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02/07/2018

Copa 2018 - dia 18

A Copa é do futebol bem jogado. Melhor partida do Neymar em Copas. Variações táticas brasileiras com a bola rolando e virada belga. 

JOGO 53 - BRASIL 2 x 0 MÉXICO

- Curiosidades: Foram 40 partidas entre as seleções: 23 vitórias do Brasil, 7 empates, 10 vitórias do México. Em Copas foram 4 jogos: 1950 (4x0 Brasil); 1954 (5x0 Brasil); 1962 (2x0 Brasil) e 2014 (0x0). Brasil se tornou o país que mais fez gols em Copas do Mundo: 228 gols. É a sétima vez seguida que o México é eliminado nas oitavas da Copa. 

- Esquemas: Brasil: 4-1-4-1 / México: 4-3-3.



- Jogo: Antes do jogo estava eu pensando se amaria mais ou amaria menos o Chaves, Chapolin e sua turma caso o México eliminasse o Brasil. Acho que não. Gosto muito de Chaves e do Chapolin e gosto mais ainda de Copas do Mundo, futebol jogado e vitória merecida. Ahh meu Brasil, estamos chegando, estamos indo mas nada é certo ainda. Quando vieram as escalações, o México pôs 3 zagueiros (Rafa Maques era a surpresa). Achei que viesse com uma linha de 5 marcadores (igual jogaram no segundo tempo contra a Alemanha) mas não. Jogaram num 4-3-3 com a bola e num 4-1-4-1 sem a bola tendo o Rafa Marques como volante na frente da linha de 4 dando sustentação aos meias poderem marcar a saída de bola do Brasil e com a inversão de Lozano para a esquerda e Vela pela direita para usar melhor o contra ataque e ter maiores chances de finalizações. Brasil veio no seu 4-1-4-1 habitual com a bola e inovou ao flutuar sem a bola ora num 4-1-4-1 ora num 4-4-2 (novidade para dar uma sustentação maior pelos lados). Ahhh jogo tenso. Nos primeiros 20 minutos era plausível dizer que o México era melhor: marcava na pressão e forte e fazia um jogo espelhado (usando encaixes individuais, anulando Coutinho) chegando a ter 9 jogadores no campo ofensivo deles, igualzinho fizeram contra a Alemanha. Brasil tinha 57% de posse de bola com 1 finalização certa; 76 passes (94%); 5 cruzamentos com 1 certo. O México tinha menos posse de bola (47%) com 1 finalização errada; 49 passes (94%) e 8 cruzamentos com 1 certo. Depois dos 30 minutos, o México troca as posições de Lozano e Vela depois que viu o lado direito brasileiro mais exposto, muito por conta dos espaços deixados por Paulinho sobrecarregando Willian e Fagner e os deixando no 1 contra 1 com os ponteiros do México. Foi ai que Adenor (ahh Adenor, como eu te amo), recuou Paulinho na mesma linha do Casemiro e Neymar perto de Jesus passou a marcar num 4-4-2, tirou Neymar da esquerda e o colocou mais perto do gol e deslocou Coutinho na esquerda para sair da marcação. Brasil começava a jogar com a bola no chão, controlava a pressão do México e começava a jogar: com 52% de posse de bola tinha 6 finalizações com 3 certas; 157 passes (92%); 12 cruzamentos com 4 certos. O México tinha 48% de posse de bola com 4 finalizações erradas; 126 passes (94%); 8 cruzamentos com 1 certo. Brasil melhorava e Uchoa (o goleiro bissexto - só joga de 4 em 4 anos eque fez 4 defesas) pegava tudo. No final do primeiro tempo, a posse de bola era igual e o Brasil tinha 8 finalizações com 3 certas e 16 cruzamentos com 4 certos. O México continuou com 4 finalizações erradas e 8 cruzamentos com 1 certo. No segundo tempo, a vontade que saísse um gol logo para