A partida entre Uberlândia e Cascavel pela estreia da Série D apresentou um duelo tático interessante, com ambos os times ajustando suas abordagens ao longo do jogo. O Uberlândia optou por um sistema defensivo em 5-2-3, compactando as laterais e o meio, mas na posse de bola, seus laterais avançaram, transformando a estrutura em um 3-2-5 para ocupar os corredores. Já o Cascavel se organizou em um 5-3-2 sem a bola, buscando sufocar o meio-campo, e ao recuperar a posse, migrou para um 3-4-3, sobrecarregando as zonas centrais e criando superioridade numérica.
O primeiro tempo foi dominado pelo Cascavel, que pressionou alto desde o início. Em apenas 12 minutos, três finalizações para fora mostraram sua intenção ofensiva, enquanto o Uberlândia parecia perdido na marcação, recuando excessivamente e sem conseguir sair com clareza. Aos 36 minutos, uma bola na trave do Cascavel escancarou a fragilidade momentânea da defesa visitante, que, mesmo sem sofrer o gol, não conseguiu frear a iniciativa adversária.
No segundo tempo, o Uberlândia reagiu taticamente, abandonando o 5-2-3 para adotar um 5-4-1, igualando o número de jogadores no meio-campo e reduzindo os espaços explorados pelo Cascavel. A mudança diminuiu as chances adversárias, mas não evitou o gol: aos 58 minutos, uma jogada rápida com bola invertida e chute desviado abriu o placar para o time paranaense.
Na busca pelo empate, o Uberlândia passou a explorar a profundidade com mais frequência, e a estratégia deu certo aos 69 minutos, quando uma infiltração resultou em pênalti, convertido para o 1x1. Após o gol, o jogo perdeu intensidade, com ambos os times priorizando a contenção e evitando riscos desnecessários. O placar permaneceu inalterado, refletindo um equilíbrio tático que, apesar das variações, terminou justo.
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