Copa Paulista: Quartas de Final: Noroeste x Portuguesa Santista

Mais um dia de muito calor no interior de São Paulo. Pior que isso, só as caóticas estradas na volta de um feriado. Não digo da qualidade das pistas mas sim, da imprudência nelas. 

Noroeste de Bauru fez a primeira partida das quartas da Copa Paulista contra a Portuguesa Santista. 

O time de Bauru veio no 4-4-2 sem a bola e pasmem no 3-5-2 com ela usando a linha de três (um volante e dois zagueiros) e os laterais como alas. A Portuguesa Santista veio no 4-3-3 com e sem a bola. 

A partida foi até que emocionante no que se refere as ações ofensivas. Muitas chances observadas no primeiro tempo para ambas as equipes mas nada de gol concretamente. 

Para o segundo tempo, o Noroeste começa a atacar muito mais que o time da baixada Santistas. Sufocando os visitantes com suas linhas avançadas, os mandantes tiveram inúmeros escanteios gerados por excessivos  cruzamentos rebatidos pela defesa da Lusinha. No que era dado como certo o empate em 0x0, no último escanteio cobrado, faltando exatamente 30 segundos para o fim da partida, o Noroeste faz o 1x0 e sela sua vantagem para a partida de volta. 

Paulista Segunda Divisão: Semifinal: Catanduva x Taquaritinga

Como é linda a festa de um estádio lotado com duas torcidas. A ideia de torcida única de fato tem um único argumento que pode ser considerado plausível: a de maior facilidade na segurança pública. De resto, qualquer outro argumento é contraproducente.

Catanduva e Taquaritinga fazem o confronto de um dos acessos da quarta divisão paulista para a terceira divisão. A primeira partida foi em Catanduva. 

Os mandantes vieram no 4-1-4-1 sem a bola e no 4-2-3-1 com a bola, a estilo clássico. O Taquaritinga mudou sua forma de defender e veio no 5-3-2 sem a bola e no 3-4-3 com a bola muito mais preocupado em se defender. 

O primeiro tempo é bem equilibrado. O calor pesou nas ações técnicas e comprometeu as ações ofensivas. O embate físico era a tona da partida e claro que nesse cenário, a bola parada ou um grande erro defensivo seria determinante para se ter qualquer gol. E foi assim aos 44 minutos, num escanteio com desvio na primeira trave, que o Taquaritinga abriu o placar. 

Para o segundo tempo, nada de muito diferente foi visto, a não ser o "cozinhar do tempo" dos jogadores visitantes. Nenhuma alternativa, como uma mudança tática, foi usada pelo Catanduva e assim, a partida termina em 0x1 para o CAT. 

Copa Paulista: Mirassol x Marília

Última rodada da Copa Paulista. Calor de 38 graus em Mirassol as 10h da manhã. Os mandantes precisavam de um empate para passar na próxima fase e o Marília precisava ganhar. 

A expectativa? Jogo disputado. A realidade? Uma das melhores partidas que já cobri. 

O Mirassol veio no 4-2-3-1 sem a bola e no 4-3-3 estilo triângulo com a bola. O Marília veio no 4-1-4-1 sem a bola bem compacto e no 4-2-3-1 clássico com ela. 

A partida começou bem jogada e já com o placar aberto aos 6 minutos de jogo com os visitantes. Após isso, o Marília veio no 4-4-2 sem a bola com o recuo. O Mirassol vinha com sua ofensividade particular tentando achar espaços nas duas linhas de 4. Conseguiu. Antes do intervalo, o Mirassol vira com um gols aos 34 minutos e um gol olímpico (raro de se ver) aos 41 minutos. 

A volta do intervalo não gerava muita expectativa pelo calor intenso. Mas foi melhor que o primeiro. O Marília já empata aos 48 minutos de jogo e depois vira com um golaço de fora da área aos 56 minutos. Com isso, o Marília fica no 4-4-2 e agora precisando fazer um gol, o Mirassol joga na linha do meio campo para frente. O lateral esquerdo do Marília é expulso e com um a menos passam a jogar no 5-2-2 com e sem a bola mas abdicando de qualquer ofensividade. O Mirassol jogou com o estilo Guardiola no 3-2-5 com a bola. Porém, nada muito de perigo para o gol do Marília que segurou o resultado e se classificou eliminando o Mirassol. 

Paulista Segunda Divisão - Quartas de finais: Taquaritinga x Rio Branco

Calor e jogo tenso. Essa é a mistura do interior de São Paulo nessa época. Campeonatos afunilando, calor aumentando e um clima de decisão que faz qualquer partida ter sua mera preparação mental.

Quartas entre Taquaritinga e Rio Branco de Americana. Primeiro jogo foi 0x0 e se houvesse mais um empate, penalidades. Advinha o  que aconteceu?

Taquaritinga veio no seu habitual 4-2-3-1 sem a bola e 3-4-3 com ela com os dois laterais jogando como ala. Com isso, o Rio Branco adaptou seu jogo para um 4-4-2 sem a bola e um 4-3-3 com ela. 

A partida veio muito na entoada do empate. Equilibrios nas ações e nos momentos de melhoras. No primeiro tempo, os mandantes foram melhores e no segundo foram os visitantes. O resultado de 0x0 sem muita ofensividade levou a decisão para os pênaltis. 

Neles, o Taquaritinga acertou as 4 cobranças enquanto o Rio Branco de três, fez só uma. 

Taquaritinga passa para pegar o Catanduva.

Paulista Segunda Divisão - Quartas de final: Francana x Catanduva

Depois dos 39 graus durante a semana, 13 graus durante o domingo frio em Franca para a primeira partida entre Francana x Catanduva pela quartas de final da Bezinha. 

Pela tensão do momento do campeonato, muita cautela era necessária. Catanduva passa com a melhor campanha e por sinal, um dos melhores times que jogam a quarta divisão.

A Francana veio no clássico 4-2-3-1 com e sem a bola. E quando digo clássico é estilo clássico mesmo: jogo físico, bolas longas, chutões e correria dos pontas. O Catanduva veio no seu estilo de sempre de 4-1-4-1 sem a bola e no 4-3-3 com a bola com o jogo associativo e ocupação de espaço. 

Logo no primeiro minuto de partida, numa dessas correrias dos pontas e numa jogada 1x1, a Francana já abre o placar. Depois disso, só deu Catanduva. Finalizações fora da área, na trave, defesas do goleiro mandante e um jogo envolvente deu a tona da partida. Mesmo com o 1x0, o estádio estava tenso porque sabia que o empate era eminente. E assim aconteceu aos 43 minutos ainda do primeiro tempo numa finalização de fora da área. 

Com o empate, o segundo tempo ficou com a cara da quarta divisão. Mesmo com os times mantendo suas formações, a cautela prevaleceu e assim a partida termina em 1x1. 

Mineiro, Segunda Divisão: Nacional x Paracatu

Primeira rodada da terceira divisão do mineiro. Nacional de Uberaba versus Paracatu duelaram em Uberaba num clima confuso. Ora quente, ora frio. 

Para um começo de campeonato, esperava que um certo receio fosse tomar conta de ambos os times e pasmem, eu estava certo.

O Nacional veio no 4-4-2 sem a bola e no 4-2-3-1 (fazendo uma saída de 3 com um volante e dois zagueiros) com ela. Estilo clássico de defender e acatar. Já o Paracatu, em seu sistema, era mais ousado: um 5-2-3 sem a bola e um 3-4-3 com ela, com alas bem abertos. 

Não houve muito o que analisar. Embora as estratégias fossem diferentes de ambos os times, nada muito de concreto foi realizado. Nenhum perigo ou uma finalização certeira foi feita. 

O empate em 0x0 foi mais que justo. 

Copa Paulista: Mirassol x Comercial

Olá, 

Numa noite bem quente, com uns 39 graus em Mirassol durante o dia e 27 durante a noite, Mirassol e Comercial duelaram pela penúltima rodada da Copa Paulista. Confronto de opostos: Mirassol luta pela liderança e o Comercial pela primeira vitória já eliminado da competição. 

O Mirassol veio no 4-4-2 sem a bola e no 4-1-4-1 com a bola. Já o Comercial vio no 4-4-2 sem a bola também e no clássico 4-2-3-1 com a bola. 

O primeiro tempo foi mais disputado que jogada. Embora o ponta direito do Comercial não fechava a segunda linha de 4 gerando espaços para superioridade numérica do Mirassol, nada de muita ofensividade foi criada ou proposta.

Para o segundo tempo, o calor abusou e fez com que nada mudasse nos parâmetros, nem mesmo uma chance perigosa de ambos. 

Mirassol manteve sua liderança e o Comercial é o lanterna.

Jogos do dia 21 de Junho a 21 de agosto.

