contra seu xará da Paraíba. A partida as 11 horas da manhã só não foi mais penosa porque não havia aquele calor característico da cidade porém, o sol era muito forte. O horário pode ser bom para umas coisas mas para o alto rendimento da partida já é um fator limitante. 

Com poucas pessoas presentes, o Botafogo (mandante) veio no 5-4-1 sem a bola bem compacto quando não marcava pressão e no 5-2-3 quando marcava com as linhas altas; Com a bola era um 3-4-3 com saída de 3 com um volante. Já o time da Paraíba veio numa plataforma de jogo do 4-2-3-1 sem a bola (ora alternava para o 4-4-2 e para o 4-3-3 porque a marcação era por encaixes e então seus meias acompanhavam os alas do time mandante); e no 4-3-3 com a bola. 

O primeiro tempo foi puro suco de futebol brasileiro: o time mandante com posse e atacando e o time visitante recuado e na transição. Novamente digo que meu sentimento é de reflexão sobre esse tipo de comportamento pois na minha perspectiva, isso não agrega em nada uma evolução ou debate meramente produtivo quando se trata de uma fase em pontos corridos. Bem compactado, o time paulista teve total e amplo controle do jogo com a posse de bola e seus alas/laterais avançados. Muitas finalizações foram geradas nessa pressão, inclusive fazendo o time visitante usar das bolas longas e passes bastantes verticais para uma retomada rápida da bola. Aos 18 minutos de jogo, numa falta e cabeçada, o time de Ribeirão Preto abre o placar. Mantendo o ritmo e controle, o placar foi ampliado só no final do primeiro tempo após rápida transição e uma finalização com o gol aberto. 

No segundo tempo, a expectativa era um controle mais cadenciado do jogo por parte dos mandantes. Porém, mesmo mantendo sua plataforma de estratégia, o Botafogo da Paraíba faz uma marcação mais intensa e usa suas ações ofensivas mais veloz, ou seja, tentou-se chegar ao gol com mais velocidade. Deu certo, pois essa mudança de comportamento fez o time da casa recuar e passar a errar em gestos técnicos fornecendo perigo ao time nordestino. O resultado, porém, só foi a diminuição do placar para 2x1 após uma bola parada. 

O final do jogo que era para ser de controle, passou a ser de pressão pelo empate que não veio. 

Resultado final: Botafogo SP 2x1 Botafogo PB.

Paulista A3 - Segunda fase: Comercial x São José

Muito diferente do começo da segunda fase, a virada de turno já nos esclarece qual a luta de quem nessa fase do torneio. o Comercial de Ribeirão Preto foi jogar nesse jogo de sábado para garantir a classificação e o São José para tentar sonhar com alguma esperança no returno. 

A expectativa era de um jogo apertado e duro. A arbitragem era de série A do Brasileiro com o Flávio de Oliveira e a minha preparação para a partida foi as das melhores pois muitos aspectos poderiam acontecer. Estádio cheio, feriado, sol mas sem calor e um clima agradável entre torcidas. Comercial x São José fizeram o duelo dessa tarde. 

O Comercial veio no seu habitual 4-3-3 com a bola utilizando sempre os lados com triangulações e espetando sempre um pivô para dar profundida as bolas longas; e o 4-4-2 sem a bola, embora nesse jogo, as duas linhas de quatro não eram bem visíveis. Já o São José veio diferente da partida que analisei em Votuporanga na primeira rodada. Eles vieram no 4-4-2 sem a bola e no 4-3-3 usando uma saída de 3 com um volante e espetando os laterais quase que como alas. 

A partida no geral teve aquele sentido de um futebol jogado como se fosse uma "pelada": muito ataque de ambos e defesas desorganizadas. Cada posse de bola, gerava um ataque perigoso, quase que uma trocação fatal. No primeiro tempo, o Comercial vinha com mais perigo do que os visitantes. Porém, as finalizações de ambos era geradas apenas por cruzamentos e por chutes de fora da área. Pouca criação foi vista para que os arremates fossem feitos dentro da área por triangulações ou ocupações de espaços. 

