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13/06/2019

Copa do Mundo 2019: Austrália x Brasil

- Confrontos: 3 partidas com 2 vitórias do Brasil e uma da Austrália (na Copa passada eliminou o Brasil nas oitavas). 

- Curiosidade: Marta fez seu décimo sexto gol e se iguala Klose da Alemanha como os maiores artilheiros de todas as Copas do Mundo. 

- Esquemas: Austrália: 4-2-3-1 sem a bola e 3-4-3 com a bola ///  Brasil: 4-1-4-1 sem a bola e 4-4-2 com a bola 

- Primeiro tempo: Eu não consegui assistir ao primeiro jogo do Brasil e achava que elas jogavam no 4-4-2 que o Vadão tinha escalado. Ao começar o jogo, o posicionamento do Brasil sem a bola é um 4-1-4-1 com a Formiga entre as linhas de 4 e a Cristiane como centroavante. Marta joga na última linha de 4 pelo meio e não pela ponta justamente para ter uma flutuação e melhorar a criação de jogadas. A proposta do jogo é muito clara: Austrália com posse de bola e propondo o jogo e o Brasil se fecha e joga no contra ataque fazendo o 4-4-2 com a bola, adiantando a Marta ao lado da Cristiane e recompondo a Formiga na segunda linha de 4. O 3-4-3 da Austrália é num formato que as duas ponteiras ficam bem abertas para rodar a bola pelos lados.   Em 15 minutos de jogo, a Austrália tem 66% de posse de bola com 76% de aproveitamento de passes e 2 finalizações fora do gol. O Brasil tem 35% de posse de bola com 78% de aproveitamento de passes e apenas 1 finalização no gol. 1x0 Brasil: Gol de pênalti após a recuperação no campo de defesa, troca de passes com velocidade até o pênalti ser feito. Essa é a proposta de jogo do Brasil: velocidade e verticalidade. As propostas de jogo não mudam após o gol: Austrália faz a posse e a marcação alta porém erra muitos passes privilegiando a proposta de jogo do Brasil. Em 30 minutos de primeiro tempo, são 53% de posse de bola (76% de aproveitamento de passe) e 2 finalizações fora do gol da Austrália. As brasileiras têm 47% de posse de bola (75% de aproveitamento) e 2 finalizações com duas no gol e 1 gol. O número quase igual de aproveitamento de passes indica a quantidade de erros de passes da Austrália. 2x0 Brasil: Golaço. Sem mais. Caneta da Tamires, passe em profundidade para Debinha e assistência para Cristiane (4 gols em dois jogos). Golaço porque um dibre quebrou a marcação da Austrália e a velocidade no ataque resultou em espaços conquistados até a bola entrar. 2x1 Austrália: Cruzamento, casquinha no primeiro pau e infiltração da Foord no segundo pau. O primeiro tempo termina com a posse de bola igual: 50% x 50% com a Austrália com um aproveitamento melhor de passes (76% x 74%). Mostra que após o segundo gol do Brasil, abdicou-se do jogo de transição que era bem executado e isso deu mais força ao jogo da Austrália. Em finalizações foram 6 para a Austrália com 3 no gol e 3 finalizações do Brasil com 3 no gol e dois gols. 



- Segundo tempo: Brasil volta sem Marta e Formiga mas mantendo o mesmo posicionamento sem bola e a mesma estratégia de jogo. Austrália também volta com a mesma proposta de jogo. 2x2: Numa finalização/cruzamento e erro da defesa do Brasil. Recuar o time me parecia não ser uma boa estratégia para segurar o resultado. Voltar a pressão na marcação e a tentativas de desarmes para conseguir contra ataques (igual o primeiro tempo) seria a melhor estratégia. Em 15 minutos do segundo tempo, a Austrália tem 51% de posse de bola (78% de aproveitamento), 8 finalizações, 4 no gol e dois gols. O Brasil tem 49% de posse de bola (75% de aproveitamento), 8 finalizações, 4 no gol e dois gols. O jogo é ótimo com os dois times tendo quase as mesmas estatísticas porém com duas formas de jogo diferentes. 3x2: outro gol de cruzamento em direção ao gol e desvio (agora contra). Infelizmente parece que a bola alta não é o forte da seleção brasileira (3 gols de bola aérea). Após o gol, a Austrália recua de forma compactada, porém o Brasil perde a intensidade do jogo. em 30 minutos do segundo tempo: Austrália tem 52% de posse de bola (79% de aproveitamento de passes), 9 finalizações com 5 no gol e 3 gols. O Brasil tem 48% de posse de bola (74% de aproveitamento de passes) com 9 finalizações, 4 no gol e 2 gols. Brasil perde por abdicar do seu estilo de jogo pós 2x0. Perde por não ter a intensidade necessária para segurar o resultado e depois empatar ou virar o resultado. Termina com menos posse (52% x 48%) e com mais finalização do que a Austrália (9 x 12). Brasil sentiu mais falta da Formiga do que da Marta. A defesa piorou no segundo tempo. 

Melhor da partida: Logarzo e Debinha. 

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