 Me perdoem ficar sem escrever textos todo esse tempo. Muitos fatores me afastaram da escrita além da rotina exaustiva de partidas. Porém, aqui vai: 

21/06: Paulista feminino: Ferroviária 3x2 Taubaté;

25/06: Quartas do brasileiro feminino: Ferroviária 3x0 Internacional: uma das melhores partidas;

28/06: Paulista feminino: Realidade Jovem 3x1 São Bernardo;

01/07: Brasileiro Série D: Ferroviária 4x2 XV de Piracicaba;

04/07: Copa Paulista: Comercial 0x1 Marília;

05/07: Paulista Segunda Divisão: Taquaritinga 1x1 Mauá; XV de Jau 2x0 Tanabi;

07/07: Mineiro, Módulo II: Boa 1x0 Aymorés;

08/07: Brasileiro Série D: Athletic 1x0 Democrata;

09/07: Brasileiro Série C: Pouso Alegre 0x1 Floresta;

10/07: Copa Paulista: Mirassol 1x1 Noroeste;

12/07: Mineiro, Módulo II: Uberlandia 2x1 URT;

15/07: Copa Paulista: Maríia 0x0 Prudente;

16/07: Paulista Segunda Divisão: Penapolense 1x0 Francana;

19/07: Paulista Segunda Divisão: Tanabi 0x2 XV de Jau; Catanduva 0x0 Ska;

22/07: Brasileiro Série D: Crac 1x2 Cascavel;

23/07: Mineiro, Módulo II: Uberlandia 1x0 Boa;

24/07: Copa Paulista: Mirassol 1x0 Prudente;

28/07: Mineiro, Módulo II: Boa 0x2 Betim;

29/07: Copa Paulista: Prudente 1x Sao José;

30/07: Paulista Segunda Divisão: Francana 2x1 Ska; América 2x2 Vocem;

02/08: Paulista Segunda Divisão: XV de Jau 2x0 Nacional; 

05/08:  Mineiro, Módulo II: URT 0x2 Boa;

06/08: Brasileiro Série D: Patrocinense 2x1 Brasil de Pelotas;

11/08: Copa Paulista: Noroeste 2x0 Mirassol;

12/08: Paulista Segunda Divisão: Catanduva 3x1 Rio Branco;

13/08: Copa Paulista: Comercial 1x2 Prudente;

16/08: Paulista Segunda Divisão: América 1x2 São Carlense;

19/08: Paulista Segunda Divisão: Taquaritinga 2x0 Independente;

Para os próximos jogos, haverá analises.

Paulista Segunda Divisão: Batatais x Taquaritinga

A última partida do Batatais em casa foi na penúltima rodada da primeira fase. Já eliminado, só restava tentar uma vitória. 

O confronto contra o líder do grupo não seria fácil. O Batatais mudou seu jogo para algo mais defensivo num 5-2-3 sem a bola e no 3-4-3 com a bola. O que me surpreendeu é que com linha de 5, os mandantes marcavam com encaixes individuais. Já o Taquaritinga veio no 5-4-1 sem a bola e no 3-2-5 com ela usando dois zagueiros e um volante. 

A partida foi muito parada pelo árbitro. Inúmeras faltas eram concedidas e isso quebrava o ritmo do jogo. Quase nada poderia ser apontado, a não ser confrontos físicos, bolas altas e chutões. 

Para o segundo tempo, o jogo se manteve na mesma porém, com o cansaço batendo, o time da casa cedeu mais espaços e com isso no fim do jogo tomou dois gols: um aos 84 de contra ataque e o último de pênalti aos 96. 

Triste pelo Batatais.

Brasileiro Série D: Ferroviária x Cascavel

Muito frio e muita chuva em Mirassol para a partida da primeira rodada do returno. Ferroviária x Cascavel tiveram seus jogos dificultados pela questão do clima nesse dia.

Com a mudança da comissão técnica, a Ferroviária mudou seu jogo. Joga agora no 4-2-3-1 clássico sem a bola e no 3-4-3 com 2 zagueiros e 1 volante. Já o  Cascavel veio no 4-1-4-1 sem a bola e no 4-3-3 com ela. 

Como já adiantei, pelas poças e pela chuva, poucos passes eram concretizados. Muitos embates físicos eram feitos, carrinhos perigosos e apenas cruzamentos e lançamentos davam à tona na partida. 

Com isso, o zero x zero era quase eminente se não fosse o gol contra do zagueiro do Cascavel aos 3 minutos do segundo tempo. Dali em diante, nada mais aconteceu, a não ser a retranca dos mandantes. 

Mineiro Módulo II: Uberlândia x União Luziana

Fazia muito tempo que não cobria uma partida no Estádio do Sabiá. A maior distância que há entre as cabines e o campo. Não devo mexer nem ângulo de pescoço para olhar o lado que a bola se encontra. Partida entre opostos na tabela: o Uberlândia para a classificação e o União Luziana para o rebaixamento. 

O Uberlândia veio no 4-4-2 sem a bola e no 4-2-3-1 com a bola. O União veio no 4-4-2 sem a bola e no 4-3-3 com a bola (usando uma saída de 3 com 2 zagueiros e um volante). 

A Partida começou equilibrada. Os visitantes vieram mais pelo empate sabendo da diferença entre ambas as equipes. Defendendo muito bem, o União só tomou o primeiro gol com um pênalti feito pelo goleiro aos 31 minutos de partida. 

Para o segundo tempo, o União veio no 5-4-1 sem a bola e mantendo o 4-3-3 com a bola. Porém, essa mudança gerou uma lentidão na recomposição do time e isso deixou vários espaços para os contra ataques do Uberlândia. Com isso, com os gols aos 67, aos 75 e aos 86 selaram o placar de 4x1 tendo o único gol feito pela falha do goleiro mandante. 

Uberlândia se aproxima da classificação e o União se aproxima do rebaixamento. 

Brasileiro Série D: Rodada 6 e 7

Essa semana foi mais de cobertura de partidas de campeonatos nacionais. Mais especificamente a quarta divisão do brasileiro.

Começando no dia 07 de junho com Ferroviária x Patrocinense. Quando chego ao estádio, um clima tenso pairava sob o ambiente. Era a crise dos mandantes. Com 4 empates e uma derrota, nada estava alinhado aquele dia. A Ferroviária veio no 4-4-2 sem a bola e no 4-3-3 com a bola. A Patrocinense, líder do grupo, veio para o empate e jogou no 4-2-3-1 sem a bola e no 3-2-5 com a bola, usando 2 zagueiros e um volante. 

O primeiro tempo foi ótimo com boa ocupação de espaço dos mandantes, posse de bola que gerava finalizações e pressão na saída de bola. Com isso, após algumas tentativas, os mandantes abrem o placar aos 31 minutos de jogo porém, o empate veio numa finalização certa dos visitantes ao 42. Para o segundo tempo, a Patrocinense recua, se fecha e nada mais acontece. 

O segundo jogo pela série D, já pela sétima rodada, fui a Catalão cobrir CRAC x Operário MS. O time goiano veio no 4-4-2 sem a bola e no 2-3-5 com ela usando os laterais como alas bem abertos. O Operário veio no 5-2-3 sem a bola e no 3-4-3 com ela usando três zagueiros. Pensava que a partida fosse equilibrada porém, eu estava enganado. O CRAC amassou o Operário, simplesmente porque ocupava os espaços deixados nas falhas de marcação e acabou com a partida fazendo o jogo entre linhas. Mesmo assim, um gol foi feito aos 10 minutos. 

Para o segundo tempo, ambos os times mudaram a forma de jogar sem a bola. O CRAC mudou para o 4-3-3 sem a bola (para ter mais pressão alta) e o Operário mudou da linha de 5 para o 4-4-2 sem a bola. O que mais deu resultado foi a pressão alta do CRAC que fez o segundo aos 68, o terceiro aos 74 e o último aos 91 tudo na verticalidade. 

Paulista Quarta Divisão: Sétima rodada

 Final de semana muito trabalhoso, com as costas travadas e km percorridos. Nessa parte do ano, a Quarta divisão Paulista é a que mais consome o espaço desse blog. Com a ajuda do frio, cobri duas partidas (uma na sexta e outra domingo cedo). Eis as análises.

A primeira partida foi na sexta a noite entre Catanduva FC x Batatais. Dois times opostos na tabela. O Catanduva veio no habitual 4-2-3-1 com a bola e no 4-4-2 sem ela. Já o Batatais mudou seu padrão de jogo: agora se utiliza de 3 zagueiros num 5-3-2 sem a bola e no 3-5-2 com a bola. Era nítido que o Batatais viria para se defender e atacar os espaços. Porém, logo no primeiro minuto de partida, os mandantes abriram o placar num rebote do goleiro. Após isso, o primeiro tempo foi de uma partida muito mais física do que bem jogada. E com isso, chances boas só de bola parada onde foi, inclusive, que o Batatais empatou numa bela cobrança de falta aos 37 minutos. 

No segundo tempo, ambos os times voltaram com as mesmas plataformas de jogo e as mesmas estratégias. Novamente, logo no início de partida, aos 47 do segundo tempo, o Catanduva toma a frente do placar após finalização de fora da área. Após o 2x1, nao mudou muita coisa e o jogo terminou com vitória dos mandantes.

A segunda partida, agora no domingo cedo, foi entre dois times tradicionais: XV de Jaú x Mogi Mirim. Duelos também opostos na tabela. O XV de Jaú jogou no 4-4-2 sem a bola e um 3-4-3 com a bola (usando 2 zagueiros e um volante na saída de 3 e alas). O Mogi Mirim também fez uso da saída de três no seu 3-4-3 com a bola e no 5-2-3 sem a bola. 

Com muita intensidade e aproveitando os espaços, o XV de Jaú dominou o jogo desde seu começo. Marcando mal, principalmente as laterais, o Mogi cedeu muitas finalizações e sempre corria para trás buscando os atacantes opostos. Com isso, aos 13 minutos, numa jogada em velocidade, um gol contra abriu o placar para o XV de Jaú. 

Após isso, com o jogo controlado, coube ao XV manter o controle até ampliar o placar aos 64 minutos do segundo tempo, selando sua vitória. 