espantar a chance de prorrogação era muito grande. Meu coração batia mais forte que os mexicanos no Neymar (e como apanha o menino. Falam que é cai-cai mas toma as porradas). Voltamos melhor. Osório tira Rafa Marques e bota Layún para fazer a marcação quase que individual em Neymar, que jogando por dentro abriu espaços para os lados. Em 15 minutos, o Brasil faz o gol: jogada de Neymar e passe de calcanhar para Willian (que no segundo tempo não só ficava na direita, flutuava por dentro e às vezes caía na esquerda) tocar novamente para Neymar fazer. Ahhh Jesus, quase foi seu. Brasil voltou a ter mais posse de bola: 52% com 14 finalizações com 7 certas e 1 gol; 257 passes (92%) 22 cruzamentos com 5 certos; 23 desarmes com 19 certos; O México com 48% de posse de bola tinha 9 finalizações com apenas 1 certa; 219 passes (94%) e 16 cruzamentos com 3 certos. Ahhh a tensão: mesmo com 1x0 não dava para ter a certeza que o jogo estava ganho. Estava difícil, mas nossa defesa é mais forte que as muralhas da China (tomou só 6 gols em 25 jogos com o Tite). Aos 30 minutos, com Filipe Luís amarelado e o México abusando dos cruzamentos, Adenor inverteu Jesus com Neymar. Neymar ficou na linha de 2 com Coutinho e Jesus fechou a segunda linha de 4 no agora e definido 4-4-2. Bloqueou as ações ofensivas do México que ficava mais tenso com o passar do tempo. No final, Adenor tira Paulinho e coloca Fernandinho (maior sustentação no meio campo) e Jesus para entrar Firmino (aí Coutinho fez a do Jesus enquanto Firmino fechava com Neymar na frente). 2x0: Desarme de Fernandinho, contra ataque, passe de Neymar para Firmino. Estamos nas quartas. Após o gol, Adenor muda sua forma de marcar pela terceira vez: coloca Marquinhos e faz uma linha de 5 num 5-3-2 nos últimos 7 minutos. No final, foram 49% de posse de bola para o brasil; 18 finalizações com 10 certas e 2 gols; 324 passes (92%); 23 cruzamentos com 5 certos e 34 desarmes com 27 certos (tendo Casemiro e Fagner com 5 desarmes cada um). O México teve 51% de posse de bola com 12 finalizações com apenas 1 certa; 345 passes (94%); 25 cruzamentos com 3 certos. Que venha o próximo e estamos sim bem na Copa. Parem de criticar o Neymar pois foi sua melhor partida em Copas do Mundo. Adenor e sua comissão foram excelentes, assim como, Thiago Silva (que Copa é essa que esse rapaz está jogando? Calando todas as críticas), Miranda, Willian e Jesus (acaba que sacrificando sua principal função, marcar gols, para ser o jogador que melhor executa taticamente o que é pedido). Brasil não toma gol e tendo o ataque que temos já é um grande passo para ganharmos jogos. Brasil contra a Costa Rica mudou sua forma de atacar e hoje, contra o México, mudou sua forma de defender: otimismo com essas variações táticas com o jogo rolando. Como é bom sentir-se feliz após uma vitória e não alívio. Isso quer dizer que o Brasil mereceu ganhar porque jogou bem. Só não quero que esse time se torne o 1982 da minha geração. 

- Destaques: Neymar, Willian, T. Silva, Adenor, Brasil. No México: Uchoa.

JOGO 54 - BÉLGICA 3 x 2 JAPÃO

- Curiosidades: 5 partidas entre as seleções com 2 vitórias do Japão, 1 empate e 1 vitória da Bélgica. Um jogo em Copas: 2002 (2x2). Japão nunca passou das oitavas e é a terceira vez da Bélgica em quartas de finais. 

- Esquemas: Bélgica: 5-3-2 / Japão: 4-2-3-1.



