Mais um jogo de seis pontos foi analisado por mim. Na real, era mais uma partida de vida ou morte para ambos os times sobre a classificação a próxima fase da Série D. A situação era mais desesperadora para a Ferroviária que precisava urgentemente de uma vitória para ter chances de classificação.
O ambiente era tenso e de leve confiança. A Ferroviária deveria se impor e fez: veio no 4-2-3-1 sem a bola com estilo clássico e no 3-2-5 com a bola bem ofensivo: usando da amplitude, trocas de passes e triangulações pelos lados. Já o Bahia de Feira, que precisava apenas de um empate, veio no 4-3-3 com bola e no 4-4-2 sem a bola bem compacto.
O primeiro tempo foi ataque versus defesa. A compactação das duas linhas de quatro do Bahia fazia a Ferroviária ter uma posse de bola e um jogo efetivo que pudesse gerar finalizações. A defesa prevaleceu até os 30 minutos quando o Bahia de Feira tentou ter mais posse, mais ofensividade e por isso gerou mais espaços para os ataques da Ferroviária. O engraçado é perceber que o estilo de jogo da equipe não geravam tantos perigos quanto a transição rápida ao ataque. Infelizmente, a tensão do jogo e a pressão pelo resultado começou a complicar a qualidade dele e o zero a zero se fazia presente.
No segundo tempo, ambas as equipes voltaram da mesma forma. A mudança foi comportamental: a Ferroviária mais intensa e um pouco mais vertical e o Bahia de Feira veio mais compactado e marcado por encaixes. Apesar da mesmice do primeiro tempo, o clima da partida virou. Se tornou mais físico e mais mental. Aos 61 minutos, após a conquista do rebote de um chutão, em dois toques e numa transição veloz, o Bahia de Feira abre o placar, dá um banho de gelo em todos e muda a rota da partida. Com o 0x1 e precisando de dois gols, a Ferroviária coloca dois atacantes e passa a jogar no 3-5-2 com a possibilidade de mais bolas cruzadas. Infelizmente, a ideia deu errado pois os atos de cruzar bolas acabou com qualquer construção de jogo dos mandantes que vinhas de uma manutenção da posse de bola e triangulações. Com o jogo reativo, aos 75 minutos de jogo, o Bahia aumenta o placar para 0x2 e sacramenta um clima hostil e de tensão no estádio. Inclusive tendo um jogador da Ferroviária sendo expulso.
Após a expulsão, a Ferroviária passa a jogar no 4-3-2 com e sem a bola e mesmo assim não consegue mais nada. O Bahia de Feira consegue a classificação e a Ferroviária está eliminada.
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