Resumo dia 06 de maio à 28 de maio

Como foram muitas partidas seguidas com viagens desgastantes, mal pude escrever sobre as partidas analisadas. Peço desculpas pela falha. Todo esse período correspondeu partidas da Serie D do Brasileiro, Brasileiro Feminino, paulista feminino e quarta divisão paulista. 

- No dia 06/05 a Patrocinense empatou com a Inter de Limeira por 1x1 pela Série D;

- No dia 07/05, o Batatais empatou com o América de Rio Preto pela quarta divisão paulista. 

- No dia 09/05, o SKA Brasil ganhou do Realidade Jovem pelo paulista feminino.

- No dia 10/05, a Ferroviária perdeu para o Corinthians no paulista feminino. 

- No dia 12/05, A Francana ganhou do Cantaduva pela quarta divisão paulista;

- No dia 14/05, A Penapolense goleou o Tupã pela quarta divisão paulista e no mesmo dia a Frroviaria ganhou do Real Brasilia pelo Brasileiro Feminino.

- No dia 21/05, a Inter de Bebedouro ganhou do Batatais pela quarta divisão paulista.

- No dia 25/05, Red Bull Bragantino ganhou do Realidade Jovem pelo paulista feminino;

- No dia 26/05, O Fernadópolis ganhou do Tupã pela quarta divisão paulista;

No dia 28/05, A Francana ganhou do Batatais pela quarta divisão paulista. 

Paulista Quarta Divisão: Batatais x Catanduva

De fato tem dias que é uma luta muito forte para descrever taticamente uma partida da Bezinha. Como falo habitualmente, é ruim ficar criticando a qualidade do campeonato quando o assunto é sobre as técnicas dos atletas. Afinal, é uma quarta divisão, numa partida num domingo cedo e ensolarado.

Batatais x Catanduva fizeram uma partida bem característica dessas divisões: time da casa propondo, time visitante na verticalidade. Confesso que foi muito difícil reconhecer os sistemas de ambas as equipes mas acredito que consegui. A minha leitura foi que o Batatais jogou no 4-4-1-1 sem a bola em marcações por encaixes e no 4-2-3-1 com a bola. O Catanduva foi ora 4-2-3-1 ora 4-1-4-1 sem a bola e no 4-2-3-1 com a bola. 

O primeiro tempo foi muito difícil para que eu entendesse quais eram as propostas de ambos para a partida. Bolas longas, jogos físicos, faltas, calor e muitos erros técnicos marcaram o primeiro tempo. Porém, com mais intensidade nas ações ofensivas, o Batatais se saiu superior até fazer seu gol as 46 do primeiro tempo de falta. 

O segundo tempo foi mais arrastado. Na defensiva, o Batatais tentou cozinhar o jogo e rebatias as bolas e contou com a ótima atuação de seu goleiro para assegurar o 1x0. Mesmo ambos os times mantendo as plataformas, nada de diferente foi visto a não ser o recuo dos mandantes. 

Depois de muito tempo, o Batatais finalmente conseguiu uma vitória em casa. 

Paulista Quarta Divisão: Taquaritinga x América

Começou a quarta divisão paulista. Para mim, a mais charmosa, a mais tensa, a mais caótica e a mais raiz das divisões. Times que são acompanhados por quem realmente ama seus times, acordam em horários ruins em estádios ruins com jogos de qualidade baixa. Ou seja, a real paixão de um torcedor na sofrência. 

Minha primeira partida coberta foi entre Taquaritinga x América de Rio Preto. Sol forte porém sem calor. O Taquaritinga veio no 4-2-3-1 com a bola (padrão dos times da Bezinha) e no 4-4-2 sem ela. Digo que é muito raro ver nesse tipo de divisão duas plataformas de jogo. Já o América veio no 4-2-3-1 com e sem a bola. 

No primeiro tempo, a estratégia de jogo dos mandantes era clara. Posse de bola e verticalidade. A estratégia dos visitantes era uma: jogo físico e ligação direta. Todo esse embate de ideias travou o jogo. Poucas ações eram vistas e quase nenhuma ofensividade conseguia se sobressair as defesas ou as quantidades altas no jogo. 

Para o segundo tempo, o Taquaritinga veio da mesma forma porém, o América mudou: veio no 3-4-3 com a bola e no 4-1-4-1 sem a bola. Era para ser uma estratégia mais ofensiva mas deixou mais espaços para que o time do Taquaritinga jogasse mais no meio campo e trabalhar melhor a bola. Com isso, os mandantes fizeram o primeiro gol aos 70 minutos e o segundo aos 77, finalizando a partida com um erro de execução dos visitantes. 

Paulista A3 Segunda Fase: Marília x Capivariano

Já era sabido que a partida ia ser de máxima tensão. Com o resultado da outra partida do grupo, só um empate ou uma vitória que poderia deixar o Marília ainda com chances de classificação para as semifinais da terceira divisão. Porém, esse era o trunfo do Capivariano para usar na partida. 

O Marília veio no seu estilo único e habitual: 4-4-2 sem a bola e 4-3-3 com ela; Já o Capivariano veio no 4-2-3-1 com e sem a bola bem reativo.

O primeiro tempo foi como imaginávamos: Marília com a posse, sem criação e o Capivariano recuado e usando o contra ataque. Nada, eu digo nada, além disso foi feito durante todo o primeiro tempo. 

O segundo tempo também foi a mesma coisa sem tirar nem por mesmo com as alterações de jogadores. E com um agravante mortal, o gol do Capivariano aos 93 minutos de jogo dando o passaporte para os visitantes e eliminando os mandantes. 

Campeonato Mineiro Repescagem: Caldense x Democratas

Confesso que pela correria não tive tempo de estudar previamente para esse confronto. Entretanto, esperava que fosse uma partida de vida ou morte para ambas as equipes. Engano meu pois, assim que cheguei ao estádio soube da notícia que a Caldense já havia sido rebaixada enquanto o Democrata precisava dessa partida. Se empatasse, ainda estaria vivo. Se perdesse, também estaria rebaixado. 

A Caldense veio no 4-3-3 com e sem a bola e o Democrata no 4-2-3-1 com e sem a bola. 

A partida em si no primeiro tempo foi boa mesmo com a desorganização em campo. Logo aos 40 segundos de partida, numa bola errada para o goleiro, a Caldense abre o placar. Logo em seguida, só deu Democrata. Com muito espaços pelos lados e muita triangulação perto do gol, o Democrata finalizou inúmeras vezes no gol porém, parou em todas no goleiro mandante. Inclusive um pênalti. 

Para o segundo tempo, ambos os times não mudaram. O que mudou foi uma melhor marcação da Caldense e a expulsão do meia do Democrata. Assim, eles passaram a jogar no 4-3-2 com e sem a bola. E na falta que gerou a expulsão, a Caldense marcou o segundo gol aos 54 minutos decretando o 2x0 e com isso, o rebaixamento do Democrata. 

Paulista A3 Segunda fase: Matonense x EC São Bernardo

Como falei no texto passado, essa fase da terceira divisão é mais tensão e contenção de risco do que qualquer qualidade no jogo e ainda mais num domingo de manhã ensolarado e com calor. 

Matonense precisava desesperadamente de uma vitória para seguir firme na disputa da semifinal enquanto o EC São Bernardo com o empate estava bom. A Matonense manteve sua plataforma de jogo da primeira fase: 4-3-3 com a bola e um 4-4-2 sem ela. O EC São Bernardo manteve seu jogo no 5-2-3 sem a bola e também usava o 5-4-1 e no 3-4-3 com ela. 

No primeiro tempo, com os visitantes recuado e o time mandante sem espaço sobrou tempo e jogo para a cera dos visitantes. Nada muito de espetacular ocorrendo a não ser amarrar o jogo. Para o segundo tempo, a Matonense mudou: manteve sua plataforma de jogo do primeiro tempo, porém tirou um volante para por um lateral de ofício. Assim, o lateral titular virou um ala no 4-3-3 com a bola e fechava a primeira linha de 4 sem ela. Isso tudo para tentar abrir os espaços na linha de 5 dos visitantes. Deu certo até certa medida pois o que mais aconteceu foram cruzamentos. Mas foi num desses, aos 75 minutos de partida, que o gol salvador da Matonense veio. 

Resultado deu uma sobrevida à eles. 

Paulista A3 Segunda Fase: Marília x São Bernardo

A segunda fase do Paulista A3 requer uma aquisição de riscos menores do que a primeira fase. De fato, é outro campeonato. Isso se explica o porque é tão difícil para o líder da primeira fase manter a boa performance. 

A segunda rodada da segunda fase reservou a partida entre Marília x EC São Bernardo. Os mandantes veio no seu clássico 4-4-2 sem a bola e no 4-3-3- com ela. Já o São Bernardo veio também no seu clássico 5-2-3 sem a bola e no 3-4-3 com ela, utilizando 3 zagueiros de ofício. 

O primeiro tempo reservou grandes emoções. Em um jogo onde os mandantes não conseguiam jogar e os visitantes estavam confortáveis com a situação gerenciando bem sua defesa, o EC São Bernardo abriu o placar aos 5 minutos de jogo. Logo após, fez um 5-4-1 sem a bola para abdicar do jogo por completo. Sem muito perigo, o MAC só conseguiu o empate em um escanteio aos 39 minutos e assim voltou aos 5-2-3 como de costume. 

Para o segundo tempo, a partida se manteve e seu nível, porém logo aos 64 minutos os visitantes voltaram na frente do placar. Após isso, nada mais foi observado na partida. 

