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14/02/2022

Campeonato Mineiro 2022: Caldense x Pouso Alegre

A minha primeira partida trabalhada no Campeonato Mineiro de 2022 me gerou uma expectativa boa. Pois, haveria um clássico do sul de Minas: Caldense x Pouso Alegre. Por mais que o jogo tenha sido na cidade de Poços de Caldas com um clima ameno, o calor se fez presente, assim como, a névoa e um friozinho legal de se curtir. 

A primeira vez que trabalhei no Ronaldão. De fora, parece ser um estádio maior do que realmente é. Mas nada que atrapalhe seu grande charme: ter a vista das montanhas. A partida contava com times opostos na tabela se enfrentando. A Caldense na busca pelo G4 e o Pouso Alegre na busca por sair do Z4. 

Mesmo lutando por lugares opostos na tabela, a plataforma de jogo de ambas as equipes eram a mesma, sendo com a posse e sem ela: O clássico 4-2-3-1. A Caldense mais astuta as ações ofensivas e o Pouso Alegre mais na espera. O time visitante possuía uma particularidade: nesse jogo, o antigo técnico havia sido demitido e quem assumiu o posto foi o vice-presidente do clube. 

Pois bem, o primeiro tempo foi bem moroso. Foi difícil estabelecer uma análise completa sobre o jogo porque quase não havia ideias a não ser a movimentação dos dois meias de criação da Caldense (o camisa 10 e 8) e os rebates de bola do Pouso Alegre. Um primeiro tempo marcado pela picotagem do árbitro pelas faltas e por zoeiras em relação ao Palmeiras. 

No segundo tempo, enquanto eu pagava uma multa de trânsito pelo internet banking, nada tinha mudado. Nem com as alterações houve qualquer mudança de plataforma de jogo ou de ações. Claramente o zero a zero era cada vez mais real até que um ataque pela direita do gol da Caldense, resultou numa finalização de fora da área do ponta número 18 do Pouso Alegre, livre da pressão e contando com a falha do goleiro para fazer o 0x1. Neste momento, o tom nas arquibancadas do Ronaldão virou: xingamentos, vaias e cobranças viraram o cerne dos gritos. 

Ao redor de onde eu estava, escutava de companheiros da imprensa e alguns torcedores de que era preciso tirar o camisa 10 e 8 da Caldense (que eram os meias que flutuavam para gerar ações ofensivas). Após inúmeras reclamações dessa, eu expressei minha opinião dizendo que talvez o técnico não os trocavam porque não deveria haver substitutos à altura e porque ele perderia a ofensividade tirando esses jogadores mesmo eles não estando numa manhã boa. 

Depois de tanta pressão no alambrado, o técnico da Caldense faz essas alterações aos 84 minutos de jogo. E não é que por milagre dos Deuses do Futebol, a virada veio com um gol aos 85 e outro aos 86, todos feito pelo camisa 7 após dois cruzamentos na segunda trave nas costas do lateral.

O Estádio explodiu, cantos de alívio pela vitória e pela entrada no G4. 

Uma bela experiência em Poços de Caldas fechando com um almoço no Restaurante do Osório. 

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