No segundo tempo, pouca coisa foi observada de diferente. O único comportamento que estranhei foi a cera que o time visitante fez quando percebeu que a partida encaminhava para o 0x0. O empate era ruim para ambos e para mim não fazia sentido querer o empate. Após a expulsão do zagueiro do São José aos 77 minutos, o Comercial manteve sua proposta de jogo, mas avançou seus laterais para que atacassem mais. Deu efeito, porém o goleiro do São José salvava cada bola. Os Joseenses passaram a jogar no 5-3-1 para evitar a ofensividade dos lados e com a bola jogavam no 4-2-3. 

No final, o empate de 0x0 foi concretizado. Ruim para todos, pior para o São José que para se classificar as semi, precisa ganhar as duas últimas partidas. 

13/04/2022

Brasileiro Série C 2022 - Primeira Rodada: Mirassol SP x Ferroviário CE

 Estreia da terceira divisão nacional com um novo formato. Nos anos anteriores, eram dois grupos de dez times regionalizados e depois dois grupos de quatro para decidir os quatro times que iriam ascender a série B e começar a ter uma renda por causa do PPV. O novo formato se dá entre os vinte times unidos jogando em um turno pontos corridos. É mais justo, mais cansativo e mais desafiador. A estreia dessa temporada foi entre Mirassol x Ferroviário de Fortaleza. 

Estava muito quente no noroeste do Estado de São Paulo. Sem previsão de chuva, a partida aconteceu em meio à um céu estrelado. A Série C para mim é muito intrigante pelos desafios que ela fornece. Porém, antigas culturas futebolísticas brasileiras se mantém em pé. A que mais me incomoda é a cultura de que se está jogando como visitante, defender é o caminho. Ruim pensar assim porque além de não estabelecer uma proposta de jogo clara, faz a partida ser ruim, parada e quebrando seu dinamismo. Foi essa a proposta do Ferroviário. 

O Mirassol veio num ofensivo 4-1-4-1 com e sem a bola, flutuando muito seu primeiro volante e utilizando demais os pontas em amplitude pois sabiam da retranca adversária. O Ferroviário veio no 4-4-2 bem compacto sem a bola e o 4-2-3-1 com a bola utilizando apenas a tentativa da transição ofensiva veloz como arma de ataque. 

No primeiro tempo, logo nos primeiros minutos nos demos conta de como seria o jogo. Ataque contra e defesa e anti-jogo. Aos 10 minutos do primeiro, contudo, numa falta cobrada, o Ferroviário abriu o placar após a finalização e após isso, se a retranca era perceptível, agora tinha ficado ainda mais evidente. O Mirassol tentava manter seu ritmo apesar do 0x1. Bolas em profundidade para os pontas bem abertos e zagueiros postos na linha de meio campo dava o tom da pressão ofensiva. Porém, poucas finalizações eram feitas até o gol de empate vir de pênalti aos 27 minutos. As inúmeras "lesões" do time visitante quebrava o dinamismo do Mirassol, porém, mesmo assim o ataque contra defesa se mantinha. 

Para o segundo tempo, ambos os times voltaram com a mesma formação apenas trocando peças por peças. Tendo as mesmas plataformas, o estilo da partida era o mesmo: ataque contra defesa. Mais assertivo nas criações e nas finalizações, o Mirassol só foi virar a partida aos 65 minutos de jogo. Após isso, o Mirassol diminuiu o ritmo porém sem entregar a posse de bola. A facilidade no controle da partida se torna mais clara após a expulsão direta do zagueiro do Ferroviário. Com um a menos, o time cearense, ao invés de utilizar o 4-4-1, utiliza o 4-2-3 numa fase de pressão alta e um 4-4-1 quando as linhas abaixavam. Tudo isso era para tentar o empate que foi em vão. 

Resultado Final: 2x1 Mirassol.  

07/04/2022

Paulista A3: Comercial x Votuporanguense

Fez muito calor hoje em Ribeirão Preto. Aquele calor que poucas cidades podem se dar ao luxo de dizer que está quente. Ainda bem que a partida se iniciou as 20h de Brasília. 

Comercial x Votuporanguense fizeram um duelo pela liderança da segunda fase da terceira divisão. Seria meu segundo jogo cobrindo o time de Votuporanga e o primeiro do time de Ribeirão nessa fase. O clima era de um jogo bem equilibrado e tenso  pela necessidade de distanciar na liderança do grupo. 

