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06/03/2022

Paulista A2 - 12 Rodada: Monte Azul x Juventus da Mooca.

 Comecei a ler "A Pirâmide Invertida" de Jonathan Wilson. Livro bem didático sobre a história da evolução tática no mundo do futebol. Já no seu Prólogo, o autor (para a tradução brasileira) diz que umas das coisas mais importantes para uma boa execução das ideais de jogo se passa pela confiança. Eu não respondi a questão de um milhão de dólares porém, ao acompanhar um time na briga contra o rebaixamento, a palavra confiança permeia a todos. Quando digo todos, são todos mesmo: os jogadores, comissão, funcionários, torcida e imprensa.

Monte Azul x Juventus faziam um duelo pela parte de baixo da tabela. Num sol e calor forte na sempre acolhedora Monte Azul Paulista, a presença da torcida se dava pelas mesmas pessoas de sempre. A única diferença é que 13 pessoas vindas da Mooca fizeram mais barulho no jogo todo do que as 200 pessoas da cidade. Isso me remeteu a uma questão: Por que será que não discutimos a volta da torcida visitante em grandes jogos de SP?

Enfim, analisando a partida, o Monte Azul veio na sua forma de 4-2-3-1 com a bola e no 4-4-2 sem a bola. O interessante (ou não) foi perceber que o Juventus atuava com ambas as plataformas de jogo. 

No primeiro tempo, a pressão e a posse de bola era maior da Juventus do que dos donos da casa. Leia-se pressão e posse de bola um pouco melhor e mais trabalhada. O futebol jogado não teve uma qualidade nas execuções das ações nos primeiros 45 minutos. O calor era forte e era difícil exigir de algo a mais nesse momento. O algo a mais deveria vir de Monte Azul que naquele momento ocupava a zona de rebaixamento. 

No segundo tempo, ambos os times voltaram com suas ideias e plataformas de jogo da mesma maneira. As substituições se davam por meio de trocar uma peça por outra e tentar um gol de qualquer forma. O de qualquer forma chegou. Na verdade, num erro claríssimo da arbitragem que validou o gol de cabeça do Monte Azul aos 69 minutos de jogo, numa falta no goleiro da Juventus. O caos se instala pelo lado dos paulistanos mas o jogo volta a rolar. Saindo da zona de rebaixamento, era previsível que o Monte Azul recuasse e adotaria um esquema mais forte de marcação: optou pelo 4-5-1. Infelizmente, essa muralha de defesa durou 14 minutos pois, aos 83, a Juventus (que passou a atacar mais pelas laterais, conseguiu um cruzamento na segunda trave que culminou na finalização a queima roupa). 

A comemoração foi clara para cima da arbitragem.  Mesmo com o clima de velório, já sentindo um possível rebaixamento para a A3, o Monte Azul foi para o ataque da forma como que dava e na única jogada trabalhada de pé em pé, circulação e a abertura de espaços, o time da casa faz o 2x1 no último minuto de lance, num golaço. 

O Monte Azul saiu da zona de rebaixamento e a luta continua. 

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