Brasileiro Feminino Rodada 4: Ferroviária x Corinthians

De fato é muito prazeroso ver uma partida de futebol do time feminino do Corinthians. Projeto, planos e um estilo de jogo que se transforma em um organismo vivo durante o caos que o jogo provoca. Há também um evidente desenvolvimento que essa equipe provoca nos outros times no campeonato.

Ferroviária e Corinthians já se assimilaram em ser um clássico no futebol feminino. Nessa quarta rodada do Brasileiro feminino elas se enfrentaram novamente. A ferrinha veio no 4-2-4-1 sem a bola e no 4-3-3 com ela. Já o Corinthians veio no 4-4-2 sem a bola e no 4-1-4-1 com a bola. O motivo das mandantes mudarem sua marcação de duas linhas de 4 para o 4-1-4-1 era para espelhar o jogo do Corinthians, numa tentativa de marcação por encaixes. 

No primeiro tempo, mesmo com essa tentativa de frear o Corinthians, o time da capital conseguiu se desvanecer e abrir o placar logo aos 8 minutos. Logo após, ampliou aos 23 mesmo a partida se mantendo em uma intensidade boa e agradável. 

Para o segundo tempo, o Corinthians passou a jogar no 4-3-3 com a bola para tentar confundir a marcação da Ferroviária. Deu certo porque o jogo fluiu no seu meio de campo fazendo que o 3x0 seja marcado mesmo a tendo a Ferroviária descontando aos 65 minutos. Depois disso, a partida se arrefeceu até que o Corinthians ampliou aos 96 minutos o resultado final de 4x1.  

Paulista A3: Penúltima rodada

Pela penúltima rodada da A3, estive em duas partidas. Uma de meio de tabela que valia uma classificação e a outra de briga direta pelo rebaixamento. 

Rio Preto x São José fizeram o primeiro jogo. Já adianto que choveu muito antes e no primeiro tempo. Com isso, parecia mais futvôlei do que futebol. Muito ruim para se analisar qualquer coisa. O Rio Preto veio no 4-2-3-1 sem a bola e no 4-3-3 com ela, como habitualmente vem. O São José veio no clássico 4-2-3-1 com e sem a bola. Com a tempestade, bolas longas e cruzamentos eram a única saída e foi assim que aos 77 minutos de partida, o São José consegue a vitória com um gol de cruzamento. 

A segunda partid foi entre Barretos x Votuporanguense. O famoso jogo dos desesperados ou jogo dos 6 pontos. Ambos os times vieram no 4-2-3-1 com e sem a bola sem muitas estratégias. O calor piorava a qualidade da partida que só foi resolvida aos 89 minutos de partida com um gol dos mandantes num golaço de fora da área. 

Rio Preto precisa se classificar para a próxima fase e Barretos e Votuporanguense ainda precisam escapar. 

Paulista A3 2023: Rodada 12

Nesse final de semana da rodada 12 da A3 com muito calor me presenteou com três partidas envolvendo os quatro últimos colocados do campeonato. Eu sabia de uma coisa: a tensão seria constante. 

A primeira partida foi entre Rio Preto e Sertãozinho (até então o lanterna). O Rio Preto, em boa fase, veio no 4-2-3-1 com e sem a bola. O Sertãozinho era o 4-2-3-1 com e a bola e ora 4-2-3-1 em marcação alta e 4-4-2 em marcação baixa. A partida era equiparada mesmo com a afobação dos visitantes para marcar o gol. A sua situação só melhorou quando o zagueiro do time mandante tomou um cartão vermelho direto. Assim, o Rio Preto passou a jogar no 4-4-1 sem a bola e no 4-2-3 com ela. Ambos mantendo a mesma plataforma no segundo tempo com a alteração de que o Rio Preto defendia no 5-3-1, não alterou a forma da partida: bola com o Sertãozinho e contra ataque para o Rio Preto. Empilhando atacantes e meias, os visitantes chegaram ao gol aos 78 minutos de bola parada e fez o 2x0 aos 93 num contra ataque, dando respiro ao time. 

A segunda partida foi entre Barretos e Prudente. A mais tensa das três pois a diferença entre a qualidade dos times eram grandes. Com mais uma troca de técnico, o Barretos veio no 4-4-2 sem a bola e no 4-2-3-1 com ela. O Prudente veio no 4-4-2 sem a bola e no 3-4-3 com ela. O Barretos se lançava ao ataque porém, com pouca qualidade e com uma certa bagunça. Isso fez com que o Prudente tomasse conta da partida e marcasse o primeiro gol aos 16 minutos numa finalização de fora da área. A partir dai, um jogo de chutões. Para o segundo tempo, ambas as formações foram mantidas. Com maior afobação dos mandantes e mais troca de passes dos visitantes, o Grêmio Prudente fez o 2x0 aos 54 minutos numa triangulação de passe. Após isso, só tensões. Expulsão no Barretos e a mudança para o 4-3-2 com e sem a bola. Barretos agora é o lanterna. 

A terceira e última partida foi entre Votuporanguense x Audax. Ambos os times vieram no 4-2-3-1 com e sema bola com as mesmas estratégias. Até por isso, a partida foi bem equilibrada e até certo ponto bem ruim. Nada de mais aconteceu além dos gols do Audax de cruzamento aos 24 mintuos e do empate da Votuporanguense aos 31 minutos também em um cruzamento. 

Paulista A3 2023: Sertãozinho x Marília

O confronto dos opostos. Sertãozinho o lanterna e Marília o líder. Confronto desigual pela qualidade das equipes e do futebol apresentado. Penso que o futebol do time de Marília é o que se deve praticar na A3: uma mistura de jogo físico e a forma de jogar suficiente para ganhar. Já o Sertãozinho, último colocado, tem suas estratégias porém, esbarra em naquilo que chamamos de futebol. 

Com seu terceiro técnico no campeonato e sua terceira forma de jogar, o Sertãozinho veio no 4-2-3-1 sem a bola e no 4-3-3 com a bola. O Marília veio ao contrário: o 4-2-3-1 com a bola e o 4-3-3 sem ela como habitualmente vem. 

O primeiro tempo me reservava a expectativa de um jogo mais físico e brigado do que propriamente jogado. A tensão no estádio era clara. A torcida quieta e faixas de protestos dava o tom de uma noite cheia de faíscas por acontecer. Voltando ao jogo, pelo campo de tamanho reduzido era claro que o futebol jogado ali seria de toques rápidos em espaços pequenos. Nada disso aconteceu. O time da casa deu uma ideia de poderia ter uma reação no campeonato ao fazer o 1x0 aos 11 minutos de jogo. Logo após, recua e defende dando a bola ao Marília, sendo que os visitantes são um time que não propõe o jogo. 

Para o segundo tempo, a expectativa era de recuo dos mandantes, cera e uma certa carga de cruzamentos na área dos visitantes. Entretanto, não foi o que aconteceu. Com o toque de bola, aproximação, menos chutões e mais jogo associativo. Com isso, logo o empate veio aos 55 minutos numa falta em que o goleiro deu rebote. A tensão aumentando no estádio com o empate ficaria pior com a virada aos 65 minutos após uma linda troca de passe, triangulação e gol na saída do goleiro. O estrago estava feito. Com a virada, xingamentos começaram, a tensão e ódio era nítido e piorou após o terceiro gol dos visitantes aos 78 minutos após a finalização fora da área. 

Em todo o segundo tempo, o Sertãozinho não conseguiu chegar ao gol. Perdeu de 3x1 e ficou em situação bem delicada no campeonato. 

Paulista A3 e A2 2023: Rodada 10 e Rodada 12

Quatro partidas da série A3 e uma da série A2 foram cobertas por mim. Oito times diferentes, porém quase a mesma história. Três vitórias de mandantes e uma de visitante. Claro que a vitória do visitante trouxe mais consequências e momentos de tristezas. 

A primeira partida foi na sexta (dia 24) entre Barretos x Deportivo Brasil. Barretos perto da zona de rebaixamento e Deportivo Brasil no meio da tabela. O Barretos, precisando da vitória veio no 4-2-3-1 sem a bola e numa novidade no 4-1-3-2 com a bola. Já o Desportivo Brasil veio no 4-2-3-1 com e sem a bola a seu estilo clássico. A série A3 é um jogo mais físico do que técnico e nesse estilo de jogo o Desportivo Brasil saiu vencedor por 0x2 marcando seus gols no final das duas etapas. Resultado fez com que o técnico do Barretos fosse demitido. 

A segunda partida foi entre Rio Preto e Red Bull Bragantino II. Uma disputa por G8 e meio de tabela. Os mandantes veio no 4-4-2 sem a bola e no 4-2-3-1 coma bola. Já o time de Bragança veio no 4-2-3-1 com e sem a bola. A despeito do jogo, o Rio Preto dominou a partida como nunca vi. O meia central fez um jogo de maestro e mesmo saindo atrás do placar no final do primeiro tempo, virou para 3x1 ao longo do segundo tempo. 

