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08/09/2020

Brasileiro Feminino A1: Ferroviária x Grêmio

A semana para o futebol feminino começou com uma proposta de ruptura com o passado e o presente de proibição, falta de incentivos e preconceitos com sua prática e profissionalismo. As notícias vindas da CBF parece fazer crer que há um caminho que possa ser seguido. Esperaremos para ver o desenrolar de toda essa situação. Enquanto isso, as partidas continuam em meio a pandemia e mortes. Além do mais, o protocolo é feito para aqueles que o querem cumprir e não feito para todos cumprirem. Uma pena.

A partida entre Ferroviária e Grêmio marcava um encontro de seis pontos. Quem ganhasse, escaparia do outro time. Por isso, foi recheado de intensidade e uma certa tensão. O time de Araraquara (rapaz, que calor) veio da mesma forma como na partida anterior relata aqui: Um 4-4-2 sem a bola e 4-3-3 triângulo com a bola usando a atacante numa função clara de pivô (a única alteração para esse jogo). O Grêmio veio num 4-1-4-1 sem a bola e 4-2-3-1 com a bola numa clara intenção de jogar na defensiva.

No primeiro tempo, a Ferroviária ficou mais com a bola, sempre tentando realizar um perde pressiona já no campo ofensivo ou fazer uma marcação média alta. Com a bola, suas triangulações, o usar uma atacante como pivô e profundidade não dão certo e os erros de passes são uma constante. Já o Grêmio, mesmo esperando a Ferroviária, conseguiu ser mais agressivo que o time da casa. Duas finalizações no gol, obrigado a goleira Luciana a fazer grande defesa. O gol do 1x0 do Grêmio sai aos 45 do primeiro tempo após a primeira jogada de infiltração do jogo dar certo a ponto de deixar a número 11 do Grêmio cara a cara com a goleira, deixar ela no chão e finalizar para o gol.

No segundo tempo: Não houve qualquer mudança em ambas as plataformas dos times. A mudança que teve foi comportamental. A Ferroviária mais intensa, mais agressiva em todo o segundo tempo. Amassou o Grêmio que fazia uma partida defensiva impecável mesmo sufocado. Pouquíssimos avanços do Grêmio ao ataque evidencia a clara proposta em se defender e segurar o resultado. As profundidades, os passes, a criação da Ferroviária melhora e muito. Ao não usar a atacante como uma referência de pivô e fazer com que ela circule, melhora o time no trato com a bola. Infelizmente esse controle não resultou em finalizações. Paradas para atendimento médico esfriou o jogo e deu a vitória ao tricolor gaúcho.

O comportamento tático e a aplicação das jogadoras em seguir as plataformas de jogo é algo brilhante.

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