- Jogo: A Bélgica jogou no seu 5-3-2 sem a bola e no 3-4-3 com a bola. Já o Japão jogou no 4-2-3-1 com a bola e no 4-4-2 sem a bola. No começo do jogo, Japão marcava na pressão alta (na saída de bola da Bélgica) e era melhor: confundia a troca de passe dos belgas povoando o meio campo e jogando na amplitude para espaçar as linhas de 5 defensores da Bélgica (e ai, o contra ataque era sua arma). Em 20 minutos, a Bélgica equipara o jogo, troca passes e só tentavas as diagonais para Lukaku: 59% de posse de bola para a Bélgica, 4 finalizações erradas; 118 passes (93%); 5 cruzamentos com 3 certos e 9 lançamentos com 2 certos. O Japão tinha 41% de posse de bola com 2 finalizações erradas; 104 passes (95%); 2 cruzamentos errados e 10 lançamentos com 3 certos. Bélgica tomava conta do jogo: tinha um jogo parecido com a Espanha, usava troca de passes, criava ações ofensivas e com diferença da Espanha, a Bélgica sempre tentava a finalização. Ao todo no primeiro tempo, foram 58% de posse de bola para a Bélgica com 8 finalizações e 2 certas; 265 passes (91%); 14 cruzamentos com 6 certos; 18 lançamentos com 9 certos. O Japão tinha 42% de posse de bola com 3 finalizações com 1 certa; 206 passes (95%); 5 cruzamentos com 2 certos e 21 lançamentos com 6 certos. Bélgica já mostrava fraqueza na defesa: o espaço na frente da linha de 5 defensores. No segundo tempo, 2 gols do Japão em 7 minutos: jogando na transição do 3-4-3 para o 5-3-2 que era lenta e marcava mal e gerava muitos espaços. Inclusive um gol de fora da área (que é uma arma para uma defesa de 5 tão exposta). Em 20 minutos, 42% de posse de bola para o Japão com 6 finalizações, 3 certas e 2 gols; 263 passes (93%); 10 cruzamentos com 2 certos e 31 lançamentos com 9 certos. A Bélgica tinha 58% de posse de bola com 12 finalizações e 3 certas; 384 passes (91%); 16 cruzamentos com 8 certos e 22 lançamentos com 10 certos. Com duas substituições da Bélgica, ela melhora sua transição e velocidade e com a entrada de Felaini (1,94m) aumentou ainda mais a estatura média do time (que tinha 4 jogadores com 1,90m ou mais). O 2x1 veio com uma falha do goleiro japonês (foi a terceira falha). O 2x2 (empate em 4 minutos), veio de bola parada aproveitando a alta estatura (gol de Felaini). Depois do empate, o jogo ficou aberto tendo chances de finalizações para os dois times. No último minuto: 3x2 Bélgica: contra ataque gerado por um escanteio do Japão, De Bruyne puxa, Lukaku faz o corta luz e gol de Chadli (que entrou no segundo tempo para melhorar a transição). No fim, 59% de posse de bola para a Bélgica, 22 finalizações com 9 certas e 3 gols; 511 passes (91%); 27 cruzamentos com 14 certos e 24 lançamentos com 11 certos. O Japão teve 41% de posse de bola, 9 finalizações com 4 certos e 2 gols; 354 passes (93%); 18 cruzamentos com 2 certas e 41 lançamentos com 12 certos. Japão perdeu a chance de chegar a primeira vez nas quartas de finais. Talvez, os Deuses do futebol e a Copa do Mundo não tenham permitido isso por conta da covardia nos minutos finais contra a Polônia. A Bélgica, tem um ataque poderoso e bem objetivo (posse de bola e finalizações: o que Espanha e Alemanha deviam ter feito) porém, sua defesa é exposta e sua transição é lenta ainda mais com Kompany em campo. 

- Destaques: Hazard e Felaini


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