A terceira partida foi da Série A2 entre Novorizontino x Noroeste. Confronto pela parte de cima da tabela. Claro que o estilo de futebol ali é diferente. A intensidade e a qualidade técnica é maior. Com isso, o Novorizontino jogou no 4-4-2 sem a bola e no 4-3-3 com ela avançando bem os laterais. O Noroeste veio no 5-3-2 sem a bola e no 3-4-3 com ela se utilizando de muita velocidade na transição como arma. O Noreste se segurava como podia. Se defendia mais porque sabiam que o time mandante ficaria mais com a bola. Porém, controlando muito o meio campo saiu na frente aos 17 minutos de jogo. Após muitos cruzamentos na área, num momento de inversão de jogo, o Novorizontino empata. Para o segundo tempo, ambas as equipes mantém suas formas de jogo e as mesmas estratégias. Contudo, com alterações pontuais, o Novorizontino faz o 2x1 aos 62 minutos. Após isso, o Noroeste muda para o 4-4-2 sem a bola e mantem o seu esquema no 3-4-3 ainda tentando uma transição rápida. Porém, nada dava certo a não ser uma falta aos 91 minutos de jogo em que o jogo ficou empatado em 2x2. 

Voltando para a Série A3, a quarta partida foi a mais tensa porém de resultado bom. Votuporanguense x Suzano jogaram num duelo oposto. Para sair da zona de rebaixamento, os mandantes vieram com seu novo treinador no 4-2-3-1 sem a bola e no 4-3-3 com ela. O Suzano veio no 4-3-3 sem a bola e no 3-4-3 com ela. Com a necessidade do resultado, logo aos 3 minutos os mandantes abrem o placar e assim começam a segurar o resultado logo no começo do jogo. No segundo tempo, os mandantes mudam. Passam a jogar no 5-1-3-1 sem a bola e no 3-3-1-3 com ela. Porém, numa falha de um defensor que teve que ficar fora da partida, o Suzano empata exatamente no buraco deixado por esse jogador. Porém, aos 86 minutos, o Votuporanguense faz o 2x1 e respira no campeonato. 

A quinta e última partida foi um duelo na parte de cima da tabela entre Marília x Grêmio Prudente. Como habitual, o Marília veio no 4-4-2 sem a bola e no 4-2-3-1 com ela e o Prudente veio no 4-2-3-1 sem a bola e no 3-2-5 com ela. Mesmo com a expectativa de uma partida 0x0, o jogo foi bom mesmo com gols no segundo tempo e com a mudança de 4-4-2 sem a bola dos visitantes. Um gol de bola parada e dois de transição fizeram com que o Marília vencesse por 3x0 e mantivesse a liderança do campeonato. 

Nona rodada A3 2023

Sábado de carnaval requeria que ambos as partidas fossem animadas. Porém, com o estado avançado das rodadas do campeonato, mais e mais a estratégia do "marcar primeiro e recuar" e do "sair atrás do placar e tentar o gol a qualquer custo" são mais notórios. Foi exatamente o que aconteceu com Matonense e Desportivo Brasil; Barretos x Audax. 

Na primeira partida, a Matonense veio no 4-4-2 quadrado com a bola e no 4-2-3-1 sem ela. O Desportivo Brasil se apresentou com um 4-4-2 sem a bola bem compacto e no 4-3-3 com ela. Com a pressão na saída de bola e uma rápida intensidade da transição ofensiva, o Desportivo Brasil dominou o primeiro tempo marcando um gol de contra ataque logo aos 12. Depois disso, toda e qualquer tentativa de ataque da Matonense era em vão pela forte marcação das duas linhas de 4 dos visitantes. 

Para a volta do segundo tempo, o Desportivo mantem suas plataformas porém, a Matonense muda. Tira um zagueiro e coloca mais um atacante. Recua o volante para a zaga e passa a jogar numa posição do 4-2-4 com a bola. Isso dá resultado. Furando os bloqueios, a Matonense vira o jogo marcando aos 48 e aos 84 minutos do segundo tempo. Contudo, deixando vários espaços, a Matonense se salva com ótimas defesas do seu goleiro cara a cara com os oponentes. 

A segunda partida era tão tensa quanto: Barretos x Audax, o confronto dos técnicos interinos. O time da cidade da festa do Peão precisava urgente de uma vitória para se afastar da zona de rebaixamento. Assim, usando um 4-2-3-1 com e sem a bola, utilizou de sua forte marcação, velocidade no ataque e cruzamentos na área para dominar a partida por completo. Mesmo que o Audax jogasse no 4-2-3-1 com e sem a bola também, não foi páreo para os mandantes. 

Com dois gols logo aos 17 e aos 19 minutos do primeiro tempo, deu tranquilidade ao Barretos e afobação ao Audax. Para o segundo tempo, o Barretos recua e passa a marcar no 4-4-2 e o Audax ataca no 4-3-3. Porém, tudo em vão pois aos 87 minutos da partida, o Barretos marca o 3x0. 

Resultados ótimos para Matonense e Barretos. 

Paulista A3 2023: Marília x Barretos

Mais uma partida com chuva forte. Em particular, há muito tempo que não via tantos relâmpagos caindo ao mesmo tempo perto do estádio em Marília. 

MAC e Barretos duelaram por objetivos opostos. O MAC tentando confirmar sua posição no G8 e o Barretos tentando se livrar do rebaixamento. 

A expectativa para o jogo, sinceramente, era das menores possíveis por já conhecer o estilo de jogo do MAC comandado por Guilherme (ex atacante do Atlético Mineiro). Os mandantes vieram no 4-2-3-1 com e sem a bola a estilo clássico, tanto no ataque quanto na defesa: jogo físico, chutões, jogadas pelos lados, pivô, dois volantes marcadores. Já o Barretos veio no 4-3-3 com a bola e no 4-1-4-1 sem ela. 

Tentando ficar mais com a bola, no primeiro tempo, o Barretos talvez tenha caído no jogo do MAC que era só defesa e transição repetidamente. Logo aos 12 minutos, o MAC aproveita um erro na saída de bola do Barretos e faz o 1x0. Dai em diante, eu já sabia o que iria rolar: defesa compactada dos mandantes, reclamação com a arbitragem, faltas e nada de ofensividade do time visitante. 

Isso se perdurou pelo segundo tempo também. Tanto que, mantendo sua estratégia de jogo, o MAC amplia o placar aos 62 minutos pegando a defesa do Barretos aberta e com um passe em profundidade faz o segundo. Agora se confirmou o arrefecimento do jogo até a expulsão do goleiro do Barretos aos 75 minutos. Numa bobeira, ele sai da área e comete falta. Para mim, um ineditismo, o lateral foi para o gol porque o Barretos j[a tinha feito as cinco substituições. Mesmo com um não goleiro no gol, o MAC não fez nenhuma finalização no gol até o fim de jogo. 

Desesperadora a situação do Barretos no campeonato. 

Paulista A2: Comercial x Noroeste

Mais um duelo entre esses dois times que se cruzaram durante os últimos anos em partidas acirradas e decisivas. 

Comercial e Noroeste duelaram numa partida com um ar esquisito. O jogo foi na casa do rival do Comercial e o ambiente mais parecia um amistoso do que uma rodada da A2.

Falando sobre o campo, o Comercial veio no seu clássico 4-3-3 triângulo com a bola e ora no 4-3-3 ora num 4-4-2 sem a bola. Já o Noroeste de Bauru me surpreendeu. Veio no 3-4-3 com a bola e no 5-4-1 sem ela bem compacto. 

O primeiro tempo foi de controle de carga e intensidade por conta do forte calor. A estratégia dos mandantes era uma ofensividade rápida e desarmes e interceptações no meio campo para uma transição ofensiva em velocidade. O time de Bauru era o uso da amplitude de jogo e bolas invertidas para pegar sempre a defesa do Comercial em inferioridade numérica. 

Para o segundo tempo, mantendo as mesmas plataformas de jogo, ficou claro que a estratégia do Noroeste era, além de manter o que ja fizeram, ter paciência. E foi isso o que aconteceu. Em algum momento da partida, a amplitude e a invertida de bola ia dar certo. Aos 57 minutos de jogo, o 0x1 do Noroeste foi exatamente assim. O segundo gol veio aos 63 minutos, numa jogada em profundidade para aproveitar essa linha de 3 atacantes. Mesmo com o 0x2 no placar, nada adiantou para o Comercial. 

Mais uma vitória para o time de Bauru.

Paulista A2 2023: Rodada 8

Muito calor nesse dia de rodada dupla da A2 do Paulista e com fortes ameaças de temporais. Nenhuma gota caiu. 

A primeira partida foi entre Monte Azul, o lanterna, e Primavera. Com a troca de comando, havia a expectativa de mudança na plataforma de jogo. Porém, vieram da mesma forma: um 4-2-3-1 com a bola e um 4-4-2 sem ela. Já o Primavera veio no 4-4-2 sem a bola e no 4-3-3 com ela. Um jogo mais físico do que jogado e o Primavera aproveitou os erros defensivos do time visitante para fazer 3x1 no placar. Embora, mesmo com um a menos, o Monte Azul tenha sido melhor na partida. 

O segundo jogo foi entre Novorizontino e Linense. Confronto de rivais e um debate de ideas. O Novorizontino mudou seu jogo há três rodadas: vem no 4-4-2 com e sem a bola. Já o Linense veio 4-2-3-1 clássico. Os dois estilos de futebol bem antagônicos foi posto a prova. O Resultado final 2x1 para os mandantes.  

Paulista A3 2023: Votuporanguense x Itapirense

Fazia muito calor. Estava mormaço mas muito calor em Votuporanga. A partida era de tensão. Nenhum ponto conquistado até o momento pelo time da cidade e a lanterna na tabela deixava o clima apreensivo porém de otimismo. A Itapirense faz um campeonato legal e veio para aproveitar a fase ruim do adversário. 

