Sob um céu nublado de outono e com apenas 1.900 pessoas no estádio, a partida entre Pouso Alegre e Porto Vitória teve uma atmosfera contida, reforçada pela iluminação precária do campo. Taticamente, ambos os times começaram com ideias semelhantes: um 5-4-1 sem a posse de bola, transformando-se em um 3-4-3 quando donos do jogo. A semelhança nas plataformas criou um duelo inicialmente equilibrado, mas com nuances que definiram os momentos chave da partida.
O Porto Vitória se adaptou melhor no início, explorando os espaços com mais eficiência e pressionando alto com sua linha defensiva. Essa postura agressiva rendeu frutos logo aos 3 minutos, quando abriram o placar em um gol de rebote após uma falha na saída de bola do Pouso Alegre. No entanto, a resposta veio em uma finalização de fora da área que, após um desvio, enganou o goleiro visitante e empatou o jogo.
A dinâmica mudou após uma lesão no atacante do Porto Vitória, forçando uma substituição que alterou o esquema tático da equipe. Abandonando o 5-4-1, o time passou a defender em um 4-4-2 e atacar em um 4-3-3, com dois volantes e um meia central. Essa mudança revelou a estratégia do Pouso Alegre: espelhar o adversário. O time da casa ajustou-se para um 4-4-2 defensivo e um 4-2-3-1 ofensivo, buscando neutralizar as transições do Porto.
No segundo tempo, o jogo perdeu intensidade. O Porto Vitória, claramente satisfeito com o empate, recuou suas linhas e priorizou a contenção. Já o Pouso Alegre, apesar de ter a posse, mostrou pouca criatividade no último terço, limitando-se a uma cabeçada perigosa nos minutos finais, defendida pelo goleiro visitante. No fim, o empate foi justo, refletindo as limitações ofensivas de ambos os lados e a cautela que marcou a partida.
Foi um jogo de poucos lances decisivos, onde as equipes se anularam mutuamente após os ajustes táticos. A Série D, conhecida por seu foco defensivo, teve mais um exemplo de como detalhes mínimo como uma lesão ou um desvio em finalização podem definir um resultado.