Ao receber a escalação do time mandante, foi possível reparar que a plataforma de jogo do Comercial é um 4-3-3 (um dos quais eu mais adoro). Seus três meias eram volantes de origem e precisaram ser encaixados como meias armadores pela falta de jogador nessa posição. Sem a bola, o Comercial veio no 4-4-2 (plataforma usada pelo São José após tomar o segundo gol do Votuporanguense afim de evitar as investidas dos laterais que viram alas na amplitude). Já o Votuporanguense, jogou como a partida de domingo: 4-2-3-1 sem a bola e ora um 3-2-5 com a bola ora um 4-2-3-1 fazendo uma saída de 3. 

O primeiro tempo foi ótimo. Diferente de domingo, o Votuporanguense veio numa proposta mais defensiva por ser visitante. A variação com os laterais como ala ditava esse cuidado em se defender. O Comercial, com mais posse, tentava ser intenso e mais vertical possível marcando em linha alta todo o primeiro tempo. Ambos os gols dessa etapa serem de escanteio, me deu a reflexão do equilíbrio da partida: 0x1 aos 13 minutos e o 1x1 aos 36. 

No segundo tempo, mesmo mantendo as formas de jogo, a partida deu uma certa desequilibrada para o Comercial. Tendo a torcida empurrando e a incrível cultura de recuar quando se joga fora de casa, facilitou para o Comercial usar jogadas pelos lados com triangulações e chegar a virada aos 61 minutos e decretar a vitória aos 94. 

Indo a 6 pontos, o Bafo consegue ter uma calmaria para pensar seu próximos passos. Já o Votuporanguense, precisará de uma vitória fora de casa para manter alguma vantagem. 

05/04/2022

Paulista A3 - Segunda Fase: Votuporanguense x São José

 Depois de um tempo sem cobrir partidas da terceira divisão paulista, voltei para a segunda fase. Esse ano, a segunda fase é diferente pois não há mata-mata e sim dois grupos de quatro. O calor era grande em Votuporanga logo as dez da manhã de domingo. A viagem foi matinal porque tive que sair as 05 da manhã de casa. 

A atmosfera do jogo era sensacional. Duas torcidas, duas baterias e as provocações saudáveis entre elas. Fiquei nas cabines de imprensa ao lado da diretoria visitante e pouco vi alguma ameaça ou desentendimento por parte dos Votuporanguenses. 

Como não conhecia os times, tive que supor qual eram as estratégias de ambos para essa primeira rodada de segunda fase. O Votuporanguense veio de sua proposta de jogo e não mudava conforme o adversário. Já o São José, alterou sua forma de jogo de acordo com a partida. O time da casa veio no 4-2-3-1 com e sem a bola, avançando bem os laterais quase que como pontas. O time visitante veio no 4-1-4-1 sem a bola para bloquear as investidas dos laterais (ora fazendo uma linha de 5 ora uma linha de 6 porque as marcações eram por encaixes) e no 4-3-3 com a bola tentando jogadas de pivô e fazendo a saída de 3. 

O primeiro tempo foi de amplo domínio do Votuporanguense. Muita ofensividade e intensidade pelos lados. Mesmo com a proposta mais defensiva, não deu muito certo para o São José. Com o massacre que estavam sofrendo, o placar foi aberto numa jogada que não era tão frequente: uma transição ofensiva pelos lados e cruzamento para a cabeçada do seu meia central. 

No segundo tempo, a expectativa era de uma mudança de postura do São José. Não teve. Ambos os times voltaram com as mesmas formações e com os mesmos ímpetos: Votuporanguense mais ofensivo e com posse do que o São José que não possuía nenhuma ação ofensiva. O golaço que fez o 2x0 aos 56 minutos de jogo decretou o fim do jogo ali. Houve mudanças a partir disso: o time da casa passou a marcar em linhas baixas e no 4-4-2 e os visitantes se transformaram no 4-4-2 sem a bola e no 4-2-4 com a bola meio que pressão em não tomar mais gols e tentar fazer algum gol. 

Não deu muito certo. O forte calor do meio dia fez com que os times pararem com a intensidade e terminar a partida em 2x0.