A Votuporanguense veio no 4-2-3-1 com a bola a estilo clássico e no 4-4-2 sem a bola com muitos erros de posicionamento principalmente na linha de 4 no meio campo. Já a Itapirense veio no 4-4-2 com e sem a bola. 

Mesmo com o calor, podemos dizer que o primeiro tempo foi bem agitado. Três chances para os visitantes logo nos primeiros quatro minutos já minaram a expectativa dos torcedores mandantes em uma provável primeira vitória. E a chave para tantos perigos gerados pelos visitantes no primeiro tempo foi o espaço e os buracos deixados pela primeira linha de 4 jogadores no meio. Muito mal alinhada e mal coordenada nas subidas de pressões e nos encaixes de marcação e isso deixava a defesa bem vulnerável. Mesmo assim, a Votuporanguense se segurou e como única arma ofensiva era o jogo do pivô feita pelo seu centroavante. 

Para o segundo tempo, ambos os times voltaram com as mesmas plataformas e mantiveram suas estratégias. A diferença foi uma maior posse de bola dos mandantes. Nisso, gerou mais possibilidades de ataques e numa jogada em que se inverteu o ponta com o lateral (sendo este jogando por dentro) saiu o 1x0 aos 56 minutos de jogo. Devido a alta tensão e a busca pelos primeiros pontos, foi notório o recuo da Votuporanguense após o gol. A compactação e um melhor gerenciamento das duas linhas de 4 fizeram com que a Itapirense não sofresse tantos riscos. Porém, com muita cera dos mandantes, muitas faltas e cartões, a partida ficava mais parada do que a bola rolando. Nisso, gerou o cartão vermelho do meio campo da Itapirense. Com um a menos, os visitantes passaram a jogar no 3-4-2 com e sem a bola para que pudesse fazer cruzamentos na área. Entretanto, nada de muito perigo era visto. 

Aos 53 minutos do segundo tempo, uma falta frontal para os visitantes. Era claro que aquele seria o último lance. A falta foi cobrada não muito forte. O goleiro tentou fazer uma ponte e segurar a bola. Ela passa por suas mãos e entra. 1x1. Decepção de todos e tristeza do goleiro. Termina o jogo, todos os xingam, o técnico passa por ele, os adversários vão consolá-lo e ele se vira para as arquibancadas pedindo desculpas. 

Triste por essa cena. 

Paulista A2 2023: Novorizontino x Ponte Preta

Para segunda divisão, a qualidade do jogo foi melhor. Além do mais, a partida entre Novorizontino e Ponte Preta, dois times da série B do Brasileiro, me forneceria uma expectativa de um jogo muito bem jogado detalhadamente. 

Antes de começar, lendo a súmula pós jogo, ouve um caso de racismo relatado por conta de uma injúria racial feita por um gandula para um torcedor da Ponte Preta. nada foi feito e nenhuma repercussão foi dada a tão grave denúncia. 

O Novorizontino veio de uma forma diferente do que vinha jogando. Antes era uma linha de 5 na defesa e uma saída de 3 com a bola usando os laterais como alas. Agora foi diferente e pela entrevista coletiva pós jogo, o técnico Eduardo Baptista revelou que a mudança na forma de jogo foi em detrimento do adversário que iam enfrentar para povoar mais o meio de campo e fortalecer a defesa com duas linhas de 4. Assim, os mandantes vieram no 4-4-2 sem a bola (colocando mais um volante do que um meia de criação) e no 4-2-3-1 com a bola porém usando uma saída de 3. Já a Ponte Preta, invicta, veio no 4-4-2 sem a bola e no 4-2-3-1 com ela. 

No primeiro tempo, se deu a clara estratégia do Novorizontino: espelhar o jogo da Ponte, fortalecer a marcação no seu meia central e no seu atacante central. Com a bola, era abdicar dela e ser veloz na transição. Algo incomum na história do Baptista. No entanto, com um gol aos 5 minutos, fez crer que essa estratégia dos mandantes pegaram de surpresa os visitantes e com a expulsão do zagueiro na metade do segundo tempo, mudou a forma como a Ponte teria que jogar. Após a expulsão, o Novorizontino manteve suas plataformas de jogo. Já a Ponte mudou, foi para o 4-3-2 sem a bola e no 4-2-3 com ela. 

Para o segundo tempo, as mesmas plataformas foram mantidas e com o segundo gol do Novorizontino logo no início do segundo tempo, já minou qualquer tentativa de ganhar o jogo da Ponte e passou a ser tomar menos gol possível. Mas logo aos 49 minutos do segundo o tempo, o terceiro gol veio e o 3x0 se sacramentou. Após isso, a partida se arrefeceu até o término dela. 

Grande jogo do Novorizontino. Parece que o time está se ajeitando.  

Paulista A3 2023: Matonense x Sertãozinho

Tem chovido bastante. As estradas ficam perigosas, os estádios sem coberturas não atraem público e o gramado fica bem castigado e compromete a qualidade do jogo. Na terceira divisão, já há alguma qualidade inferior na partida porém, com essas condições, mais difícil são as analises. 

Foi o primeiro jogo coberto da Matonense e do Sertãozinho. Os dois no meio para baixo da tabela, teriam em tese uma partida mais pendente a Matonense pela crise do visitante e a troca de comando desde a última partida. 

Com isso, a Matonense veio ora no 4-3-3 ou 4-4-2 sem a bola e no 4-3-3 com a bola. Já o Sertãozinho veio no ferrolho: 5-4-1 sem a bola e no 3-5-2 com ela. 

No primeiro tempo, a forma como se deu a partida já seria a tônica do jogo inteiro: jogo muito físico, Sertãozinho só na defensiva e nos chutões em busca de uma jogada de pivô e a Matonense na proposição do jogo sem muita efetividade na criação por não conseguir furar o ferrolho do touro dos canaviais. Como disse, a única jogada ofensiva do Sertãozinho era busca pelo pivô e a chegada em velocidade dos seus meias e alas. Foi nisso que se deu o único gol da partida aos 35 minutos. Uma bola lançada do goleiro, jogada de pivô e gol no rebote. 

Para o segundo tempo, a Matonense mudou. Não da plataforma de jogo, mas sim de peças que oferecessem maiores opções de ataque para furar a defesa. Com isso, colocou um lateral mais ofensivo e o transformou como um ala no 4-3-3 para tentar jogar pela amplitude e assim trabalhar o jogo entrelinhas e gerar buracos e espaços no ferrolho dos visitantes. Isso gerou mais perigos porém, só perigos com cruzamentos e escanteios para área. Com isso, o Sertãozinho só se defendendo, conseguiu manter o placar em 0x1. 

Paulista A2: Rodada 5

Mais uma rodada analisada da segunda divisão do Paulista. Agora, com um terço do campeonato jogado, acredito que seja já um parâmetro para o que cada equipe buscará. A primeira partida, no sábado dia 28, foi entre Novorizontino x São Caetano. Dois times antagônicos nos objetivos do campeonato. 

O time da casa veio no seu clássico 5-2-3 sem a bola e no 3-2-5 com ela tentando buscar muito o jogo de amplitude pois, o time visitante veio no 4-4-2 sem a bola bem compactado e no 4-3-3 com ela, tendo Celsinho como meia central. 

A proposta de jogo do time do ABC, na zona de rebaixamento, era apenas uma: única bola para fazer o gol e recuar. Já os mandantes era de ter a bola, construir o jogo, e sufocar o adversário com a pressão alta. O primeiro tempo foi exatamente isso com um acréscimo: a forte defesa do São Caetano que anulou os ataques dos mandantes. 

Para o segundo tempo, as mudanças foram apenas de peças e não de posições. Os comportamentos foram os mesmos e as ceras no jogo aumentaram principalmente por conta do goleiro do São Caetano. Porém, quem abriu o placar foi o São Caetano que fez exatamente o que vinham fazer: um gol num cruzamento aos 55 minutos. Após isso, recuo do time e cera atrás de cera. O Novorizontino mal criava e pecava nos fundamentos técnicos realizados. Contudo, seu empate só veio aos 87 minutos após um cruzamento e falha do goleiro ao sair do gol. 

Mesmo com 11 minutos de acréscimo, nada houve e o empate em 1x1 se consumou. 

A segunda partida da rodada foi entre Monte Azul x Velo Clube. Os mandantes na lanterna e os visitantes buscando se afastar dela. 

O Monte Azul veio no habitual 4-2-3-1 com a bola e no 4-4-2 sem ela. Já o Velo veio no 4-2-3-1 com e sem a bola no sentido clássico. 

A qualidade da partida foi bem ruim. Muitos erros de execução e de tomada de decisão, erros de comportamento tático (as duas linhas de 4 do Monte Azul não eram alinhadas e forneciam buracos para o ataque) e erros de arbitragem. Nada que valesse a pena descrever o que aconteceu no primeiro tempo. Apenas muito chutões, jogo físico e faltas. 

Para o segundo tempo, a mesma coisa, apenas o fato novo do gol do Velo Clube aos 61 após sucessivos erros de marcação do Monte Azul que deixou o ponta livre para fazer o 0x1. Após o gol, o Velo recuou, passou a jogar no 4-4-2 e mesmo com a bola, o Monte Azul não conseguiu fazer nada. 

Monte Azul e São Caetano na zona de rebaixamento no final dessa quinta rodada. 

