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21/06/2018

Copa 2018 - dia 7

A Copa das defesas, dos contra ataques, das bolas paradas e dos...resultados sem desempenhos. Na Copa do Mundo não é obrigatório ganhar jogando bem, mas que o índice de merecimento e mediocridade é inversamente proporcional, isso é sim.

JOG 18 - PORTUGAL 1 X 0 MARROCOS

- Curiosidades: Uma partida apenas: Na Copa de 1986, 3 x 1 Marrocos. 

- Esquemas: Portugal: 4-4-2 / Marrocos: 4-2-3-1



- Jogo: Os dois times têm a mesma proposta de jogo da primeira rodada: Portugal num 4-4-2 com e sem a bola e Marrocos num 4-2-3-1 com e sem a bola. Em 20 minutos, mesmo com o gol de Cristiano Ronaldo (mais um de bola parada), Marrocos realizava a pressão na saída de bola de Portugal. A expectativa do jogo era saber como Portugal jogaria propondo o jogo, já que contra a Espanha só se defendeu. Marrocos dominava o jogo: tinha menos % de posse de bola porque o objetivo era dar a bola para Portugal e usava o jogo reativo, 6 finalizações com 3 no gol em 10 cruzamentos com 4 certos. Já Portugal, maior % de posse de bola e tinha 3 finalizações, uma no gol e um gol. Já se esperava que Portugal não sabia jogar com a bola (propondo o jogo). Só em contra ataque e em bolas paradas e tendo nesse jogo suas ações apenas por Cristiano Ronaldo. 1 passe para quase gol, 3 finalizações, uma no gol e um gol. Ou seja, de 5 finalizações de Portugal, CR tinha participado de 4. No segundo tempo, Marrocos continuava controlando o jogo e dominava as ações. Já Portugal, só a ligação direta e bolas em CR. Marrocos tinha 51% de posse de bola, 11 finalizações com 4 no gol e apostava em jogadas pelos lados: 22 cruzamentos com 7 certos. Após os 30 minutos do segundo tempo, Marrocos perdeu o ritmo do jogo (talvez pela intensidade e a pressão na marcação), porém ainda controlava as ações. Ao todo, foram 16 finalizações de Marrocos com 4 no gol e nenhum gol, 53% de posse de bola, 31 cruzamentos com 9 certos. Já Portugal, teve 9 finalizações das quais CR participou de 7 e fez 1 gol. Devemos dizer que Portugal ganhou ou CR.  

- Destaque: Para FIFA: CR/ para mim: Ambarat de Marrocos. 

JOGO 19 -  URUGUAI 1 X 0 ARÁBIA SAUDITA

- Curiosidades: 2 jogos entre as seleções: 1 vitória para a Arábia e um empate. Duas vitórias seguidas do Uruguai em Copas não acontecia desde 1954. 

- Esquemas: Uruguai: 4-4-2 / Arábia Saudita: 4-1-4-1

- Jogo: Os dois times com a mesma forma de jogo. Uruguai num 4-4-2 com e sem a bola, tendo a principal característica a velocidade pelos lados. Arábia Saudita no seu 4-1-4-1 mais compactado do que no seu primeiro jogo. Em 20 minutos, Uruguai teve 54 % de posse de bola, 5 finalizações e 2 no gol e 1 gol (mais um de bola parada), em 5 cruzamentos com 2 certos. Arábia Saudita tem 2 finalizações e nenhuma no gol e mesmo tentando propor o jogo, tinha sua ações marcadas por lançamentos (foram 14 com 7 certos). Jogo era morno e era tudo que Uruguai queria. No segundo tempo, a Arábia Saudita mudou sua forma de jogar: sem a bola mantinha o 4-1-4-1 e com a bola um 4-2-3-1 (nada mais que uma variação do 4-1-4-1). Assim, teve mais % de posse de bola, porém rodava muito a bola no seu campo defensivo. Uruguai jogava num modo clássico, pelo resultado e muito burocrático. Ao todo, foram 50% de posse de bola para cada um; Uruguai teve 13 finalizações com 3 certas e 1 gol com 13 cruzamentos com 5 certos. A Arábia teve 8 finalizações com 3 certos em 18 cruzamentos com 3 certos e 38 lançamentos com 16 certos. 

PS: Culpar o rendimento, não só da Arábia Saudita mas de todos os outros times islâmicos, por causa do Ramadã é plausível sim.

  JOGO 20 - IRÃ 0 X 1 ESPANHA - 
(Jogo visto e analisado por VT por motivos profissionais)

- Curiosidades: Primeira partida entre as seleções.

- Esquemas: Irã: 4-1-4-1 / Espanha: 4-3-3

- Jogo: A Espanha jogou no seu formato habitual: o 4-3-3 com e sem a bola e com muita posse de bola e troca de passes. Já o Irã jogou com a bola no seu 4-1-4-1 e sem a bola elevou o conceito de defesa, ferrolho, catenaccio, ônibus, defesa de handball por adotar um 6-3-1 bem compacto, com alto nível de concentração e intensidade e que colocou os 10 jogadores de linha na frente da linha da bola. O que fazia a Espanha? Rodava a bola procurando espaços para finalizar, muito pelos pés de Busquest (que iniciava a saída de bola da Espanha), Iniesta (que construía, organizava e ditava o ritmo de jogo da Espanha) e Diego Costa. Depois do gol da Espanha, no segundo tempo, o Irã abdica do seu 6-3-1 e passa a jogar, sem a bola, num 4-1-4-1 para o contra ataque e pela marcação na saída de bola da Espanha. Ao todo, foram 73% de posse de bola para a Espanha, com 15 finalizações, 3 certas e 1 gol, 703 passes trocados com 94% de aproveitamento e 25 cruzamentos com 3 certos. Irá teve 5 finalizações e nenhuma no gol (tirando o gol anulado pelo VAR), 147 passes trocados com 82% de aproveitamento e 40 lançamentos com 10 certos.

- Destaques: Iniesta (se o que dizem que o melhor do mundo finaliza, imagina o que diriam de Iniesta. O jogador que pensa o jogo e age como muitíssimos poucos na história). Diego Costa (o desafogador da Espanha - que é brasileiro). 

PS: Na Copa das defesas, o importante não é ter um ataque com grandes números de finalizações, mas sim, um ataque que finaliza melhor. 

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