Paulista A2 2023: Comercial x Portuguesa Santista

A partida era de opostos. Na real, ainda é. Comercial buscava sua primeira vitória no campeonato e a Briosa seu 100%. Dois opostos na tabela. O mandante com uma semana de demissões e turbulenta com reuniões de jogadores e um voto de confiança para o técnico. Mas era a desconfiança que pairava no estádio antes da bola rolar.

O Comercial veio a jogo no seu habitual 4-4-2 sem a bola (compactado e pressão em bloco médio) e no 4-3-3 com a bola numa espécie de triângulo invertido. Já a Portuguesa Santista veio no 4-2-3-1 clássico sem a bola com muito jogo físico e ora no 4-2-3-1 com a bola ora no 3-4-3 losango com a saída de três com dois zagueiros e um volante liberando os laterais como alas. 

Se pautando em velocidade no ataque e um vigor físico na defesa, a Portuguesa Santista mais esperou a iniciativa do Comercial em atacar para propor um jogo reativo. Não julgo pois é a características de campeonatos estaduais. Com a bola, os mandantes tentaram construir por meio da manutenção da posse de bola porém, a tensão e a pressão pelo resultado estavam atrapalhando os fundamentos. Quem também estava atrapalhando era o árbitro principal. Muitas faltas, muito apito desnecessário e um postura irritante em campo amarraram a partida. 

Menos aos 36 minutos em que numa jogada de passe em passe e um toque sútil na profundidade nas costas do lateral, o gol da Briosa saí marcado como gol contra. A tensão no estádio aumenta com o gol do visitante e são nesses momentos de maior preocupação. Entretanto, antes do intervalo, aos 43 minutos, num cruzamento rasteiro e gol livre, o Comercial empata lhe dando forças para o segundo tempo. 

Para o segundo tempo, nada mudou a não ser as ceras e as quedas da Briosa para passar o tempo e levar o empate para casa. Mesmo dependendo do resultado, pouco perigo foi criado pelo Comercial a não ser no seu último lance ofensivo, aos 94 minutos, numa finalização de fora da área e no gol do 2x1, da primeira vitória e do alívio para o time de Ribeirão. 

Engraçado que o sentimento era de um escape do rebaixamento.  

Rodada do final de semana Paulista A2

Diferente da A3, a A2 teve uma evolução na qualidade de jogo inigualável. Isso se dá pela evolução do futebol paulista como um todo. Times na A,B,C e D no campeonato nacional. Além do mais, depois dos jogos da A3, a capacidade de visualizar o jogo e seus traços táticos foram melhores. 

O primeiro jogo, no sábado, foi entre Novorizontino versus Comercial. Dois times que nesse começo de campeonato lutam por coisas diferentes. O Novorizontino pelo acesso e o Comercial, a principio, pelo não rebaixamento. Os mandantes veio na sua clássica formação do Eduardo Baptista: 3-4-3 com a bola e 5-2-3 sem ela. Um time bem compactado e usando bem a amplitude. O Comercial também veio no seu clássico 4-3-3 com a bola e no 4-4-2 sem ela (bem compacto). 

A partida foi de ataque versus defesa. O Comercial sabia que teria uma bola para marcar seu gol e de resto ficar na defensiva. O Novorizontino sabia que a posse de bola teria que ser revertida em finalizações. A última afirmação foi a mais verdadeira embora, a defesa do Comercial tenha feito um papel de resiliência pela maior parte da partida. No segundo tempo, essa constatação se manteve. Porém, com mais investimento e estrutura, o Novorizontino se sobressaiu fisicamente e abriu o placar aos 69 minutos e fechou o 2x0 aos 90. 

A segunda partida da A2 do final de semana foi entre Monte Azul versus Taubaté. Num calor e num dos estádios mais raiz da A2, o Monte Azul precisava ter seus primeiros pontos no campeonato e conseguiu. Porém, não foi fácil. 

Os mandantes vieram no seu clássico 4-2-3-1 com a bola e no 4-4-2 sem ela (porém, as linhas bem desalinhadas). O Taubaté veio no clásico 4-3-3 com e sem a bola numa formação do meio de campo com triângulo. A partida era a clássica de duelos físicos, jogadas aéreas e lançamentos. Poucas jogadas foram de fato pensadas e as buscas pelas falhas dos oponentes era visível. Nisso, rolou o gol do Taubaté aos 39 minutos após uma falha do goleiro no escanteio e gol no rebote. 

Para o segundo tempo, com o calor apertando e as discussões rolando em campo afetaram a qualidade do jogo. Deixando espaços na defesa para se lançar ao ataque, o Taubaté não aproveitou nenhuma chance sequer e deu algumas oportunidades para os mandantes. Aos 67 minutos, após sucessivas falhas de marcação, o Monte Azul empata após o rebote do goleiro. Após isso, com um jogador sendo expulso, o Monte Azul recua e faz cera esperando a partida terminar. 

Condições climáticas afetaram demais a qualidade de ambos as partidas. 

Rodada Paulista A3: Estreia

O Paulista da terceira divisão é bem peculiar pelas condições dos campos, dos estádios e da qualidade técnica dos jogadores. A crítica não é a qualidade técnica, mas sim, uma constatação da forma como o campeonato se dá. Afinal, é uma terceira divisão estadual. Suas particularidades são as estruturas dos estádios, torcedores com características bem diferentes do que seria um comportamento "normal". 

Barretos x Suzano foi a estreia da A3 que fiz na sexta a noite com muita chuva, queda de energia e gramado alagado. O time da casa veio no 4-4-2 sem a bola e no 4-3-3 com a bola (uma variação tática bem recente e comum nas divisões inferiores). O Suzano, recém promovido, jogou no 4-3-3 com e sem a bola. 

O resultado final do jogo foi 0x0. Eu já prefiro falar o placar porque o jogo foi de uma qualidade baixa. Não pelos jogadores em si, mas sim, mas pela chuva que alagou o gramado e não permitiu que as jogadas pensadas e treinadas fossem executadas de maneira adequada. Chances de gol, quase nulas, a não ser uma reclamação dos visitantes em que numa falha do goleiro do Barretos, a bola tinha entrado. 

PS: Estava numa padaria antes do jogo e a comissão de arbitragem estava tomando uma café. Sendo que o árbitro principal comeu um belo de pão com nutella. 

O segundo jogo da rodada da A3, agora no sábado, foi entre Rio Preto versus EC São Bernardo também debaixo de um temporal que poucas vezes vi na vida. De dia, foi necessário ligar refletores. Logo, a qualidade da partida também foi ruim pois a bola não rolava e chutões e carrinhos perigosos deram a tona na partida toda. 

O Rio Preto veio no clássico 4-2-3-1 com a bola e no 4-4-2 sem a bola (não muito compactado). Já o EC São Bernardo também veio no clássico 4-2-3-1 com e sem a bola. 

Como disse, a tempestade complicou demais a qualidade da partida. Porém, espaços na defesa, falhas na cobertura e a marcação por encaixes errados, facilitaram o jogo do São Bernardo. Aproveitando tudo isso, o jogo de pivô e os ataques em velocidade pelos lados fizeram o placar ser de quatro a zero para os visitantes. 

Ruim a estreia do Rio Preto que já teve que ouvir xingamentos de sua torcida. 

Paulista A1 2023: Botafogo x Palmeiras

Pelo profissionalismo do trabalho, decidi ir como imprensa na partida entre Botafogo de Ribeirão Preto contra o Palmeiras. Estádio lotado ainda me causa certa aflição pelos resquícios da pandemia ainda. Porém, ver duas torcidas, estádio quase dividido e um embate delas com cânticos me fez relembrar da razão por amar esportes. 

Entretanto, havia um motivo muito mais particular para estar presente nessa partida do que propriamente o resultado dela em si: ver Abel Ferreira. Pode parecer prepotência e arrogância de minha parte porém, eu precisava fazer isso por mim. Provavelmente, ele nunca saberá de mim e nem me conhecerá e por isso não consegue ter a dimensão do que fez por mim nos meus piores momentos da depressão. 

Deixando o pessoal de lado, eis aqui minha análise da partida:

A prepotência e arrogância me parece estar do lado da imprensa que cobre os times grandes apenas (essa não será a única crítica ao jornalismo esportivo). Desconsiderar os avanços que certos times do interior de São Paulo vêm fazendo nos últimos anos é, sobretudo, desvalorizar uma peça importante do futebol brasileiro. Já adianto aqui que o Botafogo não jogou melhor e mereceu vencer o Palmeiras porque eles estão treinando desde o dia 19 de novembro. Jogaram o que jogaram hoje porque há um projeto de futebol bem sucedido (acesso à Serie B do Brasileiro) com uma forma de jogar bem sólida nas mãos do Paulo Baier.

O Botafogo jogou no seu clássico 3-4-3 com a bola (usando a saída de três com três zagueiros) e 5-4-1 bem compacto sem a bola. Já o Palmeiras jogou na forma como o Abel montou o time de 2022: ora um 4-4-2 ora um 4-2-3-1 sem a bola e um 3-2-5 com a bola (pelo meu entendimento, talvez eu esteja errado). 

A dinâmica da partida foi simples de entender: Botafogo compactado, usando do jogo físico para quebrar as ofensividades do Palmeiras e fazendo, na sua linha de 4 defensores no meio, uma marcação por encaixes enquanto a linha de 5 era o ônibus estacionado. No ataque, o Botafogo apostou na marcação em bloco baixo para uma tentativa de recuperação e virar uma transição ofensiva com uma altíssima velocidade. E isso resultou nas chances criadas principalmente pelos espaços deixados por Piquerez. Isso foi o jogo inteiro. 

Já o Palmeiras, tinha uma proposta de jogo pela manutenção de bola (que foi totalmente anulada pelos mandantes), jogar na amplitude para alargar a linha de 5 defensores e gerar espaços (porém, a falta de jogo entre linhas brecou essa ofensividade) e por fim, usar e abusar de lançamentos, cruzamentos e viradas de jogo (por ser começo de temporada, houve falta de precisão na técnica desses fundamentos). 

O azar do Botafogo foi ter enfrentado Weverton e Gomez como defensores. Eles seguraram tudo o que chegou no gol. 

A sorte do Palmeiras foi por ter jogadores que decidem quando podem: e a recuperação de bola no campo ofensivo de Veiga e sua finalização de fora da área fez o um a zero no placar. 

Ao final da partida, com o credenciamento de imprensa, participei da coletiva de ambos os técnicos. Confesso que a emoção por dentro cantava dentro de mim mas a esperança de segurar o microfone e fazer uma pergunta para o Abel era maior. Infelizmente, minha timidez e falta de iniciativa fez com que eu não conseguisse pedir a palavra. Além do mais, a rapidez com que ele concedeu a entrevista para voltar rápido a São Paulo e a monopolização do microfone para quem detém os direitos de transmissão e para quem tem "trânsito" na profissão, fizeram com o que eu não pudesse, de forma alguma, ter algum contato. E nisso fica mais uma crítica, pois em sua coletiva, a única pergunta que de fato poderia render alguma análise sobre foi "como repor no time uma peça tão importante como Danilo foi". De fato, Danilo fez falta hoje pela sua construção de jogo e o Abel até o cita como um Playmaker (o criador de jogadas). De resto, tudo baboseira e proselitismo principalmente em perguntas como se ele assumiria a seleção (foi nessa pergunta que a minha poderia ter sido feita).

Por falar nisso, ela seria uma dúvida sobre o posicionamento do time com a bola: se na minha análise, estaria correto dizer que o time do Palmeiras jogava num 4-2-3-1 em bloco baixo e no 3-2-5 em bloco alto. Ficarei sem a resposta e com esse eterno questionamento. Abel saiu da sala da mesma forma como entrou: mais rápido que Rony em suas correrias para recuperar uma bola. 

Após a saída de Abel, das cinco câmeras profissionais que contei, todas saíram. A imprensa detentora dos direitos televisivos para a Tv fechada também saiu e ficaram apenas a imprensa local para a coletiva de Paulo Baier. 

O clima na sua entrevista era de contentamento pelo rendimento do time e frustração por não ter saído com um empate pelo menos. Foram 6 grandes chances criadas mas preciso dizer novamente: pararam em Weverton e Gomez. As perguntas para o técnico do Botafogo foram mais no sentido do que levar de positivo da partida, o quão frustrante foi a derrota e reforços que não jogaram ainda por conta de lesões. 

Diferente da entrevista do Abel, nessa eu criei coragem e pedi o microfone. Minha pergunta foi se além da transição ofensiva em velocidade, se o espaços gerados pelo lado do Piquerez e consequentemente a ocupação deles foi a outra estratégia do time. Paulo respondeu que sim, já que Marcos Rocha fica como um terceiro zagueiro e Piquerez vira um ala no esquema do 3-2-5 de Abel. Com isso, confirma-se a minha análise que deu o caminho para os ataques do time de Ribeirão. 

Por fim, não criei nenhuma expectativa por fotos ou autógrafos de Abel Ferreira. A única coisa que gostaria era de vê-lo. Ver quem me salvou, ver quem de fato foi a luz no fim do túnel e estar há 3 ou quatro metros dele já foi mais do que suficiente. 

PS: o cara é bonito mesmo.  

Paulista A2 2023: Grêmio Novorizontino x Monte Azul

A segunda rodada da A2 parece ja ter nos dado alguns prognósticos do que pode vir a ser nessa temporada. Times que farão algo ou que lutarão por coisas distintas. Grêmio Novorizontino e Monte Azul fizeram o duelo da noite dessa quarta feira talvez por destinos opostos. A previsão da partida seria amplo domínio dos mandantes sob os visitantes. 

O Novorizontino veio na tradicional plataforma de jogo usado pelo seu novo técnico (Eduardo Baptista), o 5-2-3 sem a bola e o 3-2-5 com a bola fazendo muito a utilização dos meias jogando entre as linhas de marcação. Já o Monte Azul, veio da mesma forma que na primeira rodada: um 4-4-2 sem a bola (bem compacto dessa vez) e um 4-2-3-1 com a bola fazendo uso da saída de 3 com dois zagueiros e um volante.

O primeiro tempo foi claro para nos dar a tônica de que como seria o jogo: Novorizontino com a posse de bola e o Monte Azul tentando a transição rápida pelos lados do campo para aproveitar os espaços deixados pelos três zagueiros. E foi isso que aconteceu no primeiro gol dos mandantes: com duas linhas de 4 bem compactadas do Monte Azul, o Novorizontino fazia o jogo entre linhas e buscava passes em profundidades para busca os espaços vazios. E foi nessa situação que o pênalti foi feito. Porém, a estratégia ofensiva dos visitantes também deu certo. Numa recuperação de bola rápida, um lançamento no vazio fez o atacante ficar cara a cara com o goleiro e empatar o jogo. 

Para o segundo tempo, as mesmas plataforma de jogo foram mantidas. A única mudança foi no comportamento da primeira linha de 4 do Monte Azul: uma marcação por encaixes para tentar coibir o jogo de amplitude dos mandantes. Não deu muito certo. A ofensividade do Novorizontino se sobressaiu e o 2x1 veio num cruzamento para área. Além disso, bolas na trave e grandes defesas do goleiro visitante foram feitas no segundo tempo. Pouco perigo foi oferecido pelo Monte Azul. 

Resultado deixou o Monte Azul na lanterna da A2.

Paulista A2 2023: Monte Azul x Oeste

Mais uma estreia na A2. Agora na minha cidade preferida para trabalhar: Monte Azul. As expectativas sempre são de partidas em que o mandante possui mais a posse de bola e o visitante no jogo reativo. Porém, no dia de hoje houve uma mudança nesse aspecto e explico por que.

O Monte Azul veio no clássico 4-4-2 sem a bola e o 4-2-3-1 com ela (utilizando da saída de 3 com dois zagueiros e um volante).O Oeste de Barueri veio da mesma forma, 4-4-2 sem a bola e 4-2-3-1 com ela (porém, usando uma saída sustentada sem ser a saída de 3). 

O primeiro tempo houve dois momentos: nos minutos iniciais, muita pressão do Monte Azul para abrir o placar. Com seu 4-2-3-1 clássico, pressionava a saída de bola do Oeste e fez o goleiro trabalhar. O segundo momento foi um amplo domínio do time de Barueri ao explorar espaços e as costas dos dois laterais do Monte Azul. Nisso, abriu dois gols: um aos 26 minutos num escanteio e o segundo aos 34 de pênalti. 

Para o segundo tempo, ambos os times voltaram com as mesmas plataformas e com o mesmo ritmo de jogo. Mesmo assim, o Monte Azul diminui o placar num contra ataque veloz e numa situação de um contra um faz o 2x1 aos 56 minutos. Porém, ao tentar o empate, o time que era exposto ficou mais. Não conseguiu realizar mais ataques e nem conseguiu segurar a pressão do Oeste que aos 81, 88 e aos 91 ampliou o placar para 5x1 com dois gols de cabeça em que o cruzamento foi feito sem pressão e as cabeçadas sem marcação. 

Um começo ruim para o Azulão. Mas é só a primeira partida. 

Paulista A2 2023: Comercial x Linense

 A primeira partida da temporada profissional é sempre especial. Marca caminhos, prospecções futuras e tentativas de pescar algumas novidades em campo. No Paulista A2, a novidade está sendo mais fora de campo: venda do nome para a Kia, transmissões em Tv aberta e fechada e maior organização fora dela. 

Em campo, dois velhos conhecidos do interior do Estado: Comercial (recém ascendente) e Linense fizeram suas partidas de estreia. Claro que desconsiderando ser a primeira partida da temporada, não vi muitas novidades dentro de campo quanto menos de comportamentos táticos. 

O Comercial manteve seu padrão tático da última temporada. Manteve seu treinador e seus staffs e veio no habitual 4-3-3 com a bola, se utilizando da saída de 3 (com dois zagueiros e um lateral) e fazendo uso de um jogo vertical e veloz. Sem a bola veio no 4-1-4-1 que nada mais é do que uma variação rápida do 4-3-3. O time de Lins, veio no 4-4-2 sem a bola com marcações em encaixes e no 4-2-3-1 com a bola também usando uma saída de três com dois zagueiros e um lateral. 

A partida teve apenas uma tônica: dois tempos. Pode parecer redundante porém, cada time foi melhor em cada tempo. No primeiro tempo, Comercial foi melhor pois conseguiu ser veloz na sua verticalidade e aproveitou espaços deixados pela marcação por encaixes do Linense. O único impeditivo para o gol foi o goleiro visitante que fez defesas incríveis. 

Já no segundo tempo, ambos os times voltaram com a mesma plataforma de jogo com apenas uma mudança comportamental dos visitantes: abdicou da marcação por encaixes. Com essa mudança, o time passou a jogar melhor, tirou a velocidade do time da casa e com mais posse, passou a atacar mais embora, não tenha tido muito perigo. 

Apesar das substituições, nada mais foi feito para tirar o placar do 0x0.